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Os Hábitos e Costumes da Argentina e Bibliografia de Che Guevara

Por:   •  9/12/2018  •  4.286 Palavras (18 Páginas)  •  324 Visualizações

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Na Presidência, Getúlio Vargas adota uma política nacionalista, moderniza a economia e cria o Ministério do Trabalho. Em novembro de 1937, dissolve o Congresso Nacional e instala a ditadura do Estado Novo, com forte repressão política. Em outubro de 1945, é deposto pelos militares. Contribui então, para a formação do Partido Social Democrático (PSD) e do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). É eleito senador pelo Rio Grande do Sul.

Em 1951 Getúlio volta à presidência da República, desta vez pelo voto popular, iniciando a "Nova Era Vargas". Consolida-se o populismo, volta a amparar os trabalhadores assalariados e defender as riquezas nacionais. Autoriza o aumento de 100% do salário mínimo, provocando revolta entre os patrões. Critica a remessa do lucro das empresas estrangeiras para fora do país.

Diante da ameaça que Getúlio representava para o capital internacional, a oposição começou a se articular. O principal partido de oposição a UND (União Democrática Nacional), liderada por Carlos Lacerda e que havia perdido as eleições, tornou-se o principal instrumento de contestação ao Governo. No dia 5 de agosto de 1954 Carlos Lacerda sofreu um atentado e o resultado foi o assassinato do major Rubens Vaz. As investigações provaram que o arquiteto do plano foi Gregório Fortunato, o fiel guarda pessoal de Getúlio.

As pressões aumentaram, manifestações militares exigiam a renúncia de Vargas. No dia 24 de agosto de 1954, Getúlio recebe um ultimato do ministro da guerra, exigindo seu afastamento. Isolado no Palácio do Catete, Getúlio redige seu testamento e suicida-se.

Getúlio Varga morre no Rio de Janeiro, com um tiro no peito na madrugada de 24 de agosto de 1954, dentro do Palácio do Catete.

- A INAUGURAÇÃO DO POPULISMO NO BRASIL

O termo populismo refere-se a uma forma de governar, com uma influência muito grande, as massas populares. A palavra já foi usada para designar regimes de líderes na América Latina como: Juscelino Kubitscheck (Brasil), Eva Duarte Perón (Argentina), Evo Morales (Bolívia) e Hugo Chávez (Venezuela).

Getúlio Vargas é considerado o precursor e o maior exemplo do populismo no Brasil. Ele foi identificado como defensor das causas sociais e interesses nacionais, incorporando as massas urbanas no processo político. Sua liderança carismática, o culto à sua personalidade, a maneira que o líder populista procura estabelecer laços emocionais com o povo, e não racionais, ele tem contato direto com os mesmos, não sendo necessária a presença de nenhum intermediário e é essa proximidade que gera nas pessoas, na maioria das vezes, de baixa renda, o sentimento de afeição pelo líder e Vargas , era assim, por isso foi chamado de “pai dos pobres".

Segundo o professor, Getúlio inaugurou o populismo no Brasil. No entanto, Daily ressalta que ao mesmo tempo em que beneficiou os trabalhadores e camadas mais populares, ele foi um dos presidentes que mais beneficiou o empresariado brasileiro. Foi dele, por exemplo, os primeiros usos das palavras “miséria” e “pobreza” em discursos políticos, hoje tão presentes nas falas de políticos.

- - O GOVERNO PROVISÓRIO (1930 A 1934)

Getúlio Vargas assumiu o poder no dia 3 de novembro de 1930 como líder incontestável de uma revolução. Assumindo o governo com poderes extraordinários, Vargas reforçou lentamente o seu poder pessoal até que, em novembro de 1937, instituiu uma ditadura fascista no Brasil. Essa concentração de poderes nas mãos de Vargas representou a destruição do poder das oligarquias estaduais, fundamental no esquema político da República Velha.

A progressiva concentração de poderes foi possível pela inexistência de grupos capazes de contestar e derrubar o novo governo e assim, assumir o controle político do país; aos choques de interesses entre grupos rivais, a qual Vargas, aproveitou-se inteligentemente, reforçando seu poder pessoal e o apoio dado a Vargas pela alta cúpula militar, representada pelo general Goes Monteiro e, a partir de 1936, pelo general Eurico Gaspar Dutra.

Com o decreto de 11 de novembro, aprovado pelos seus ministros, Vargas passou a ter o direito de exercer os poderes Executivo e Legislativo, até que uma Assembléia Constituinte eleita estabelecesse a reorganização constitucional do país: Getúlio governou sem Constituição até 1934.

Determinou também a dissolução do Congresso Nacional, das Assembléias Legislativas estaduais e das Câmaras Municipais. Segundo Osvaldo Aranha, “tenente civil” e ministro da Justiça, “a Revolução não reconhece direitos adquiridos”.

Foram demitidos todos os governadores estaduais, com exceção do recém-eleito governador de Minas Gerais, e substituído por interventores federais, recrutados entre os tenentes, com poderes executivos e legislativos, porém subordinados ao poder central.

Os estados “ficaram proibidos de contrair empréstimos externos sem a autorização do governo federal; gastar mais de 10% da despesa ordinária com serviços de polícia militar; dotar as polícias estaduais de artilharia e aviação ou armá-las em proporção superior ao Exército”.

Essa extraordinária concentração de poderes, ausente durante a Republica das Oligarquias, produziu divergências na coalizão revolucionária.

Os líderes das por eleições que colocariam de volta no poder as velhas oligarquias. Os poderes dos estados revolucionários, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, eram favoráveis à realização imediata de e eleições. Os tenentes, através do Clube Três de Outubro, exigiam que Vargas continuasse indefinidamente com todo poder, pois achavam que as mudanças estruturais de que o Brasil necessitava seriam prejudicadas.

- – A Composição do Governo Provisório

Depois de criar um Tribunal Especial ,cuja ação foi nula, com o objetivo de julgar “os crimes do governo deposto”, o novo governo organizou um ministério que, pela composição, nos mostra o quanto Getúlio estava compromissado com os grupos que lhe apoiaram na Revolução: general Leite de Castro – ministro do Exército;

almirante Isaías Noronha – ministro da Marinha;

Afrânio de Melo Franco (mineiro) – ministro do Exterior;

Osvaldo Aranha (gaúcho) – ministro da Justiça;

José Américo de Almeida (paraibano) –

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