Projeto Integrador de Educação Especial
Por: kamys17 • 5/5/2018 • 2.248 Palavras (9 Páginas) • 713 Visualizações
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O professor tem papel fundamental no processo ensino-aprendizagem da criança que apresenta sintomas de TDAH que normalmente é diagnóstico por um profissional da saúde especializado e jamais por professores. É visível que crianças e adolescentes com TDAH prestam mais atenção em algumas situações, especialmente aquelas que envolvem tarefas prazerosas, jogos eletrônicos, por exemplo.
Segundo Silva e Souza (2005), o papel da escola é crucial para o avanço da criança, incluindo o progresso social e de linguagem, especialmente para as que possuem TDAH.
6. Problema
Os professores que atuam com os alunos com TDAH possuem capacitação necessária para incluir esse aluno em sala de aula?
7. Objetivo Geral
Esse projeto tem como objetivo identificar as causas das dificuldades dos docentes em auxiliar o processo de desenvolvimento dos alunos com TDAH.
8. Objetivos Específicos
- Buscar referências que auxiliem a identificação do TDAH e orientar educadores a lidar com esse público.
- Apontar os desafios que apresenta o processo de ensino-aprendizagem com crianças com TDAH.
- Elucidar as dificuldades dos professores no trabalho docente com crianças com TDAH e propor estratégias de ensino que auxiliem os docentes a desenvolverem um trabalho com os alunos com TDAH.
9. Fundamentação Teórica
O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, também chamado TDAH, é um problema de saúde mental que se qualifica por sinais de desatenção, hiperatividade e impulsividade no campo familiar, escolar e social. Segundo Poeta e Rosa Neto (2004, p.150), o respectivo transtorno passou por diferentes denominações:
Este transtorno tem aparecido com variações na sua nomenclatura no decorrer da história, incluindo algumas denominações como “Lesão Cerebral Mínima”; “Reação Hipercinética da Infância”, no DSM-II; “Distúrbio do Déficit de Atenção”, no DSM-III; “Distúrbio de Hiperatividade com Déficit de Atenção”, no DSM-III-R; “Transtornos Hipercinéticos”, na CID-10; e “Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade”, no DSM-IV.
O professor não deve diagnosticar o transtorno, mas deve ter conhecimento necessário sobre ele para fazer a identificação correta e tomar as providências que lhes são cabíveis. Jones (1991 apud ROHDE et alii, 2003) descreve os procedimentos corretos que devem ser adotados diante de um caso suspeito de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.
“ (...) os professores devem ter cuidado para não diagnosticar, mas apenas descrever o comportamento e o rendimento do aluno, propondo um possível curso de ação. ” (p.204)
“Uma avaliação adequada para TDAH supõe entrevista com profissional capacitado; análise do histórico familiar e do comportamento da criança no ambiente da família; avaliação neuropsicológica e avaliação do desenvolvimento emocional e afetivo” (p.205)
Os professores possuem um papel de suma importância no processo de aprendizagem de alunos com TDAH e devem estar capacitados, devem receber orientação especial para trabalhar na educação dessas crianças, baixando ainda mais a autoestima e a concepção que terão sobre a escola. Contatos frequentes do professor com os pais desses alunos e uma boa relação entre escola e pais, é fundamental para que a criança de maior feedback na aprendizagem.
Apesar de cuidados especiais e professores com preparo especial, a maior parte das crianças com o transtorno não precisa de educação especial. A menos que seus problemas sejam bastante sérios, esses estudantes podem funcionar bem em salas de aula normais com auxílio de professores atenciosos, boas técnicas de manejo em sala de aula, e ocasionalmente medicamentos. (SMITH; STRICK, 2001, p.41)
A escola tem papel fundamental na formação do indivíduo e o professor deve buscar práticas de ensino e metodologias adequadas que propiciem a aprendizagem do aluno com TDAH, respeitando sua subjetividade, e estimulando para que o aluno supere suas limitações, e Eidt e Ferracioli (2013) confirmam esta ideia dizendo que,
Na maior parte das vezes é apenas na escola que a criança terá contato com conteúdos sistematizados e ricos, distintos daqueles de seu cotidiano fora da instituição escolar. Essas atividades e conteúdos escolares lhe proporcionarão apropriações a que, dificilmente, teria acesso em casa ou em outros lugares, ao menos não com a mesma complexidade e, portanto, como vimos até aqui, que não impulsionarão o desenvolvimento de suas funções psicológicas superiores, cada vez mais próximas daquilo que há de mais elaborado no gênero humano. O educador tem a tarefa de organizar as mediações entre adultos e criança, para que funções como a linguagem ou autodomínio do comportamento possam ser controladas cada vez mais conscientemente por ela. (EIDT E FERRACIOLI, 2013, p.121)
10. Estratégias de Ação
Oferecer um ensino de qualidade para todos, coordenando métodos de forma colaborativa em todos os níveis de gestão educacional, é imprescindível para a formação integral de cada aluno. Portanto, vivências éticas profissionais, em confronto de desafios e busca de melhores e pertinentes soluções para o sucesso acadêmico dos alunos, devem ser considerados pelos profissionais da educação. Nesta percepção de ensino-aprendizagem, com base em Sandra Rief (1993), algumas técnicas pedagógicas para o trabalho com os alunos diagnosticados com TDAH no contexto escolar, se idealizam a seguir:
- Estabelecer combinados, utilizar tom de voz adequado;
- Construir um contrato com o grupo, estabelecendo limites para a convivência no coletivo;
- Ensinar regras, dando oportunidades aos alunos praticarem o desejável e apresentando a eles um feedback sobre sua adequação;
- Reforçar comportamentos positivos, deixando claro que sua atitude está sendo cooperativa e desejável. Ex: gosto quando você pede com licença para passar;
- Trabalhar com prevenção da conduta dentro de sala de aula, trabalhando com uma situação organizada, num ambiente tranquilo.
- Cada meta vencida, a cada sucesso alcançado que seja comentado com elogios;
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