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PORTIFÓLIO DA UTA ORGANIZAÇÃO ESCOLAR FASE II

Por:   •  16/3/2018  •  2.681 Palavras (11 Páginas)  •  350 Visualizações

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Entretanto, para que a escola possa cumprir a sua função não basta realizá-la tendo como pressuposto o princípio do trabalho, cabe a ela o seu aprimoramento, pois lhe é destinado o desenvolvimento do trabalho educativo, ou seja, por meio de atividades intencionais permitindo ao ser humano o acesso à cultura acumulada historicamente, como meio de produção de sua própria cultura.

Cabe à escola no momento de elaboração do seu PPP, a escolha de elementos culturais que serão priorizados para cada etapa do trabalho desenvolvido no ambiente escolar e, consequentemente, qual a melhor forma de fazê-lo. Para isso é fundamental que os profissionais que ali trabalham possam refletir sobre todas as ações realizadas e a entender que os passos trilhados possuem um objetivo a ser alcançado. Sendo assim a escola deve ver com clareza o projeto de sociedade que pretende construir ao realizar a elaboração do PPP.

E preciso que a escola organize metodologias que possibilitem a assimilação do conteúdo ensinado. Como já sabemos os alunos não aprendem todos da mesma forma é necessário que os profissionais da educação tenham uma constante readequação das formas de trabalhar o mesmo conteúdo, com vistas a atingir o seu objetivo principal: conseguir que o aluno aprenda aquilo que está sendo ensinado.

E importante destacar que os princípios definidos pela coletividade da escola devem demarcar aquilo que de fato seja o conjunto de crenças do grupo, pois se você comunga de uma determinada concepção de vida, esta deve estar presente em todos os momentos. Pois suas ações diárias perante seus pares e alunos estarão comprovando-as.

As instituições educacionais são organizadas por meio de seu projeto-político-pedagógico (PPP), e há diversas formas de coloca-las em pratica. O principio que tomaremos como organizador do trabalho pedagógico e das suas relações no interior da escola é o da gestão democrática.

É possível que os pedagogos coordenem as ações desenvolvidas pelo professor para a oferta de uma qualidade de à população, isso demandará que esse profissional realize ações que possibilitem o enfrentamento dos desafios da organização escolar na atualidade.

O primeiro desses desafios consiste no problema de a gestão democrática, que deveria ser instituída no interior das escolas, caracterizar-se, principalmente, na atualidade, pelos princípios de gestão compartilhada, em contraposição à construção de uma gestão substancialmente democrática da escola.

Quando falamos em gestão compartilhada ou participativa, não queremos dizer que os envolvidos no processo de organização da escola (família, professores, funcionários, pedagogos e alunos) exerçam de fato o seu direito de serem representados e de se representarem. Essa realidade dificulta qualquer forma de controle sobre aquele que dita o funcionamento da escola (o diretor).

A luta pela autonomia da escola insere-se numa luta maior pela autonomia no seio da própria sociedade. Portanto, ela depende muito da ousadia de cada escola em experimentar o novo e não apenas em pensá-lo.

Para que isso ocorra, é necessário percorrer um longo caminho na construção da confiança e da confiabilidade na escola, bem como na sua potencialidade de resolver seus problemas por si só própria e de se governar.

Isso quer dizer que a visão de autonomia que vem sendo difundida está intimamente ligada à ideia de privatização da escola pública, inclusive incentivando que empresas privadas “adotem” escolas e que cada vez mais a escola pública se infiltre na lógica perversa do capitalismo.

As medidas adotadas em nome da descentralização e da autonomia da educação pública não foram muito além da transferência, para as unidades escolares, de tarefas e responsabilidades que antes estavam nas mãos dos órgãos centrais e regionais de ensino. As medidas implementadas se traduziram, por um lado, em um acúmulo de funções do diretor na parte burocrática que o desvia, e muito, do atendimento das questões pedagógicas da escola, que é uma das suas funções principais.

Contrapondo-se a essa forma de se pensar e encaminhar as ações na escola, coloca-se a possibilidade da gestão democrática – com certeza pautada em princípios opostos aos do neoliberalismo, ou seja, comprometida com os interesses da maioria da comunidade, com a transformação, e não com a manutenção das relações sociais desiguais, injustas e excludentes.

Umas dessas novas iniciativas que visam o fortalecimento da participação da comunidade nas definições sobre a educação são os colegiados, que podem ser tecnicamente definidos como órgãos coletivos de decisões e análise dos problemas da escola, formados paritariamente, ou seja, mantidos, coordenados, enfim, implantados por representações de pais, alunos, professores e funcionários.

Outro fator que deve ser considerado importante na construção da gestão democrática é a necessidade do envolvimento de todos os segmentos da escola na construção do seu Projeto Político Pedagógico (PPP). É a partir da definição da identidade da escola, da concepção de homem e de sociedade pelo coletivo de profissionais que trabalham na escola com a participação da sua comunidade, que será possível garantir a unidade pedagógica necessária para que a escola cumpra sua função: socializar o saber historicamente acumulado, oportunizando as classes subalternas à compreensão crítica das relações sociais de que fazem parte.

Nesse sentido, uma das condições indispensáveis para que o Projeto Político Pedagógico (PPP) seja construído é, sem dúvida, a formação continuada de todos os profissionais que trabalham na escola, pois é ela que possibilitará o maior nível de incorporação dos elementos caracterizadores do projeto definido coletivamente. A necessidade de sua efetivação na escola requer aproximação conceitual e um trabalho que promova uma relação teórico-prática de qualidade, pois o que se deseja é a práxis transformadora que podem levar à emancipação humana no sentido mais amplo.

As dificuldades no processo de democratização do sistema público, no que diz respeito às suas formas de gestão e as tentativas de aproximação da comunidade com a escola, demonstram que a natureza dos problemas encontrados e a superação destes não se limitam meramente à instituição de mecanismos que possibilitem a participação formal da comunidade.

Sob esse ponto de vista, as concepções sobre a gestão democrática não se esgotam na criação de canais do plano das unidades escolares. Enfim, torna-se necessário redefinirmos o âmbito

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