A INCLUSÃO DA CRIANÇA COM AUTISMO NA VIDA ESCOLAR
Por: eduardamaia17 • 5/9/2018 • 1.394 Palavras (6 Páginas) • 359 Visualizações
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No autismo, por outro lado, parece que vemos a “imagem negativa” da interação social, como um negativo de um filme (HOBSON, 1993, p. 21). É certamente uma das síndromes mais desconcertantes e desafiadoras da atualidade. Sendo que os déficits apresentados na interação social e na comunicação são suas principais características.
A escolha do referido tema deve-se a vontade de descobrir como é realizada a inclusão da criança autista na vida escolar bem como os desafios que enfrentam desde a relação com as outras crianças até àsformas de aprendizado. Como as escolas de ensino regular se preparam para atender essas crianças também está no foco da pesquisa. Portanto o tema abordado visará descobrir quais são esses principais obstáculos enfrentados tanto pelas crianças autistas quanto pelos profissionais da escola ao recebê-los.
- REFERENCIAL TEÓRICO
Para Marcelli (2009), o tema inclusão escolar de alunos com necessidades especiais, mais precisamente com portadores de autismo, tem chamado a atenção de muitos pesquisadores na área da educação e da psicologia nos últimos tempos.
A inclusão nos contextos educacionais requer uma intervenção psicopedagógica que enfatize a mediação semiótica na relação com o educando com deficiência (VYGOTSKI, 1997).
Em contrapartida, Bosa (2002) diz que o isolamento das crianças com autismo pode ser decorrente apenas de uma incompreensão do que está sendo solicitado. Em muitos casos, isolar-se é um recurso para não interagir, que desencadeia rupturas em suas possibilidades de interação social e essa barreira comunicacional prejudica as interações sociais bem como as práticas pedagógicas e as relações familiares, e estão presentes em todos os contextos nos quais a criança está inserida.
O termo autismo foi implantado por Bleurer (1960) e está ligado à sintomatologia abrangente que ele havia estabelecido para unificar através da esquizofrenia, o campo das psicoses. Nesse contexto, o autismo era chamado de dissociação psíquica se referindo ao predomínio da emoção sobre a percepção da realidade. Por conseguinte, Transtorno Autista é uma categoria denominada Transtornos de Neurodesenvolvimento, e recebe o nome de Transtornos do Espectro Autista (TEA). Assim, o TEA é definido como um distúrbio do desenvolvimento neurológico, que deve estar presente desde a infância, apresentando déficits nas dimensões sócios comunicativos e comportamentais (APA, 2013).
Os estudos de Fonseca (1995) reforçam que a criança autista apresenta uma desintegração de sua imagem corporal, uma motricidade alterada, um prejuízo da sensibilidade que implica a disfunção da substância reticulada, ocasionando hipo ou hiperatividade, dificuldades de espaço, tempo e simbolização, daí a necessidade dos exercícios psicomotores para a formação e/ou melhora da consciência corporal e consequente alívio dos sintomas.
No que se refere à inclusão da criança autista no ensino regular, Cutler (2000) destaca que é possível encontrar diferenças de posicionamentos entre escolas particulares e públicas sobre a inserção dos autistas. Ele apresenta critérios para uma flexibilização das escolas e a operacionalização da inclusão dos mesmos.
Para Lobo (1997) o crescimento da rede pública do ensino regular, ainda que tenha sido insuficiente para absorver toda a população infantil, apenas acelerou o
processo de seleção das crianças, pois o objetivo não foi incluir os inadaptados em outros espaços, mas a exclusão definitiva dos mesmos do espaço escolar.
A escola deve conhecer as características da criança e prover as acomodações físicas e curriculares necessárias bem como: treinar os profissionais continuamente; buscar consultores para avaliar precisamente as crianças; preparar programas para atender a diferentes perfis visto que os autistas podem possuir diferentes estilos e potencialidades; ter professores cientes que a avaliação da aprendizagem deve ser adaptada, prover todo o suporte físico e acadêmico para garantir a aprendizagem dos alunos incluídos; tais como atividades físicas regularmente, pois são indispensáveis para o trabalho motor.
A inclusão não pode ser feita sem a presença de um facilitador e a tutoria deve ser individual, ou seja, um tutor por aluno. É importante salientar que a inclusão não elimina os apoios terapêuticos, portanto é necessário desenvolver um programa de educação paralelo à inclusão e nas classes inclusivas o aluno deve participar das atividades que ele tenha chance de sucesso, especialmente das atividades socializadoras e a escola deverá demonstrar sensibilidade às necessidades do indivíduo e habilidade para planejar com a família o que deve ser feito ou continuado em casa.
- METODOLOGIA
A metodologia a ser utilizada neste estudo pode ser classificada como exploratória, de caráter bibliográfico onde serão abordados autores que discorrem sobre a inclusão da criança autista no ensino regular, bem como MARCELLI, D. (2009), VYGOTSKI, L. S. (1997), BOSA, C. (2002), utilizar-se-á também materiais retirados de outras fontes como artigos e dissertações encontrados na internet para complementação do referencial teórico. Por se tratar de uma pesquisa qualitativa procuraremos no discorrer do contexto apresentar a relação entre o mundo real e o sujeito da pesquisa, através de métodos indutivos e ainda para melhor desempenho do trabalho utilizamos como técnicas de coleta de dados, observações durante o estágio além de pesquisas documentais e bibliográficas. Para Ludke e André (1986, p.38) “a análise documental pode se constituir numa técnica valiosa de abordagem de dados qualitativos, seja complementando as informações obtidas por outras técnicas, seja desvelando aspectos novos de um tema ou problema”.
São considerados documentos: regulamentos, normas, pareceres, cartas, memorandos, diários pessoais, autobiografias, jornais, revistas, discursos, roteiros de programas de rádio e televisão, estatísticas, arquivos escolares.
Para fins conclusivos, serão articulados os resultados obtidos por esta pesquisa, a inclusão da criança com autismo na vida escolar, onde também será apontada a relevância da preparação da escola para atender tais alunos.
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