A EDUCAÇÃO DIGITAL
Por: kamys17 • 23/8/2018 • 6.476 Palavras (26 Páginas) • 313 Visualizações
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NOVAS TECNOLOGIAS EM EDUCAÇÃO:
MODISMO OU MUNDAÇA?
Hoje em dia já não nos vemos sem a presença da tecnologia, estamos cercados por ela. O homem busca incessantemente a velocidade, a modernidade em aparelhos do momento, com a capacidade de maior armazenamento e praticidade. Com a tecnologia temos o mundo em nossas mãos, usamos para nos atualizarmos e nos comunicarmos com outras pessoas. A tecnologia trás novos meios de manipulação, que podem ser vistos tanto para libertação e emancipação do ser humano, quanto para sua dominação. Para Linard: “fazem-se máquinas a serviço do homem e põem-se os homens a serviço das máquinas. E, finalmente, vê-se muito bem como o homem é manipulado pela máquina e para a máquina, que manipula as coisas a fim de libertá-lo” (Linard, 1990: 109). Isso cabe a nós decidirmos usar a tecnologia para libertação ou para a manipulação humana.
AMBIENTES DO CONHECIMENTO
Queremos que o homem use o computador como meio de se tornar cada vez mais autônomo, e que se tenha um senso crítico, e a tecnologia assuma seu papel de solucionar problemas. Conforme Almeida (1996: 22) “relação de interação – relação dinâmica entre ação e operação mental que suscita o pensamento, sem no entanto determiná-lo”
Acabar com o espaço escolar não é a opção, e sim integrar as duas coisas. A tecnologia vem para somar com esse ambiente social de interação.
Juntos poderão se desenvolver melhor em diversas áreas. Não é possível saber ainda o tamanho da revolução que está acontecendo. As tecnologias nos permitem pensar de diversas formas e principalmente sobre o ensinar e o aprender.
REVOLUÇÃO E TRANSFORMAÇÃO
Não temos consciência das mudanças que estão sendo provocadas, então quais serão as mudanças no meio educacional? Para Michael Crichton: “todas as grandes mudanças são como a morte. Você não pode ver o outro lado enquanto não estiver lá” (Siboldi & Salvo, 1998: 15).
Não somos capazes de parar essa evolução da tecnologia, mas vemos como novo meio de ensinar, e a provável alteração das normas e os novos relacionamentos.
ERRAR, COMPREENDER E SUPERAR
As tecnologias para as escolas vieram com o intuito de ajudar no processo de ensino-aprendizagem. E como a tecnologia está presente na vida de muitas pessoas hoje em dia, se torna indispensável o uso desta ferramenta no trabalho pedagógico. No entanto, para uma adequada prática pedagógica é preciso saber como utiliza – lá. Assim sendo, essa ferramenta torna-se favorável para a compreensão e superação das dificuldades de aprendizagem dos alunos, fazendo com que os educadores questionem a sua prática e o sistema educacional.
A tecnologia trouxe muitas mudanças no ambiente educacional e não deve ser vista como um apoio pedagógico e sim uma nova pratica de ensino que faz com que os educadores questionem a sua prática e o sistema educacional.
O professor excede o papel de transmissor do conhecimento e atua como auxiliador na construção do conhecimento junto com o aluno a partir de sua realidade.
TECNOLOGIA E REFLEXÃO
Professor e aluno caminham juntos na busca do saber e da aprendizagem, buscando informações em diferentes fontes ou encontrando por si próprio a resposta para sua questão.
Para uma pratica pedagógica significativa através do meio tecnológico é preciso que o professor tenha uma formação para que seja capacitado para dominar os recursos tecnológicos, elaborar atividades adequadas, considerando os embasamentos dessa prática e as conseqüências produzidas nos alunos. Essa formação do professor deve ser uma formação continua e quanto maior essa busca por aprendizado mais contextualizada será a pratica de ensino e a possibilidade de sucesso da integração do computador na prática pedagógica, segundo uma perspectiva de mudança do método educativo.
UM POUCO DA HISTÓRIA DA TECNOLOGIA NO BRASIL.
A tecnologia é tão velha quanto a história da humanidade, escreve Mendes (2013). Ela começou a aparecer na pré-história quando os primatas descobriram o fogo, desde então a tecnologia veio evoluindo e se adaptando em meio as necessidades humanas.
A Tecnologia Educacional (TE) só começou a ser utilizada por volta dos anos 60 com uma discussão mais sistematizada sobre esse assunto e daí surgiu o tecnicismo. A partir dos anos 70 a tecnologia foi redirecionada para o estudo com duas versões: restrita e ampla.
No início da introdução dos recursos tecnológicos na área educacional chegou a imaginar que poderiam solucionar os problemas educacionais chagando a substituir os professores.
Ao decorrer do tempo, houve a possibilidade de usar esses instrumentos para sistematizar o processo e a organização educacional e uma reestruturação do papel do professor.
Já nos anos 80 a Tecnologia Educacional começou a ser utilizada por exigência da política e democracia. A TE abordou uma ampla evolução fundamentada na filosofia centrada no desenvolvimento integral do homem, num esforço permanente de renovação da educação. Em 1984 surgiu através de seminários o projeto EDUCOM.
De acordo com os resultados do projeto EDUCOM, em 1986 o MEC criou o Programa de Ação imediata em informática na Educação de 1° e 2° grau, com o intuito de capacitar professores (projeto FORMAR) e começou a implantar infraestruturas de suporte nas secretarias estaduais de educação, escolas técnicas federais e universidades. Depende de cada secretaria de educação e cada instituição definirem pedagogicamente suas propostas.
Foram implantados 17 CIEDs em vários estados da Federação isso ocorreu por volta de 1988 e 1989, onde os grupos interdisciplinares de educadores, técnicos e especialistas usaram programas computacionais ou aplicações informática educativa.
Em 1988 a OEA (Organização dos Estados Americanos), convidou o MEC para avaliar o projeto de informática aplicada à Educação Básica do México. Com isso, o MEC e a OEA formularam um projeto multinacional de cooperação técnica e financeira, composto por oito países americanos que foi entre 1990 e 1995.
A base teórica sobre informática educativa no Brasil existente em 1989 possibilitou ao MEC instituir através da Portaria Ministerial n. 549/89, o Programa Nacional de Informática na Educação
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