A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DO EJA: UM ESTUDO DE CASO REALIZADO NO MUNICÍPIO DE ALTOS

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3.4.1 Questionário..................................................................................................................

3.4.2 Entrevista

3.5 Procedimento de análise dos dados

4 SISTEMATIZAÇÃO E ANALISES DOS DADOS PRODUZIDOS NA PESQUISA

CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS

APÊNDICES

ANEXOS

1 INTRODUÇÃO

Uma das tarefas mais importantes para garantir o sucesso de qualquer prática pedagógica é refletir e planejar suas atividades diárias. O trabalho do professor deve ser dinâmico e atrativo para esses jovens e adultos que buscam no contexto escolar a inserção de uma sociedade igualitária e justa.

A prática pedagógica do professor é imprescindível durante o processo de ensino aprendizagem e, por isso, muito contribui na aprendizagem dos alunos da educação de Jovens e Adultos – EJA, principalmente em salas multisseriadas. Uma prática que vem sendo discutida há muitos anos com intuito de melhorar a qualidade do ensino desses alunos, o que nos levou a conhecer de forma mais proximal essa prática nas classes multisseriadas da EJA.

Tendo em vista essa peculiaridade julga-se necessário desenvolver este trabalho de pesquisa que tem como tema: A prática pedagógica do professor do EJA: Um estudo de caso realizado no município de Altos. Considerando que as práticas pedagógicas funcionam como elo principal da aprendizagem procurou-se conhecer o trabalho dos professores que atuam nessa etapa, suas concepções em relação à Educação de Jovens e Adultos e as principais dificuldades relacionadas ao exercício da prática. Deste modo surgiu à problemática: Investigar como ocorre a prática pedagógica do professor do EJA, na escola: Unidade Escolar Cézar Augusto Leal Pinheiro, localizado na Avenida João de Paiva – Centro, Altos – PI. A partir desse podemos inferir que existem evidencias que permeiam as dificuldades encontradas pelos professores durante o processo de ensino aprendizagem dos alunos dessa modalidade de ensino.

Com o intuito de conhecer melhor essa realidade, firmou-se como objetivo geral desta pesquisa: analisar como a prática pedagógica do professor do EJA vem sendo desenvolvida em sala de aula multisseriado. Os objetivos específicos foram: Identificar as práticas pedagógicas adotadas pela Escola; Descrever as estratégias de ensino usado pelos professores em sala de aula multisseriada; analisar como ocorrem o processo de ensino-aprendizagem dos alunos da educação de Jovens e Adultos – EJA em sala de aula multisseriado; observar a prática pedagógica no contexto da relação entre professor aluno durante o processo de ensino aprendizagem. A relevância da pesquisa encontra-se no fato de que se torna necessário um olhar para as práticas desenvolvidas na educação de jovens e adultos.

No desenvolvimento metodológico da pesquisa o enfoque adotado foi o qualitativo, com delineamento como estudo de campo, o qual possibilita a análise do objeto de estudo considerando que o pesquisador se insere diretamente no contexto de investigação, assim, interagindo com os interlocutores e com o objeto de estudo.

O método observacional foi utilizado para capturar a prática de ensino dos professores em sua sala de aula multisseriada. Segundo Teixeira (2007) é fundamental que se reduza a distância a teoria e dados; e contexto e a ação. Sendo esses essenciais durante a investigação de dados. A coleta de dados foi feita através de observação simples, onde o pesquisador observa de maneira espontânea os fatos que aí ocorrem. Os Professores também responderam uma entrevista com questões pautadas para a prática do mesmo nesse ambiente escolar. Os alunos responderam um questionário.

2 O contexto histórico do professor da EJA e a contribuição de sua prática pedagógica ao longo dos anos.

Durante toda a história do Brasil, desde a colonização, constata-se a urgência de políticas educacionais voltadas para jovens e adultos, focadas e restritas principalmente aos processos de alfabetização e formação de professores. No período jesuítico a prática pedagógica era exercida por pessoas que dominavam algumas palavras e este já se fazia professor nas primeiras escolas. Essa prática era exercida em grande parte por pessoas leigas, onde sua principal tarefa era ensinar a decifração do código escrito é, portanto, a função da escola se restringia a esse aspecto. Por volta dos anos 60, a percepção do aluno jovem e adulto como sujeito de sua aprendizagem.

Dessa forma, a educação deve ter o compromisso de buscar o aperfeiçoamento de uma sociedade mais solidaria e com isso dar resposta a esse procedimento de alta velocidade. Com tudo no Brasil, a democratização de oportunidades educacionais e culturais é, ainda hoje, um desafio. Os métodos de ensino, aplicados ao sistema. Ao longo da história do Brasil, desde a colonização portuguesa, constata-se a emergência de políticas voltadas para a educação de jovens e adultos focados e restritos, sobretudo sobre aos processos de alfabetização, de modo prática pública de acesso e continuidade à escolarização básica.

No final do século XIX e início do século XX, num contexto de emergente desenvolvimento urbano industrial e sob forte influência da cultura europeia, foram aprovados projetos de leis que enfatizam a obrigatoriedade da educação de jovens e adultos. Durante quase quatro séculos, nota-se o domínio da cultura branca, cristã, masculina sob a cultura dos indígenas, negros, mulheres constatando-se uma educação discriminatória e seletiva. “Essa realidade pode ser detectada pelos dados do Censo Nacional de 1980, que verificou a existência de 85,21 % de “iletrados” no contingente total brasileiro” (PAIVA, 1993). Nesse período buscava-se aumentar o contingente eleitoral e suprir os interesses das elites. A escolarização passou a se tornar critério de ascensão social defendida pela Lei Saraiva de 1882, incorporada depois à Constituição Federal de 1891, que proibia o voto ao analfabeto, estando aptas a votarem somente aquelas que sabiam ler e escrever.

A partir dessas experiências de educação e cultura popular, passou-se a indagar a ordem capitalista e a fomentar a articulação das organizações e movimentos sociais em torno das Reformas de Bases, conduzidas pelo governo João Goulart.

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