Infância e Educação no Brasil Nascente
Por: kamys17 • 3/6/2018 • 980 Palavras (4 Páginas) • 350 Visualizações
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Na última parte do capítulo, a autora destaca que com a urbanização no século XVIII, o espaço urbano se dividiu em duas realidades: a das elites e a dos miseráveis. Surge, nesse período, o movimento higienista na tentativa de adaptar a população a um novo modo de vida, reformulando os hábitos e costumes higiênicos. Essa reformulação de hábitos levou a uma transformação da família: o pai passou a ser o provedor material, a mãe responsável pela educação do filho que passa a ser visto como "um pequeno reizinho", era a criança da elite representante do Brasil do futuro. Infelizmente ainda presenciamos na atualidade essa distinção na educação entre os alunos das escolas públicas e particulares.
O que se ressalta pela autora no texto é que o período da "infância"era considerado apenas um caminho para a vida adulta e estavam ausentes na vida da família patriarcal a idéia de amparo a essas crianças, de sensibilidade e intimidade no relacionamento com elas e, além disso, graças a uma educação elitizadora, muitos ficaram de fora do processo de escolarização.
Ficou claro que sofremos, ainda, as conseqüências das intervenções pedagógicas inadequadas, as quais eram voltadas para as mais diversas concepções de infância e criança criadas e difundidas pela sociedade de acordo com os interesses do contexto social e econômico de cada período histórico . O que infelizmente se arrasta até os dias atuais, sendo uma luta diária para nós na área da educação! No sentido de melhor atender a essa " infância invisível" durante séculos e dar-lhes a adequada visibilidade e respeito, precisamos romper com os resquícios histórico-sociais e as praticas que mantêm viva a discriminação social no acesso a uma educação de qualidade pois as crianças devem ser reconhecidas como cidadãos que precisam ter legitimados seus direitos inalienáveis e intransferíveis.
Nesse sentido, o texto é de interessante leitura para todos os profissionais da educação ou da área de ciências sociais, estudiosos da infância no Brasil, assim como, a qualquer cidadão que queira ter uma nova visão, um olhar de estranhamento em relação às concepções de infância e criança, criadas e estereotipadas durante séculos , concepções ainda perpetuam seus rastros e dificultam a inclusão dessas crianças no contexto social como verdadeiros cidadãos.
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