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UTA FUNDAMENTOS PEDAGÓGICOS FASE II

Por:   •  14/2/2018  •  2.126 Palavras (9 Páginas)  •  515 Visualizações

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É preciso compreender que para o aluno tenha um conhecimento elaborado pelo ser humano historicamente situado, faz-se necessária a compreensão crítica da realidade, deixando clara que não basta somente a repetição de conteúdos, é preciso que haja uma reflexão. (LIMA et al, 2012).

Conforme SAVIANI (2003), o currículo não deve ser impositivo, verticalizado, centralizado e pensado nos gabinetes, resumindo a um simples documento, deixando de lado professores, alunos e comunidades.

Na definição de LIMA (2008) sobre o que é conhecimento, “é um bem comum, devendo, portanto ser socializado a todos os seres humanos. O currículo é o instrumento por excelência dessa socialização”.

Mas que é Currículo Recosntrucionista Social?

Esse currículo tem como concepção a pedagogia histórico-critica, isto é, tornar o sujeito critico-reflexivo e tem como objetivo principal a transformação social e a formação crítica do sujeito. (JESUS, 2009).

As teorias pedagogia histórico-crítica surgem para denunciar o poder da hegemonia dominante, que seguindo o processo de convencimento, de adaptação e de perpetuação das desigualdades são reforçados pelas práticas escolares. (LIMA et al, 2012)

Para MCNEIL (2001) o reconstrucionismo social idealiza homem e mundo de forma interativa. Quando o homem está inserido em um contexto social, econômico, cultural, político e histórico, essa sociedade deixa de ser alienada e pode ser transformada por meio da reflexão, consciência crítica para assumir-se sujeito de seu próprio destino.

A educação é um agente social que promove a mudança. A visão social da educação e currículo consiste em provocar no indivíduo atitudes de reflexão sobre si e sobre o contexto social em que está inserido. (JESUS, 2009)

O currículo deve confrontar e desafiar o educando frente aos temas sociais e situações-problema vividos pela comunidade. Esse currículo vai além dos objetivos e conteúdos universais, sua preocupação não reside na informação e sim na formação de sujeitos históricos, cujo conhecimento é produzido pela articulação da reflexão e prática no processo de apreensão da realidade. (JESUS, 2009)

As relações sociais ultrapassam os muros da escola, introduzindo o educando em atividades na comunidade, incentivando a participação e cooperação. Assim acredita na capacidade do homem conduzir seu próprio destino na direção desejada, e na formação de uma sociedade mais justa. Porém o currículo reconstrucionista social esbarra certas dificuldades em uma sociedade hegemônica e dominadora. (JESUS, 2009). Mesmo diante dos avanços, debates e discursos, o sistema educacional brasileiro ainda tende a seguir o modelo tradicional e/ou tecnicista de ensino. (LIMA et al 2012). Percebe-se isso quando centra o ensino dos educandos em testes avaliativos quantitativos, seja para o ingresso no ensino superior, na progressão educacional e na avaliação do próprio sistema educacional. (LIMA et al, 2012).

Nesse caminho a escola se descentra da função que deveria ser prioritária: “munir o educando com conhecimentos que subsidiem a sua compreensão sobre as intrincada relações da vida cotidiana”. (LIMA, et al, 2012).

O currículo reconstrucionista social reafirma o caráter político da educação, revalorizando o papel da escola e do currículo no desenvolvimento de uma proposta cujo objetivo maior seja a transformação de ordem social. (MOREIRA, 1997).

Para elaborar um currículo é preciso que os educadores levem em consideração a realidade dos educando. Passando por um contexto sócio histórico, dependendo da cultura, dos costumes, das especificidades históricas, das políticas educacionais. (LIMA et al, 2012).

A contemporaneidade faz-se necessária uma mudança em direção a um conjunto de condições sociais que estão reconstituindo o mapa social, cultural e geográfico do mundo e produzindo, ao mesmo tempo, novas formas de crítica cultural. Diane disso o currículo tradicional não tem mais espaço na atual conjuntura, por isso há necessidade de um currículo reconstrucionista, que tenha como parâmetro a diversidade cultural. Ou seja, é preciso que se tenha um currículo inclusivo, que incorpore as tradições dos diferentes grupos culturais e sociais (mulheres, negros, índios, etc..). É precisa que haja um intensificado debate sobre pluralidade cultural e a relevância de se garantir representação das identidades culturais nos diversos campos sociais, incluindo o educacional. Deve-se ter foco na educação e na formação docente, o papel dos discursos e práticas curriculares na preparação de professores e de futuras gerações, nos valores da diversidade cultural e de desafio a preconceitos ligados a determinantes de gênero, raça, religião, padrões culturais e outros. (JESUS, 2009).

A formação do professor e a construção do currículo reconstrucionista não podem ocorrer fora da ótica da alteridade e do multiculturalismo, tão pouco isoladas dos avanços filosóficos científicos e culturais e descomprometidas com o tecnocentrismo, elas tornam-se retrógradas. E esse retrocesso não se esgota na palavra, mas, antes, na ausência da compreensão de que o mundo mudou simbólica e tecnologicamente e trouxe para o centro social o conhecimento como fator fundamental das relações sociais entre as sociedades. Trata-se de um conhecimento novo, amplo, complexo e livre das discriminações da modernidade, comprometido com a verdadeira emancipação. (JESUS, 2009 )

Para construir uma sociedade que queremos devemos pensar na importância da escola para essa sociedade e como a escola deve ser planejada para que contribua expressivamente com a sociedade que queremos. Para que isso aconteça deve-se haver uma reflexão desde a realidade dos educandos como seus interesses, características da comunidade que eles fazem parte, mas também considerar todos que fazem parte dessa escola seja funcionários, professores, direção, etc. pois todos fazem parte desse processo de ensino-aprendizagem. (LIMA et al, 2012)

LIMA et al, (2012) afirma:

“A educação deve ser concebida como um processo dialético, crítico e reflexivo, que promova o contínuo desenvolvimento de todos que fazem parte do contexto escolar. Portanto, pensar na elaboração de um currículo não é simplesmente selecionar conteúdos a serem trabalhados como se fossem peças de diferentes quebra-cabeças e acreditar que se pode montar algo coerente no final da brincadeira. Os conteúdos isolados, trabalhados como conhecimentos distantes da realidade do nosso educando, não

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