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Os Professores e os Recursos Tecnológicos – Uma Dinamização Necessária.

Por:   •  30/12/2017  •  4.623 Palavras (19 Páginas)  •  369 Visualizações

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O fato de as mudanças na Educação não ocorrerem com a mesma velocidade quanto na tecnologia gera um distanciamento entre a forma em que está se desenvolvendo, como está sendo registrado e armazenado a manipulação da informação processada pelos meios tecnológicos. Diante da dificuldade apresentada na realidade das rotinas educacionais, realizo neste trabalho de conclusão de curso reflexões baseadas nos estudos de vários especialistas em Tecnologias em Educação, pensadores contemporâneos e escritores atuais como: Baumam (1999), Freinet (1996), Gomes (2006), Kramer (2002), Paro (2001), Perrenoud (2002), Valente (1998), além de contribuições valiosas de Freire e Guimarães (1984), eco (1970) e outros autores reconhecidos.

Este estudo pretende analisar a questão do planejamento de formação dos professores para o uso das mídias na escola. Possui também como objetivo geral apontar como os docentes tem utilizado as tecnologias disponíveis da instituição para desenvolvimento de suas atividades escolares.

Guiaremos tal estudo partindo de algumas questões levantadas: Como a escola tem incentivado o uso de recursos tecnológicos para facilitação o processo de ensino-aprendizagem? Qual a postura do professor ao lidar com esses recursos[a]?

A realização deste trabalho visa analisar o relato de experiências com professores com a utilização dos recursos tecnológicos existentes na instituição durante as atividades de sala de aula. Para proceder no estudo, recorremos à pesquisa qualitativa, mediada pela busca de referencial bibliográfico e com o uso de entrevista e questionário para a coleta de dados.

- REFLETINDO SOBRE O PAPEL DA ESCOLA DIANTE DA RELAÇÃO PROFESSOR, ALUNOS, E APRENDIZAGEM ATUAL.

De acordo com Moram (2009, p. 101), a “educação escolar precisa de uma forte sacudida, de arejamento, de um choque, a educação de milhões de pessoas, em todos os níveis, não pode ser mantida na prisão, na asfixia, e na monotonia em que se encontra.”. Essa deve ser a motivação que nos impulsione a buscar formas para melhorar e atualizar os instrumentos usados na escola, trazendo para a sala de aula instrumentos multimidiáticos que incentive a interação professor-aluno-aprendizagem.

A educação é um processo dinâmico e deve acompanhar a evolução dos tempos modernos, sob pena de, em um curto espaço de tempo, tornar-se obsoleta e deixar de cumprir o seu papel essencial que é formar cidadão e contribuir no desenvolvimento do país e na sociedade. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (2006) sugerem que a escola deve atuar para que as crianças possam desenvolver diversificadas habilidades. Nesse processo, cabe ao professor compartilhar saberes diferenciado.

A relação professor–aluno é determinada em um contexto no qual ambos interagem, sendo o professor o mediador do processo educativo. (PCNs, p. 122). Essa integração é um exercício diretamente ligado à prática pedagógica que tem como sustentação a lei de diretrizes e bases da educação nacional nº9394/96.

Através desta prática é possível perceber no desenvolvimento da rotina escolar, a análise da postura do educando, educador e /ou família, a integração da proposta pedagógica aos objetivos dos alunos, bem como as situações de ensino e aprendizagem valorizadas pela função social da escola, evidenciados nos espaços de discussão e integração epistemológica da formação para o exercício da cidadania. (COSTA, 1997 apud CARRARA, 2003, p. 15).

O aluno deve ser visto pelo professor como um ser individual que ao ser inserido em um grupo cria sua identidade social. Tornando o grupo indispensável para a criança compreender sua autonomia e a percepção de si mesma. (GROSSI; BORDINI, 1993, p. 138). Nesse contexto a prática pedagógica e a interação professor-aluno contribui de modo específico para a democratização da sociedade. Sendo necessário dialogar e ouvir as sugestões de todos os atores envolvidos para dinamização do espaço escolar. (SAVIANI, 2000, p. 26; MACEDO, 2005, p. 26)

Com o passar do tempo, muitos educadores tem refletido sobre o papel da escola no processo de inclusão das tecnologias da comunicação e informação. Os autores Freire e Guimarães (1984, p.83) já alertavam sobre a necessidade de desvendar-se a serviço de quem estaria o interesse. Para eles, deveria ser questionado o que haveria por trás dessa necessidade de inclusão, e não distanciar-se do fato de que “é uma experiência de classe, indiscutivelmente”.

- Dinamização da Prática Educacional utilizando os Recursos Tecnológicos

Segundo Vigotsky (1993), a escola tem que promover a construção de conhecimentos, de forma dinâmica, voltada para as áreas de interesse que estimulem os avanços, de forma que ele se modele e adéque-se às possibilidades reais e potenciais das crianças.

De acordo com Moran (2009), ensinar com as novas tecnologias é uma revolução, que deve acontecer de forma simultânea, onde a escola além de fornecer os recursos, deve se preocupar com a formação do educador para romper os paradigmas convencionais do ensino.

Implementar as atividades de rotina, inserindo os projetos educacionais voltados para a inclusão dos recursos tecnológicos voltados para a educação existentes na escola, como mídias, conteúdos gravados em CDs, DVDs, TVs, programas de rádio e produções culturais elaboradas pela própria Secretarias de Educação, passa a ser a questão de ordem do dia. Os Laboratórios de Informática e projetos que envolvem softwer, criando um ambiente para pesquisa na internet e os Projetos de Matemática e Português em Foco que é desenvolvido no Governo do Distrito Federal, passam a ter um foco privilegiado no planejamento dos educadores. Além desses, existem os Programas do Governo Federal através da parceria do MEC ( Programa Mais Educação e o e-Proinfo), bem como aqueles que eventualmente estão disponíveis durante uma atividade.

As novas tecnologias, ou tecnologias digitais, aumentaram de forma grandiosa a possibilidade de acesso à informação e aos meios de comunicação, daí a necessidade de aproximação dos objetivos educacionais terem inseridos no seu íntimo a melhoria do fluxo de informações e formação dos educadores nessa área tão inovadora e tão presente nos dias atuais.

Desse modo, a escola atinge grande responsabilidade na democratização do acesso aos recursos tecnológicos, uma vez que sua maior clientela é oriunda de camadas sociais mais carentes, pobres, integrantes de minorias. Diante das divisões do poder aquisitivo, teria no espaço educativo, a oportunidade

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