Portifólio Lingua Portuguesa
Por: Sara • 18/4/2018 • 1.589 Palavras (7 Páginas) • 316 Visualizações
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Obs.: Nível Alfabético - a criança agora entende que:
• a sílaba não pode ser considerada uma unidade e que pode ser separada em unidades menores;
• a identificação do som não é garantia da identificação da letra, o que pode gerar as famosas dificuldades ortográficas;
• a escrita supõe a necessidade da análise fonética das palavras.
De acordo com Emília Ferreiro e Ana Teberosky, “Um sujeito ativo não é um sujeito que “faz muitas coisas”, nem um sujeito que tem uma atividade observável. Um sujeito ativo é um sujeito que compara, exclui, ordena, categoriza, reformula, comprova, formula hipóteses, reorganiza etc., em ação interiorizada (pensamento) ou em ação efetiva (segundo seu nível de desenvolvimento). Um sujeito que está realizando algo materialmente, porém, segundo as instruções ou modelo para ser copiado, dado por outro, não é, habitualmente, um sujeito intelectualmente ativo.”
3- METODOLOGIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
Atividade da página 91
O personagem Chico Bento é uma criação muito feliz da equipe de Maurício de Souza. Na década de 1980, o Conselho Nacional de Cultura queria proibir a publicação da revista, alegando que ela servia de mau exemplo às crianças brasileiras, que passariam a falar “errado” como o Chico Bento (Bortono-Ricardo, 2004, p. 46). Você concorda com esse posicionamento?
Não. O Brasil é um país de dimensões continentais, com uma rica diversidade cultural e com enormes diferenças sociais, devido a isso a maneira de falar se realiza de forma variada e individualizada.
Brasileiros como somos, possuímos identidade própria da língua portuguesa e nem por isso mesmo, o fato de muitos de nós não usarem a norma culta, deixam de expressar a realidade que vivemos e mostrar as diferenças sociais, com o mesmo direito de ocupar um espaço na sociedade, respeitados e capazes de transformar a própria realidade.
Para Cagliari, 1999, “Todas as variedades, do ponto de vista estrutural lingüístico, são perfeitas e completas entre si. O que as diferencia são os valores sociais que seus membros têm na sociedade”. “Certo e errado são conceitos pouco honestos que a sociedade usa para marcar os indivíduos e classes sociais pelos modos de falar e para revelar em que consideração os tem... Essa atitude da sociedade revela seus preconceitos, pois marca as diferenças lingüísticas com marcas de prestígio ou estigma.”
Ao contrário do que se pensava no passado, esse tipo de texto pode ser utilizado na escola e contribuir para o enriquecimento da aula. Nestas aulas podem ser abordadas as diferenças do modo de falar, da linguagem regional frente à escrita da língua portuguesa, para que as crianças compreendam durante o processo que é necessário o respeito ao modo de falar de cada pessoa, de cada região, porém que existe um padrão da nossa língua que precisa ser respeitado em situações formais de escrita.
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Os alunos podem reescrever as falas dos balões, primeiro usando o seu jeito, depois usando a norma culta e fazer as comparações.
5 – CONCLUSÃO
Ao encerrarmos os estudos desta unidade temática, verificamos a responsabilidade do professor dos primeiros anos do Ensino Fundamental, no ensino da língua materna, para ajudar seus alunos a chegarem a uma alfabetização plena, que favoreça o desenvolvimento da sua linguagem oral e escrita, oferecendo ambientes e oportunidades para praticarem a leitura e a escrita diariamente, levando-os à reflexão e ao entendimento da finalidade dessas atividades.
O bom desenvolvimento da leitura e da escrita, permitem ao aluno, fazer bom uso da comunicação oral, assim como abrem caminho para toda a sua vida escolar, sendo utilizadas em todas as disciplinas e preparando-o também para o mundo, oferecendo-lhe condições para interpretar, questionar e construir seu conhecimento, dando dignidade para a vida em sociedade e o conhecimento necessário para o exercício da cidadania.
Verificamos também a importância de conhecer as idéias de teóricos como Jean Piaget, Vygotsky e Emília Ferreiro, sobre a construção da linguagem escrita pela criança, para entendermos os estágios e níveis pelos quais toda criança passa para chegar a uma alfabetização significativa, o que favorecerá o trabalho em Língua Portuguesa e demais disciplinas durante toda a vida acadêmica dos alunos, destacando a função da leitura e da escrita na sociedade.
Observamos a importância da valorização das variedades linguísticas do povo brasileiro nas aulas de Língua Portuguesa, como ponto de partida para o desenvolvimento do trabalho com a leitura e com a escrita da língua materna, quebrando paradigmas quanto ao seu ensino, que supervaloriza o estudo da gramática, inibindo os alunos de raízes mais humildes, que por fazerem uso de uma linguagem diferente, se envergonham do que sabem, deixando de expor a riqueza de seus conhecimentos.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
- RIBEIRO, Vera Masagão. Alfabetismo e atitudes. Campinas, SP: Papirus; São Paulo: Ação Educativa, 1999.
- SENNA, Luiz Antonio Gomes. Letramento: Princípios e Processos. Curitiba: Editora IBPEX, 2007.
- VALLE, Luciana de Lucca Dalla. Metodologia da Alfabetização. Curitiba: Editora IBPEX, 2007.
- GOMES, M. L. C. Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa. 2ª. ed. Curitiba: EDITORA IBPEX, 2007.
- PAULA, Anna Beatriz da Silveira; SILVA, Rita do Carmo P . Didática e avaliação em língua portuguesa . 1. ed. Curitiba: Editora IBPEX, 2007.
- UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL (ORG). Metodologia do ensino da Língua Portuguesa. Curitiba: IBPEX, 2008.
- HARTMANN, Schirley Horácio de Góis. SANTAROSA, Sebastião Donizete. Práticas de escrita para o letramento no ensino superior. Curitiba: Editora IBPEX, 2010.
- WACHOWICZ, Tereza. Análise lingüística nos gêneros textuais. Curitiba: Editora IBPEX, 2010.
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