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A Monografia

Por:   •  23/10/2018  •  2.647 Palavras (11 Páginas)  •  284 Visualizações

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2.2. Interpretando as ações através da afetividade na educação infantil, primeiro passo para a formação da consciência crítica

A afetividade não está ligada apenas ao princípio da vida do ser humano, mas durante todo o desenvolvimento. Quando inicia sua vida estudantil, o desenvolvimento depende da relação criança- meio escolar referente a essa relação o aprendizado poderá ser desenvolvido ou inibido. E do mesmo modo o professor através da observação às ações da criança saberá como esta o seu relacionamento familiar, por exemplo, uma criança que age de maneira hostil não esta agindo desta forma intencionalmente, mas esta reagindo ao meio em que esta situada.

Atualmente aos quatro anos de idade a criança possui o direito de estar matriculada em uma escola de educação infantil, e com base na LDB 9394/96, e algumas pesquisas consultadas sobre o assunto, é possível afirmar que a Educação Infantil tem como objetivo contribuir para a formação global e harmônica da criança, de maneira afetiva e lúdica, pois a inserção da Educação Infantil na educação básica, como sua primeira etapa e o reconhecimento de que a educação começa nos primeiros anos de vida é essencial para o cumprimento de sua finalidade, afirmada também pelo art. 22, ainda da LDB que diz: “A Educação Básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e nos estudos posteriores.”

Com isso a escola de educação infantil exerce um papel muito importante na formação da identidade infantil, pois quando falamos em educar não nos referimos apenas ao ato de ler e escrever, mas também a relações éticas e morais, formação de hábitos, atitudes, e valores que constituem a base da personalidade que devem estar fundamentadas na afetividade. Assim quando há o encontro com outra criança da mesma idade a influencia exercida sob a criança deixa de ser exclusiva da família, cabendo ao professor mediar esse encontro sócio-afetivo sendo o ambiente escolar saudável para as crianças, fazendo, por exemplo, ao invés de carteiras perfiladas o uso de grupos ou até mesmo grandes círculos para melhor interação entre os alunos, valorizando a resposta da criança mesmo que ela esteja errada, e procurar um meio de entendê-la e de forma delicada mostrar a resposta mais adequada, pois quanto mais o professor conhece seu aluno melhor será seu desenvolvimento escolar,por isso nesse momento é importante que ele procure teorias que o auxiliem para evitar a criação de rótulos para seus alunos; eles precisam explorar a sala, descobrir que são capazes de fazer sozinhos, e a cada conquista maior será a vontade de saber mais e maior o êxito do professor. Exemplo disso é o filme: “Como estrelas na terra” que retrata a história de uma criança que sofre de dislexia que está a repetir o terceiro ano e corre o risco de repetir de novo, por não conseguir decifrar as letras não acompanha as aulas, o pai com rigor e falta de sensibilidade acredita que seja falta de disciplina e o coloca em um internato, o que o faz desanimar ainda mais dos estudos e de ser criança, fazendo com que ele entre em depressão. Até que um professor de artes percebe que ele possui dislexia, e então inicia uma conquista sob o garoto por meio da arte fazendo que ele expresse suas ambições e aprenda a controlar-se com intuito de dominar a leitura. Esse filme é muito interessante e mostra que algumas vezes é preciso um olhar atento sob o comportamento de nossas crianças pois pequenos atos como não querer brincar, comportamento agressivo, dificuldade em concentrar-se são maneiras que o corpo tenta mostrar o que se esconde na mente infantil, pois a criança reflete o ambiente que ela vive, assim pais e professores precisam estar em sintonia para que o desenvolvimento do educando seja de forma integral promovendo o desenvolvimento da consciência crítica para formação de um adulto ativo na sociedade.

Algumas vezes não temos a paciência necessária com nossos alunos e deixamos de olhar o mundo pelo olhar deles,quando na verdade é preciso estudar seus comportamentos, e procurar entender suas ações deixando de rotular como o que não aprende ou o que agita a aula. O professor deve buscar ver primeiro o aluno e depois suas dificuldades avaliando os aspectos positivos que ele possui e não apenas os negativos, pois o aluno é muito mais o que aparenta ser na escola, pois ele freqüenta outros ambientes e é interessante saber como ele é fora da escola assim saberemos se o problema está na escola ou fora dela cabendo ao professor estar aberto a mudanças que forem necessárias em sua metodologia educacional, assim como a conversa com os pais que deve ser discreta e cuidadosa falando de maneira discreta sem julgá-los nem culpá-los pelos problemas apresentados pelo aluno, deixando claro interesse em envolvê-los no processo de aprendizagem e desenvolvimento de seus filhos.

Quando conhecemos o aluno fica mais fácil aproximar-se dele e oferecer situações que ele gosta apara que possa se expressar de modo que o professor e familiares possam ajudar a superar talvez medos, mágoas ou dificuldades que possam estar interferindo em seu desenvolvimento global.

2.3 Participação da família, peça fundamental para o trabalho docente

Na mente de muitas pessoas está a idéia de que onde se adquire educação é na escola. Mas com toda certeza afirmo que a educação cabe primeiramente à família cabendo à escola agir de forma secundaria. Na atualidade os pais não dedicam em sua maioria tempo para seus filhos, não contam histórias nem brincam com eles, vivem em função de trabalhar para dar o mundo aos filhos, quando deveriam dar um pouco de si, colaborando para a construção da auto-estima de seus filhos e da formação de uma personalidade sólida.

As crianças registram a imagem dos pais e demais adultos que a cercam a todo o momento em seus aspectos positivos e negativos e tudo que é registrado não pode mais ser apagado apenas reescrito, assim do mesmo modo que os pais, os professores devem ser cautelosos no modo de agir com seus educandos. Muitas vezes chamamos a atenção das crianças pela ação inadequada e poucas vezes ensinamos a pensar. Algumas vezes repetimos tantas vezes a mesma bronca que as crianças já sabem ate o que vamos falar, armando logo uma defesa para o que está sendo feito, dessa forma erros repetidos merecem novas atitudes, dizer “não” é uma delas. Na antiguidade os pais e professores eram autoritários, atualmente é o contrário, as crianças querem mandar nos pais e algumas vezes eles quem mandam em casa,

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