Resenha A Trajetória do Herói
Por: Hugo.bassi • 19/4/2018 • 1.591 Palavras (7 Páginas) • 451 Visualizações
...
2. Doze passos do herói:
2.1. Odisseu
1) Mundo comum – O ambiente em que o personagem ou herói conhece bem, a zona de conforto. É a vida cotidiana e suas atividades: a casa, o trabalho, a escola, a academia. No caso de Odisseu é sua casa/reino em Ítaca.
2) O chamado da aventura – É quando o herói dá conta de que as coisas à sua volta vão mudar. É o mesmo que um profissional que se vê obrigado a sair da mesmice. Em Odisseia o herói se dá conta que as coisas vão mudar quando é chamado para ir à guerra de Tróia, não tendo outra escapatória.
3) Recusa do chamado – Inicialmente o personagem recusa ou demora a aceitar o desafio ou aventura. Geralmente, porque tem medo. Logo, porém, vem uma motivação desconhecida. No início Odisseu recusa, pois, teria que deixa sua família e seu reino, mas acaba aceitando a jornada.
4) Palavra do mentor – O herói encontra o mentor, que o convence a aceitar o chamado e passa a ser o responsável pelo desenvolvimento de suas habilidades. Odisseu aceita o chamado quando a Deusa Atena diz que esse é seu destino.
5) Travessia do limiar – É o ponto no qual o herói deixa os limites conhecidos de seu mundo e se aventura em um ambiente novo, desconhecido e perigoso. Em Odisseia é quando Ulisses aceita participar da guerra de Tróia, que é o desconhecido pois são em outras terras.
6) Aliados e inimigos –Entrando no novo mundo, o herói enfrenta testes, encontra aliados e enfrenta inimigos. Assim, ele aprende as regras desse ambiente. Odisseu ao chegar em Tróia enfrenta seus primeiros inimigos, os troianos, mas depois quando a guerra acaba, ele enfrenta novos inimigos como o Deus Poseidon, que dificulta sua ida para Ítaca.
7) Fronteira de perigo – O herói tem êxito nas provações e segue a jornada. Ele chega, então, a outra fronteira: um lugar mais perigoso, onde está o objeto de sua busca. Odisseu tem êxito na guerra de Tróia, mas sua jornada não acaba neste momento, começando uma nova etapa dessa jornada que é, a volta para Ítaca, onde enfrenta muitas dificuldades e provações.
8) Provação difícil – A maior situação de crise da aventura. É o momento de maior tensão, que pode pôr tudo a perder ou definir o êxito da jornada do herói. É quando Odisseu perde toda a sua tripulação e pensa em morrer, pois não vale mais a pena essa jornada.
9) Recompensa ou elixir – É quando o herói enfrentou seu maior desafio, se sobrepôs ao seu medo e obtém uma recompensa (que pode ser metafórica): o elixir. É hora de regressar. No caso de Odisseu é quando ele entra no mundo dos mortos e consegue voltar, sendo que nesse mundo ele obtém o caminho para voltar da Ítaca.
10) O caminho de volta – É o caminho de volta é onde começa o terceiro ato da trajetória. O herói ainda está no mundo novo e corre perigo. Os inimigos estão de olho. É quando Odisseu está no mar, que pertence a Poseidon, seu inimigo, mas mesmo assim consegue voltar para Ítaca.
11) Ressurreição do herói – Outro teste no qual o herói enfrenta a morte e deve usar tudo que foi aprendido. Essa etapa é uma espécie de exame final, a última provação. É quando Odisseu fica preso na ilha da feiticeira Circe, mas consegue ir embora.
12) Regresso com o elixir – É quando o herói volta para o ambiente original. Metáfora para o líder que aprendeu algo novo e agora tem a chance de dividir o conhecimento que detém. É quando Odisseu finalmente consegue voltar para Ítaca, depois de muitos anos longe de casa e também depois de muitos desafios divinos, que o faziam se perder no caminho.
2.2. Telémaco:
3. Penélope mulher ideal:
Penélope, esposa de Odisseu e mãe de Telêmaco. Retratada como dona de uma beleza que jamais supera seu caráter, sua conduta.
A história nos conta sobre Penélope sendo deixada por Odisseu, para que o mesmo pudesse ir para a famosa Guerra de Tróia, e, enquanto o marido guerreia em terras desconhecidas –assim como era o seu futuro- Penélope permanece em casa, cuidando do filho e tentando livrar-se dos pretendentes que surgem por todos os lados. Penélope é perdidamente apaixonada pelo marido e a esperança de que ele volte nunca morreu mesmo depois de tantos anos, sendo assim, ela recusa todos os pedidos, ainda que seu pai insista muito, e para ganhar tempo ela diz que vai sim, escolher um pretendente, mas com uma condição: ela terminaria de tecer um sudário para Laerte, pai de Odisseu.
Durante o dia, aos olhos de todos, Penélope tecia o sudário, mas à noite, quando ninguém podia ver, desmanchava todo o trabalho, ganhando assim, mais tempo; até que suas servas descobrem e contam a verdade, então Penélope mais uma vez, muito esperta, diz que se casará com aquele que conseguir encodar o arco de Odisseu, pois sabia o quão duro era.
Durante o breve resumo, temos que Penélope é o arquétipo de mulher ideal de sua época. Além de ser uma esposa dedicada, é muito amável; trata todos com bondade e simpatia, mesmo que não mereçam – como o caso dos pretendentes que invadem sua casa -; é leal; sensata. Ao unirmos todas essas virtudes, é claro a imagem que Penélope passa: de esposa perfeita que espera por seu verdadeiro amor, mesmo sem ter certeza de que ele esteja vivo, e, enquanto espera paciente, tece, borda, cuida da casa e do filho.
Para os contextos da época, numa sociedade misógina, onde a mulher devia ser submissa, Penélope é, de fato, o modelo ideal: submissa, fiel e doce.
3.Comentário
Através desse trabalho foi possível concluir que através da leitura do livro de Joseph Campbell, a “ Jornada do Herói” os filmes, livros, peças, novelas e muitos outros são inspiradas nas grades histórias da
...