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O Trabalho de Serviço Social

Por:   •  4/2/2018  •  1.412 Palavras (6 Páginas)  •  392 Visualizações

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Requisita um perfil profissional culto, critico e capaz de formular, recriar e avaliar propostas que apontem para a progressiva democratização das relações sociais. Exigi-se, para tanto, compromisso ético-político com os valores democráticos e competência teórico-metodológica na teoria critica em sua lógica de explicação da vida social. Esses elementos, aliados à pesquisa da realidade, possibilitam decifrar situações particulares com que se defronta o assistente social no seu trabalho, de modo a conecta-los aos processos sociais macroscópicos que as geram e as modificam. Mas, requisita, também, um profissional versado no instrumento técnico-operativo, capa de potencializar as ações nos níveis de assessoria, planejamento dos sujeitos sociais nas decisões que lhes dizem respeito, na defesa de seus direitos e no acesso aos meios de exercê-los. (LAMAMOTO, 2008, p.208 apud BAVARESCO E GOIN, 2014).

Para tanto o importante é o profissional compreender e analisar os principais instrumentos técnico-operativos de que dispõe o assistente social em sua prática profissional nos diferentes espaços sócio-ocupacionais de inserção institucional.

Tais reflexões a respeito da Instrumentalidade em Serviço Social diante de suas dimensões teóricas e prática profissional cabem ainda aumentar esse leque de reflexões que a correlacionam-se aos Movimentos Sociais que em de suas especificações tornam-se uma questão social.

Segundo que para Moro e Marques (2011) p. 21,2011:

O segundo condicionante, os condutos teóricos da tradição marxista, eram, em grande parte, responsáveis pela forma como o Serviço Social realizou sua aproximação à temática dos movimentos sociais, no bojo das contradições do Movimento de Reconceituação. A interlocução entre os setores progressistas da profissão e o amplo e heterogêneo universo marxista foi perpassada por avanços e limites.

Sendo assim percebe-se uma aproximação necessária, que possibilita rupturas e paradigmas. Colocando se em xeque pensamentos tradicionais e ressaltando as manifestações populares.

Numa visão mais substancial Frank & Fuentes (1989), diz que os movimentos sociais demonstram muita variedade e mutabilidade, mas tem em comum a mobilização individual baseada num sentimento de moralidade e justiça e num poder social baseado na mobilização social contra as privações (exclusões) e pela sobrevivência e identidade.

De forma geral compreende-se que a importância dos movimentos sociais está na necessidade de buscar mudanças e intervenções no quadro social. Existem vários tipos de movimentos sociais, mas “a maioria destes busca mais a autonomia do que o poder estatal, e os que buscam o poder estatal tendem a negar sua natureza de movimentos sociais” (FRANK&FUENTES, p. 20, 1989).

Para que o assistente social possa realmente compreender o significado social da sua intervenção é preciso lançar olhares sobre o movimento das classes sociais e das suas relações entre si, com a sociedade e com o Estado. Somente através da apreensão da dinâmica societária torna-se possível perceber os fios que articulam a profissão às estratégias políticas das classes sociais. (PAULA, 2007, p.12).

A desigualdade social existiu deste sempre e no cenário brasileiro está se arrasta desde o período colonial, contudo interpreta-se a correlação entre instrumentalidade Social aos Movimentos Social através de sua característica mais marcante, a intervenção como citado anteriormente. Embora os serviços sejam a própria materialidade da intervenção profissional, o principal recurso do assistente social é a linguagem (IAMAMOTO, 2000 apud PAULA p.2007).

Ao alterarem o cotidiano profissional e o cotidiano das classes sociais que demandam a sua intervenção, modificando as condições, os meios e os instrumentos existentes, e os convertendo em condições, meios e instrumentos para o alcance dos objetivos profissionais, os assistentes sociais estão dando instrumentalidade às suas ações. (GUERRA, p.02, 2007).

Neste sentido ao usar algum instrumento dentro das necessidades sociais em seu trabalho o assistente social analisa, ou melhor, faz um diagnóstico da situação, buscam meios e intervém na realidade em questão dando instrumentalidade às suas ações impulsionadas muitas vezes por movimentos sociais.

Levanto em consideração a proposta de intervenção como uma realidade na vida do profissional em assistência social correlaciona-se também a importância das Políticas Sociais Contemporâneas neste processo.

As políticas públicas são ações governamentais desenvolvidas em conjunto por meio de programas que proporcionam a garantia de direitos e condições dignas de vida ao cidadão de forma equânime e justa. Já as políticas em Assistência Social é uma Política de Seguridade Social não contributiva que se realiza através de ações de iniciativa pública e da sociedade, garantindo atendimento às necessidades básicas. Diferenciar essas noções básicas de políticas são necessárias, pois nos levam a compreender sua relação com a profissão em si.

Para tanto as Políticas Setoriais são políticas divididas por setor, como saúde, educação, habitação. Também existem as por segmento, como criança e adolescente, idoso, estes últimos caracterizam-se como políticas setoriais contemporâneas.

A intervenção feita através destas políticas se configura nas esferas da ação do profissional em execução pela política social em conjunto com a instrumentalidade desta ação. Por tanto esses condicionantes fazem parte da garantia de direitos sociais consolidados através de um projeto ético-político e profissional.

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