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A atuação do SS nos hospitais publicos de Natal-RN

Por:   •  7/4/2018  •  4.193 Palavras (17 Páginas)  •  471 Visualizações

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Em 1988 passando por vários entraves, foi a provado a proposta da Reforma Sanitária, O Sistema Único de Saúde – SUS que foi colocado dentro da constituição na parte da Seguridade Social, construindo os três pilares: assistência social, saúde e previdência social como sendo dever do Estado adotar a proteção social como um direito de todos os cidadãos.

O SUS na teoria é regido de vários princípios: a integralidade, a descentralidade, a racionalidade, eficiência e eficácia, a universalidade, a equidade, entre outros. É um processo de construção, que remete adaptação social. Para a sua total implantação chega a ser um mito sua perfeição, pelas diversas dificuldades enfrentadas até os dias de hoje, após mais de duas décadas na constituição. Mas, não se pode negar que já ouve importantes avanços na saúde pública do Brasil.

Dentre os respectivos entraves atuais, podemos destacar a má gestão, o mau financiamento público, o clientelismo, a corrupção, erro nos repasses de recursos, entre vários outros que de certa forma levaram a um atraso na construção do SUS.

Sem duvidas, entre os avanços do SUS esta a criação e ampliação do Controle Social, do conselho de saúde, e a ampliação ao atendimento e ao acesso das pessoas que estão doentes, que apesar da precarização em algumas localidades, existe o atendimento e as pessoas podem se sentir mais “seguras” por terem esse direito garantido, que é universal. No entanto, é bom evidenciar que a maioria das pessoas não avançou na questão da conscientização enquanto sujeito de direitos, tratam o SUS como um favor do Estado e jamais como um direito conquistado, desconhecem o que é o controle social e geralmente não participam dos conselhos municipais e não cobram por aquilo que está sendo tirados ou desviados delas.

São muitos os desafios que precisam ser travados para que o SUS seja efetivado, porém nada é impossível, depois da derrubada do INAMPS, a sociedade deve se mobilizar contra a saúde privatizada, os planos de saúde, os convênios e desvios políticos, isto é, a consciência das pessoas e a luta social é a chave para o maior avanço do SUS.

Nesta sociedade que é vítima do capitalismo, sabe-se que a Questão Social como matéria do Serviço Social, está praticamente em todas as áreas sócio-ocupacionais. Não diferente das outras áreas a saúde é muito debatida na profissão, principalmente pelos entraves que surgem e pra que o direito do usuário seja resguardo dentro do que rege o SUS.

“Note-se que nos serviços de saúde, a inserção dos assistentes sociais no conjunto dos processos de trabalho destinados a produzir serviços para a população é mediatizada pelo reconhecimento social da profissão e por um conjunto de necessidades que se definem e redefinem a partir das condições históricas sob as quais a saúde pública se desenvolveu no Brasil.” (COSTA, Maria Dalva Horacio, p.7, 2000.)

O Serviço Social na saúde é muitas vezes desconhecido pelos próprios usuários, e por outros profissionais que não tem dinamicidade de como é a ação da profissão das instituições e unidades de saúde. Surgem tensões entre os valores da profissão e seu papel, com o processo de ruptura do Serviço Social, muitos desconhecem dessa relação direta com o usuário, ele enquanto sujeito de direitos.

A profissão atende uma demanda de usuários reprimidos e vitimas da exclusão social, que sofrem pela precarização de recursos e a nova burocratização no sistema de saúde, que corrompe boa parte do SUS. A saúde é algo que deve ser visado na promoção e prevenção das pessoas, no entanto sabe-se que o sucesso desta só se desenvolve a partir do sucesso de outras áreas como a educação, o esporte, o lazer e o trabalho de qualidade das pessoas. Pois a saúde de todos é reflexo das condições de vida e da rotina que cada um perpassa.

“Assim, pode-se afirmar que o assistente social se insere, no interior do processo de trabalho em saúde, como agente de interação ou como um elo orgânico entre os diversos níveis do SUS e entre este e as demais políticas sociais setoriais, o que nos leva a concluir que o seu principal produto parece ser assegurar — pelos caminhos os mais tortuosos — a integralidade das ações.” (COSTA, Maria Dalva Horacio, p.39, 2000.)

Diante disso o processo de trabalho do assistente social é pela efetividade e integralidade das ações, de modo que é feito um levantamento de dados dos usuários para que possa ser de conhecimento as condições econômicas e sanitárias destes, mostrar ao usuário qual é o direito e o dever dele dentro da instituição de saúde ao qual ele necessita do serviço e a articulação de rede para agenciar medidas emergenciais ou necessárias ao cidadão. Além de também buscar todos os aspectos que foram perdidos pelo SUS, devido ao processo de burocratização e tecnológico privatista que acaba não resguardando os princípios estabelecidos na constituição, sabendo que é preciso que o Serviço Social questione o domínio neoliberal nesses espaços.

. A saúde pública no Brasil existe sobre muitas disparidades, a Questão Social assola todos os cidadãos e os profissionais de Serviço Social lutam diariamente na tentativa de trabalhar e efetivar o código de ética, resguardando seus princípios e códigos para que estes não sejam quebrados pelas tensões existentes na politica de saúde tão faladas até aqui. As condições de trabalho, o sigilo profissional entre outros deveres e direitos do assistente social é violado constantemente, porém aquele profissional que segue o código com respeito e ética, sempre trabalha na perspectiva da construção de uma nova sociabilidade.

- A ATUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL EM HOSPITAIS PÚBLICOS DE NATAL (RN)

Para fins da pesquisa foram entrevistadas quatro assistentes sociais, sendo uma do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel e três da Maternidade Escola Januário Cicco. A primeira entrevistada foi a assistente social, Silvia, Formada no ano de 1987 pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, trabalha no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel há 4 anos. As motivações que a levaram a entrar na saúde foi o concurso público que surgiu na época. A segunda entrevistada foi a assistente social, Maria Susanete, formada no ano de 1985, também pela instituição UFRN, já trabalha na Maternidade Escola Januário Cicco há 10 anos, afirma que possui um cargo de chefia na coordenação de Serviço Social e relata que a motivação inicial foi por se afeiçoar por maternidade e como surgiu o concurso, ela fez, e conseguiu passar.

A terceira entrevista foi

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