A Expansão da profissão e a ideologia desenvolvimentista

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A Igreja em elaboração de uma reposta global através das encíclicas papais a Rerum Novarum e a Quadragesimo Anno, que contribuíram para organização do discurso da Igreja sobre a situação universal e ajustado ao contexto de uma sociedade sacudida pelas conseqüências da instauração das relações de produção capitalista.

Com a Revolução de 30 o movimento católico encontrou um novo espaço para sua intervenção, essa revolução estimulou o desenvolvimento industrial, propiciando a substituição de importações e instaurando uma política protecionista que beneficiou a indústria nacional. A Igreja obteve algumas vantagens no governo Vargas, onde o catolicismo foi reconhecido como religião oficial com a Constituição aprovada em 19374.

O Curso Intensivo de Formação de Jovens foi promovido pelas religiosas de Santo Agostinho e teve como convidada Adéle loneux e contou com a assistência de jovens da Ação Católica e da Ação Social, a conseqüência deste evento foi a criação do Centro de Estudos e Ação Social. O CEAS foi considerado o vestíbulo da profissionalização do Serviço Social no Brasil. AS atividades do CEAS se intensificaram em 1933, com a sua participação na liga Eleitoral Católica, a realização da Primeira Semana de Ação Católica e a formação da Juventude feminina Católica.

Em 1936 foi funda a Escola de Serviço Social de São Paulo, inspirada pela Ação católica e pela Ação Social. A demanda da profissionalização começa a revelar-se a partir de alguns aparelhos do Estado, tornando mais exigente a qualificação acadêmica, religiosa e técnica. As escolas de Serviço Social nasciam sob inspiração da igreja católica. As tarefas realizadas pelas obras sociais da igreja estavam justamente orientada para a melhoria dos costumes, tornam inteligíveis as funções das assistentes sócias junto a família operaria, em face do matrimônio, da educação e do cuidado dos filhos, da destinação do salário dos menores delinqüentes, da segurança social, dos enfermos, tratava-se de uma atividade para reformar os costumes,

A Escola de Serviço social do Rio de Janeiro inscrevia-se na luta travada pela igreja para defender o povo de influencias considerado nocivas e para constituir-se como a força normativa da sociedade. Em 1937 surgiu o Instituto de Educação Familiar e Social, e em 1938 a Escola Técnica de Serviço Social atendendo a questão dos menores, em 1940 à Escola de Enfermagem Ana Nery, com o curso de preparação ao Serviço Social.

As Escolas de Serviço Social no Brasil e do Chile apresentaram algumas particularidades, no Chile a primeira escola surge impulsionada pela beneficência pública, por um médio, no Brasil a primeira escola surge pelo movimento católico. Mas no Rio de Janeiro, a expansão da profissão conecta-se à medicina e ao direito. Nos dois país o serviço Social surge como resposta à questão social.