TEMPO E ESPAÇO DOS SUJEITOS E INSTITUIÇÕES ESCOLARES

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É preciso permitir o contato com livros e outros portadores desde a Educação Infantil para que a criança, ao manusear tais materiais, se familiarize e crie vinculo com a leitura. Como disse Paulo Freire “A leitura do mundo precede a leitura da palavra”.

Elaborar projetos de leitura nos quais haja integração entre as classes é alternativa, uma vez que os alunos perceberão que ler faz parte do contexto escolar e social. A Leitura Simultânea é uma boa saída quando bem planejada e pautada em objetivos pré-estabelecidos.

05 – Com o avanço da tecnologia e a distância cada vez maior entre a sociedade e os livros, ler história passou a ser outro grande desafio que os educadores devem assumir para que esta tradição permaneça viva. O que você acha que deveria ser feito nesses casos?

É importante considerar que, mesmo com o avanço da tecnologia, ainda há uma grande maioria nas comunidades que não tem acesso a e-books ou aplicativos similares. Nesses casos criar parceria com as famílias com projetos como Diário de Bordo podem garantir a leitura para além da escola de modo prazeroso e criar o comportamento leitor.

Trabalho com tais projetos e já ouvi o relato de uma mãe que disse que seu filho a orientava na leitura recordando a postura do professor leitor.

Acredito muito que só é possível valorizar o que compreendemos, portanto, realizar um trabalho que permita ao aluno compreender a importância do texto escrito e encadernado o ajudará a valorizar o livro impresso.

Ano passado fiz um projeto com Literatura de Cordel e discutimos, durante o processo de confecção dos livros a questão do custo, do artesanato e da importância de perpetuar a riqueza cultural do pais.

Outro ponto importante é que o professor demonstre gosto pela leitura no papel, pois, o aluno percebe quando o que lhe é passado é verdadeiro ou apenas reprodução de opinião.

O professor é um dos grandes responsáveis em produzir no aluno o gosto pela leitura, uma vez que pode ser o único a oferecer esse banquete que são as histórias.

Investir em diferentes modos de leitura (contação, dramatização, leitura em voz alta, leitura compartilhada, leitura fatiada, entre outras modalidades) aumenta ainda mais a curiosidade do aluno que vai ficar cada vez mais fascinado com a infinidade de possibilidades que o mundo da leitura oferece.

Produção de Texto

O tempo e o espaço dos sujeitos e instituições escolares em relação à prática da leitura

A leitura é um elemento fundamental para que o sujeito construa seu conhecimento, concedendo novas experiências para seu amadurecimento psicológico. Para formar um leitor é preciso que ele tenha uma experiência significativa com a leitura, que não deve ocorrer por obrigação, mas sim que seja apresentada de forma agradável e familiar, por meio de leitura que desperte o interesse e o prazer no que se lê, fazendo com que este converse e interaja com o texto. A escola é uma das principais instituições a promover um encontro entre o possível leitor e o livro, porém com o avanço da tecnologia e a distância cada vez maior entre a sociedade e os livros, ler histórias passou a ser um grande desafio que os educadores devem assumir para que esta prática permaneça sempre ativa e presente na vida das pessoas.

O uso do livro em sala de aula atualmente tem o objetivo de formar cidadãos críticos e reflexivos, que possam transformar a realidade onde vivem. É fundamental o adulto dar exemplo para que a criança tenha o hábito de ler muito, isto pode ocorrer com a atitude de um professor, sendo leitor para que seus alunos sejam leitores também.

A aquisição da competência pressupõe experiências de aprendizagem que induzam o domínio progressivo da complexidade de funções envolvidas no ato de ler: a decifração, a compreensão, a representação mental do conteúdo e a reação afetiva ao texto escrito. O gosto pela leitura decorre fundamentalmente das reações afetivas resultantes do contato com os livros.Existem muitos tipos

de estratégias destinadas a assegurar a competência da leitura, que os professores utilizam acordo com a orientação pedagógica que imprimem ao seu trabalho e com a especificidade das turmas.

Relativamente à promoção do gosto pela leitura, muito mais do que a utilização de estratégias, o fator essencial reside na reação afetiva positiva que se desencadeia ou não no contato entre o leitor e o livro. Independentemente da abordagem efetuada, um livro dá ou não dá prazer a quem o lê por motivos imponderáveis, de foro individual.

Não há pois nenhum livro capaz de dar prazer a todos. Por isso, a primeira regra para promover o gosto pela leitura é proporcionar o contacto dos leitores com uma grande diversidade de livros, para aumentar a probabilidade de que cada um encontre os livros-chave que lhe abrirão as portas do interesse pela leitura e do hábito de ler de livre vontade.

Alguns aspectos devem ser observados para que não ocorram obstáculos ao gosto pela leitura.

Prolongar demais a leitura de um mesmo livro: O tempo dedicado a leitura do livro deve levar em conta a idade dos alunos e o interesse do mesmo no respectivo livro.

Dividir a análise livro em partes de tal forma que cada uma por si não adquira significado que possa interessar os alunos: Trabalhar em um livro implica naturalmente pausas na leitura. As pausas devem respeitar as unidades de sentido para que o aluno não se perca, nem percam o interesse pela continuação.

Dividir um livro em partes e atribuir a leitura e a análise de cada parte a um aluno ou grupo de alunos: Alunos que leem apenas partes de livros, não só não

adquirem uma compreensão global do conteúdo, como dificilmente se interessam ou sequer recordam o que leram.

Quebrar o particular entusiasmo que um livro suscitou com exercícios de análise de texto, de funcionamento da língua, ou com atividades a que os alunos não aderem: O genuíno e espontâneo entusiasmo por um livro, tal como por qualquer atividade formativa, pode ser quebrado ou destruído por atividades sequentes.

A solução para estes impasses é sempre incluir vários livros, autores e livros diferentes e sempre planificar para acompanhar o que mais desperta o interesse nos alunos e fazer os ajustes de acordo com o planejamento. É necessário que o professor sempre conheça o conteúdo para realizar um trabalho bem articulado e as estratégias de