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RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO CURRICULAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por:   •  20/11/2018  •  6.449 Palavras (26 Páginas)  •  400 Visualizações

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Durante a prática pedagógica desenvolvida no estágio obrigatório, percebe se a oportunidade de refletir mais sobre a própria formação, e isto é importante também para os profissionais da Instituição que já estão atuando na área. Segundo Augusto Cury “Um excelente educador não é um ser perfeito, mas alguém que tem serenidade para se esvaziar e sensibilidade para aprender”. (CURY, pg.18, 2008).

Este trabalho foi elaborado utilizando um levantamento bibliográfico que demonstram como foi o início da educação infantil no Brasil, no final do século XIX e que teve importantes conquistas. Fizemos uma retrospectiva da educação infantil no Brasil e suas principais conquistas, nele nossa principal fonte de consulta foram os estudos da Professora Zilma Ramos de Oliveira.

Na segunda parte apresentamos a metodologia utilizada.

Na terceira parte relatamos nossas observações do presente estágio, tanto no primeiro período de observação, como nos dias de efetiva intervenção. Após fazemos nossas considerações finais.

Com este estudo pode se então submeter os conhecimentos obtidos, com a prática docente, tornando possível a experimentação e a constatação da importância da formação deste profissional da educação. Isto tudo, neste momento de estágio, nos oportunizou poder identificar nossas deficiências, para um melhor crescimento futuro, e que possibilitou, desta forma, atingirmos os objetivos aqui propostos.

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

- Investigar, analisar, compreender e intervir no processo educativo na Educação Infantil.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Identificar o momento de estágio supervisionado como possibilidade de articular ensino e pesquisa.

- Operacionalizar o estágio supervisionado, considerando as experiências vivenciadas e articulação entre as disciplinas desenvolvidas no semestre.

- Realizar pesquisa no espaço escolar e não escolar, objetivando a descoberta de utilização de metodologias educacionais que oportunizem construções de aprendizagem que respeite a diversidade cultural.

- Conhecer metodologias didático-pedagógicas e as áreas de conhecimento para atuação na Educação Infantil.

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 Retrospectiva histórica do atendimento às crianças pela Educação Infantil no Brasil

Para compreender e refletir sobre o conceito de infância ou a concepção de criança é necessário uma retomada ao passado em que, até o início do século XIX, no Brasil, o atendimento à criança, longe da mãe, em instituições como creches, praticamente não existia, visto que durante séculos os cuidados destas crianças pequenas eram de exclusiva responsabilidade de sua família, e com seus familiares é que ela recebia o conhecimento sobre as normas e a cultura da sociedade que pertencia.

Nos séculos XVII e XVIII, na zona rural, as famílias de fazendeiros cuidavam das crianças abandonadas, geralmente frutos de exploração sexual das mulheres negras e índias. Na zona urbana, mulheres solteiras, devido a opressão social e preconceito, escondiam suas identidades deixando seus filhos ilegítimos, frutos de uma gravidez indesejada, abandonados nas “rodas dos expostos” (PASCHOAL; MACHADO, 2009).

A roda era um cilindro de madeira posto nos conventos e casas de misericórdia, onde a criança era depositada, pela mãe ou outra pessoa da família, que ao colocar o pequeno puxava uma corda para avisar a rodeira que uma criança, acabava de ser abandonada ali. A roda dos expostos, que foi instaurada no Brasil pelo Papa Inocêncio III e, foi durante mais de um século a única instituição que realizava este trabalho assistencialista de acolhimento a criança abandonada, somente em meados de 1950 foi extinta (MARCÍLIO, 1997).

A partir da segunda metade do século XIX, em decorrência da necessidade da entrada da mulher no mercado de trabalho, neste período em que ocorria a abolição da escravatura, início da República, da industrialização e desenvolvimento tecnológico, ocorrem algumas tentativas isoladas de proteção à criança por parte de instituições filantrópicas. Estas instituições eram assistencialistas, e visavam combater os altos índices de mortalidade infantil e resolver o problema do aumento das crianças abandonadas, que eram filhos dos escravos e não iriam mais assumir o lugar de seus pais (OLIVEIRA 2002).

Desta forma, o trabalho das primeiras creches, era exclusivamente, assistencialista, uma vez que os cuidados com as crianças visavam apenas questões de higiene pessoal, como fralda, banho e alimentação. Por isso o professor ou cuidador não precisava de formação profissional. Também havia certo preconceito com crianças deficientes físicas, abandonadas, vítimas de abuso sexual e ou deixadas na roda dos expostos.

Em 1875, no Rio de Janeiro, e, 1877, em São Paulo, foram criados os jardins-de-infância, por entidades privadas, e, alguns anos depois, os jardins de infância públicos com programa pedagógico inspirado em Froebel que, no entanto, atendiam as famílias da alta aristocracia da época (OLIVEIRA 2002).

Em 1899 Moncorvo Filho fundou o Instituto de Proteção e Assistência à Infância, com os objetivos: “{...} inspecionar e regulamentar a lactação; inspecionar as condições de vida das crianças pobres (alimentação, roupas, habitação, educação, instrução etc.)” (KUHLMANN Jr, 1991, p. 21). Neste ano, cria-se a primeira creche brasileira para filhos de operários, que se tem registro (KUHLMANN Jr, 1991, p. 18-19). Em 1919 fundou o Departamento da Criança no Brasil, que além de fiscalizar as instituições, tinha como objetivo lutar pelo fim do trabalho das mães voluntárias, também chamadas de: “as Criadeiras”, que se propunham de forma precária e por dinheiro, cuidar das crianças das operárias (KUHLMANN Jr., 1998).

Os trabalhadores imigrantes, mais politizados e que tinham informação sobre os movimentos que ocorriam na Europa e Estados Unidos, buscaram se organizar com os sindicatos, e com os demais operários dos centros urbanos mais industrializados para lutar e protestar contra as condições precárias de trabalho e baixos salários. Entre as reivindicações, na década de 20 e no início de 30, pediam pela existência de local para o atendimento as crianças durante

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