A IDEOLOGIA, EU QUERO.

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A hiperexcitação, a falta de experiências e ação da sociedade acarreta a uma maior predisposição ao encantamento pela propaganda antidemocrática, fascista, autocrática, totalitária, pois o potencial já está inserido como um produto de massa, a propaganda é exibida quando há necessidade do que era inconsciente tornar-se consciente, criar a crença que aquela realidade pode melhorar ou ser alterada com a prisão da liberdade de expressão, criando um modelo de esperança, para a prática de medo estabelecida.

As opiniões, os valores e as atitudes que se transformam ao longo da vida estão na superfície, segundo Adorno, por este motivo são manipuláveis, são afetadas pela situação e por emoções, por isso opiniões são cheias de afetos, podendo, dependendo da situação, modificar o que se fala e o que é pensado. Por isso a personalidade antidemocrática inicia a mudança pela relação com o interno, para depois chegar à superfície afetando a personalidade e consequentemente o ego, tudo dependendo do nível de prontidão para aceitar ou reproduzir a ideologia que o individuo se encontra, pois a ideologia leva a ação que potencializa o sujeito.

Contudo é possível observar a necessidade de um contínuo cuidado com as condições sócias que vivemos ficar em constante vigília para que não ocorra uma massificação de uma única ideologia, privando cada sujeito de exibir sua subjetividade, no constante equilíbrio para que a personalidade seja fixa e flexível, uma completando e critica da realidade para que não ocorra como no filme, uma garantia da liberdade e dos direitos, resgatando e segurando o poder e a política da força e da violência que tenta exaustivamente viciar e gerar uma projeção negativa no outro e individualizando a cultura de massa. Como Cazuza cantava “Ideologia, eu quero uma para viver”, mas não torna-la uma verdade incontestável, não tornar-se paciente de uma cultura, tornar-se crítico de uma realidade.