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Ensinando e Aprendendo através das Práticas Educativas

Por:   •  23/5/2018  •  5.300 Palavras (22 Páginas)  •  471 Visualizações

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Ao estudarmos os quatro pilares da Educação vemos que a escola passa ter uma nova visão do aluno, sua percepção de como ensina deve ser construída através do entendimento que a educação não se dá somente na escola e sim com a escola e o seu meio ambiente.

Na escola estudamos o que é visível: os rios, o cálculo, as células. É a invisível bondade? Qual a disciplina trata da bondade? Em qual a disciplina aprendemos a aprender? Em qual disciplina aprendemos a nos relacionar com a família, os amigos, a namorada (ou o namorado)? Em qual a disciplina aprendemos a conhecer o nosso corpo, respirar, relaxar as tensões, conversar com paciência, falar em público? Aprender conteúdos atrás de conteúdos, mas não aprendemos viver. Justamente porque aprender a viver envolve conhecer o invisível, o imaterial, o sutil. Envolve perceber que cada ação e corpo, fala e mente e capaz de modificar nossa experiência de realidade. (GUERRA, 2001, p. 197 apud SOUZA e SILVA, 2004, p. 36).

2. METODOLOGIAS DE ENSINO: Práticas Educativas

Pensar em Metodologias de Ensino, tendo como foco as práticas educativas como tema de pesquisa seria questionar a importância que as mesmas têm no ensino atual. Num ensino onde a preocupação era o que ensinar para os alunos, do que seria importante para a sua formação passa a ser como o aluno aprende. Colocam-se em destaque as práticas, tendo consciência que um planejamento adequado é fundamental para aprendizagem do mesmo, por que irá respeitar as habilidades, competências e vivências que trazem consigo para o ambiente escolar, criando condições para que ocorra a aprendizagem. O professor deixa de ser um mero transmissor de conhecimento para se tornar o mediador, onde ele ensina e aprende ao mesmo tempo, tornando imprescindível a sua formação e atualização permanente.

Para Antunes (2001, p. 78) é impossível estimular e desenvolver nos alunos competências sem uma mudança expressiva na atuação do docente. Agora, cabe ao professor uma educação permanente, logo, uma apropriação de muitas competências a serem usadas, enriquecidas por estudos, pesquisas, leituras, debates, por cursos que assiste, contudo, “a mais inefável e imprescindível competência é a do próprio professor em administrar sua formação continuada, com enriquecimento diário”.

Ao elaborar um planejamento, alguns professores usam a vivência do aluno. Para Vygotsky (1988), aprendizado e desenvolvimento estão inter-relacionados desde o primeiro dia de vida. As crianças aprendem muito antes de frequentarem a escola. Todas as situações de aprendizado que são interpretadas pelas crianças na escola já têm uma história prévia, isto é, a criança já se deparou com algo relacionado do qual pode tirar experiências.

Segundo Rego (2004, p.108)

A escola desempenhará bem seu papel, na medida em que, partindo daquilo que a criança já sabe (o conhecimento que ela traz de seu cotidiano, suas idéias a respeito dos objetos, fatos e fenômenos, sua “teorias” acerca do que observa no mundo), ela for capaz de ampliar e desafiar a construção de novos conhecimentos, na linguagem vygotskiana, incidir na zona de desenvolvimento potencial dos educandos. Desta forma poderá estimular processos internos que acabarão por se efetivar, passando a constituir a base que possibilitará novas aprendizagens. (REGO, 2004, p. 108).

Reforça a ideia que atualmente o professor deve usar o conhecimento prévio da criança levando em conta o desenvolvimento real com o desenvolvimento potencial que é o que deseja introduzir, produzindo assim a teoria da zona proximal que é o processo interno da aquisição do conhecimento.

Ao pensar nas práticas de ensino deve-se ter em mente a teoria de Piaget sobre os estágios do desenvolvimento humano de como ocorre o desenvolvimento cognitivo da criança. A importância de motivar, gerando uma desacomodação que leva a assimilação do novo, gerando a construção do conhecimento. Para Piaget, o desenvolvimento cognitivo da criança é através do envolvimento com o seu ambiente e Vygotsky, vê como um processo da criança e o meio ambiente, pois o mesmo gera um desenvolvimento cognitivo.

Para Papalia, Olds & Feldman (2006, p. 82), a Teoria Sociocultural de Vygotsky:

[...] como a teoria piagetiana de desenvolvimento cognitivo, enfatiza o envolvimento ativo das crianças com seu ambiente. Mas, enquanto Piaget descrevia uma mente desacompanhada absorvendo e interpretando informações sobre o mundo, Vygotsky via o crescimento cognitivo como um processo cooperativo.

Cabe ao professor elaborar práticas que estimulem a criança descobrir e construir o seu conhecimento, sendo um mediador nesse processo de aprendizagem. Ter um planejamento adequado significa que o mesmo deve conhecer as características de sua faixa etária, os interesses de sua clientela e as potencialidades e limitações individuais dos mesmos.

Segundo Freire (1996, p. 53), é fundamental ao educador:

[...] saber ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. Quando entro em uma sala de aula devo estar sendo um ser aberto a indagações, à curiosidade, às perguntas dos alunos, a suas inibições; um ser crítico e inquiridor, inquieto em face da tarefa que tenho - a de ensinar e não a de transferir conhecimento.

O professor que atua na educação infantil sabe que faz parte de seu planejamento, criar ambientes propícios e motivadores onde possa desenvolver habilidades e competências em suas crianças.

Sendo o ambiente um gerador de experiências favoráveis para o desenvolvimento social, cultural, afetivo e cognitivo da mesma.

O primeiro passo da educação é prover a criança de um meio que lhe permita desenvolver as funções que lhes foram designadas pela natureza. Isso não significa que devemos contentá-la e deixá-la fazer tudo o que lhe agrada, mas nos dispor a colaborar com a ordem da natureza, com uma de suas leis, que quer que esse desenvolvimento se efetue por experiências próprias da criança. (MONTESSORI, 1972 apud RÖHRS, 2010, p. 29).

Um ambiente adequado ajudará no desenvolvimento integral da criança. Montessori, através de suas pesquisas e estudos exemplificava como deveria ser para o mesmo ajudar na integração e sociabilização da criança com o meio e o grupo em que está inserida.

“[...] deve ser um local espaçoso, silencioso e em contato com a natureza (árvores, flores,

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