Famílias na contemporaneidade: "família nuclear"
Por: eduardamaia17 • 10/10/2017 • 1.802 Palavras (8 Páginas) • 462 Visualizações
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das mães em luta", mães que sofrem com a violência urbana contra seus filhos e se solidarizam umas com as outras, se articulam para lutarem em pró dos direitos humanos.
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A maternidade é a condição de ser mãe, biologicamente, é o laço sanguíneo que une mãe e filho. É uma condição intransferível. Enquanto a maternagem é a condição de exercer o papel de mãe, ser responsável pela educação, pelos cuidados com o outro indivíduo. A maternagem pode ser exemplificada nos casos de circulação de crianças e de maternidade transferida.
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As evoluções tecnológicas e a evolução do modelo capitalista alteraram a divisão do trabalho, causando impacto sobre o a hierarquia entre os sexos, a parcela feminina no mercado de trabalho cresceu, em parte também porque as evoluções tecnológicas também se deram para a vida privada, facilitando os afazeres domésticos, o que significou uma liberação de tempo para as mulheres, que passaram a se dedicar a outras atividades da esfera pública.
O fato de tanto o homem quanto a mulher possuírem empregos, carreiras, e precisarem de tempo para dedicar-se a elas, tornou os casamentos mais tardios, além de ter causado,de modo geral, a redução do número de filhos, gerando uma queda na taxa de fecundidade. As novas formas de relacionamento, que não necessariamente tornam-se casamento e o aumento do número de divórcios também impactaram o crescimento demográfico, mas, principalmente, o ideal de modelo familiar. Todas essas alterações econômicas, até no âmbito privado (a fonte de renda também oriunda da mulher), a necessidade da mulher pôr em segundo plano a esfera privada (apesar de não libertar-se totalmente dela), as políticas públicas de proteção social que ampararam, mesmo que minimamente, a saída dessas mulheres de casa, foram, gradativamente, modificando as formas de família, que desintegram-se e reintegram-se, e têm se afastado da tradicional "família nuclear burguesa".
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Segundo as autoras, precisamos pensar família através de uma visão macro, como uma instituição que se estrutura e reestrutura de acordo com a sociedade e suas necessidades, seus valores da época, etc. Entretanto, possuem o entendimento de que família é um fenômeno transpassado por diversas realidades, ou seja, por mais que a vida social organize-se através de normas e modelos, estes não são estáticos. Tratando de família, as exceções costumam compor a "regra".
Assim, entendem que o conceito de família precisa fugir da dicotomia "família estruturada X família desestruturada". Localizam a família para além do lugar de reprodução
biológica, social e afetiva, colocando-a como o lugar onde as relações sociais- pelas diferenças de sexo, filiação e coabitação- se entrecruzam; é um processo de articulação de diferentes trajetórias de vida, é um grupo social que passa por processos de organização, desorganização e reorganização.
O conceito de famílias, com ênfase no plural, é extremamente necessário porque não existe uma identidade única e definitiva de família. No dia-a-dia, lidamos com a multiplicidade de tipos familiares, seja nas formas de organização, seus valores e práticas. Esse conceito nos remete a diversidade - uma das principais características humanas- que rodeia o universo familiar. Se por um lado, existe a construção de normas e de um modelo supostamente ideal de família a ser seguido, por outro nos confrontamos com a realidade da vivência das pessoas e suas articulações e estratégias de sobrevivência cotidiana, que estabelecem diversos vínculos, que ultrapassam os laços sanguíneos e por vezes a coabitação na mesma casa, mas que devem sim ser entendidos enquanto relações familiares.
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Quando pensamos em famílias pobres, falamos de sujeitos que se relacionam emocionalmente, por estratégias de vivência, por ajuda mútua, por redes de reciprocidades, etc. Isso porque de uma maneira geral convivem com a violação de seus direitos básicos, com a carência dos serviços públicos, com a restrição das políticas sociais, com o olhar moralizador das instituições da sociedade.
O Brasil é, ainda, extremamente conservador, possui traços -que vão desde o senso comum da população à execução das políticas públicas- racistas, machistas, homofóbicos. Todos esses conflitos de gênero e raça, enfim, das ditas "minorias" da nossa sociedade parecem eclodir ainda mais quando expressados pela classe trabalhadora, pela população pobre. Isso porque, como exemplo, o machismo afeta as mulheres transcendendo as classes, mas é inegável que as mulheres de classe média libertam-se mais facilmente das correntes do patriarcado, pelo acesso ao estudo, a diversas culturas, pela condição financeira que lhes permite transferir os afazares domésticos a outras mulheres, empobrecidas, que assumem a profissão de doméstica, permite transferir o cuidado dos filhos a instituições privadas sem que isso afete sua estrutura familiar.
Essa disparidade é ainda mais evidente quando comparamos às mulheres negras, que são as grandes protagonistas da feminização da pobreza. Ainda dentro da questão racial, o país tem liderando os índices de pessoas assassinadas, jovens negros. Assim como a maior parte de sua população carcerária também é negra e pobre. Nesses números, os sujeitos da comunidade LGBT também ocupam lugar de destaque. Podemos dizer que as políticas têm a tendência de criminalizar a pobreza, ainda mais quando os sujeitos são alvos de outras opressões. Essas opressões, sejam elas protaganizadas por mulheres, negros ou gays(lésbicas,trans), não podem ser fragmentadas, entendidas separadamente, mas sim incluídas no debate da luta de classes.
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O Assistente Social lida diretamente com as políticas sociais, seja na elaboração, execução ou pesquisa de alcance de tais políticas; Trabalha na viabilização de direitos, possui um trabalho fundamental na expansão da cidadania. Tendo isso em vista, o profissional precisa ter
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