FUNDAMENTOS HISTORICO METODOLOGICO SERVIÇO SOCIAL I
Por: Jose.Nascimento • 20/9/2018 • 1.582 Palavras (7 Páginas) • 332 Visualizações
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Conforme Violante (1989. P.44), não há relação do Menor com a família, ou há dificuldade de relacionamento. A desorganização ocorre, geralmente, quando o Menor ainda é criança.
Segundo Altoé (1936, p.123), quando alguma coisa do Menor desaparece, aumentam mais o sentimento de desproteção e abandono. A seguir o depoimento de um menino de 10 anos, que tentava conseguir que alguém escutasse:
“Quero sair daqui porque um menino dali só vive roubando as minhas coisas. Eles viram a meia nova, aí eu queria mudar de roupa para merendar [...]. Fui e mudei a até hoje a meia não apareceu. E no mesmo dia que ganhei! Foi ontem. [...]. Eu quero sair daqui porque fica a maior confusão, ainda o seu, o diretor ali não resolve nada. Eu mando ele formar os alunos todos para tirar a meia, mas não, ele não forma não. Então eu prefiro sair daqui do que ficar aqui sofrendo nas mãos dos adultos. ” Então ele me descreve como é a sua meia que perdeu; fala desesperado. Diz que não tem como achar mais a meia e explica o que os colegas dizem: “Achado não foi roubado, quem perdeu foi relaxado”.
Segundo Altoé (1936, p.123), o interno não tem a quem recorrer, não há funcionários que resolvam a situação. Eles se sentem só e completamente indefeso junto com os outros garotos.
De acordo com Violante (1989, p. 48), o Menor se refere ao abandono e a solidão, quando não tem família ou por ela foi abandonado. E ao menor que foi por ela internado, se refere ainda ao sentimento de rejeição e incompreensão por parte dos adultos.
Ainda de acordo com Violante (1989, p. 48), o Menor explica que seu comportamento se dá pela revolta da situação que vive.
Ainda de acordo com Violante (1989, p. 70-71), percebeu-se uma grande tensão entre duas equipes, os técnicos e inspetores, pela questão do poder. De um lado os inspetores se sentiam sem poder, pois não podiam aplicar castigos físicos no Menor, alegando ser a forma mais simples e eficaz de tratar o Menor, “... é a linguagem que eles entendem...” dizia um inspetor. Por outro lado, estavam os técnicos, que concordavam com a orientação do encarregado, de atuar numa linha mais persuasiva do que coercitiva: precisa-se compreender o menor dialogar com eles, avalia-lo abertamente. A punição consistia em proibição de saída em fins de semana, o que não agradará os inspetores, pois isto não era considerado castigo para eles. Os técnicos tinham mais poder do que os inspetores porem se sentiam ameaçados, porque o diretor tendia a ouvir os inspetores, apoiando desta forma algumas normas mais rígidas.
Segundo Altoé, (ano), as decisões da Fundação são tomadas apenas que ocupam cargos mais elevados, como os diretores da DAM e do internato, sem consultar as pessoas de cargos mais baixos.
CONCLUSÃO
FABIANA – com base nesse estudo dos internatos pude constatar que as crianças que ali viviam, não tinha se quer autonomia, e que os inspetores que ali trabalhavam eram obrigados a trata-las de tal maneira para que não houvesse vinculo de amor, amizade entre eles. O trabalho da psicóloga foi muito importante, pois graça a ele, ela pode constatar tal atrocidades as crianças, e triste por ela não pode fazer nada para mudar a situação deles, fiquei chocada com cada relato que li.
CAMILA – Com base no texto da Altoé, pude perceber que as crianças não tinham liberdade para fazer nada. Que eram tratados como se fossem adultos. Eram privados de seus direitos quanto crianças. A falta que a família faz para eles é muito visível, a carência que sentiam em relação a afeto e cuidados, o sentimento de estarem sozinhos e desprotegidos. O papel que a psicóloga teve na vida dessas crianças foi fundamental, pois ela deu a oportunidade a elas de exporem o que sentiam, e também demonstrou que ela se importava com elas. É muito triste a realidade que essas crianças tiveram. A perca da família- seja pela morte dos pais ou familiares, ou pelo o abandono dos mesmos. E também a devida atenção que lhes faltava.
LETICIA – Neste trabalho percebi ainda mais a exclusão social em virtude da pobreza e da miséria, cada vez mais visíveis em nosso país. A ideia de exclusão social assinala um estado de carência ou privação material, de segregação, de discriminação, de vulnerabilidade em alguma esfera A exclusão pode acontecer sob várias formas e todas estas formas de exclusão levam a um conjunto de vulnerabilidades que operam como obstáculos difíceis de superar. A falta de oportunidades para o indivíduo e sua família afeta seu sentido de existência e suas expectativas de futuro.
JULIANA – Nesse trabalho pude perceber que as crianças sofriam muito nos internatos, ele não tinham muita atenção e sofriam por abandono e desproteção. As crianças não tem uso pessoal e quando tinha as outras crianças pegavam seus pertences. Era comum isso acontecer dentro do internato. Uma parte que eu li e que fiquei muito triste foi quando uma das crianças fala com a psicóloga que sente falta dos pais e que seus pais não vão visitar ele.
REFERENCIAS
ALTOÉ, Sônia. Infâncias perdidas. Xenon, 1990.
VIOLANTE, Maria Lúcia Vieira. O dilema do decente malandro. Cortez
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