Formas e Funções do Conhecimento Histórico.
Por: eduardamaia17 • 2/4/2018 • 1.381 Palavras (6 Páginas) • 364 Visualizações
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A reunião deste conjunto de dimensões do aprendizado constitui algo sólido formação histórica, feitas a partir do penar histórico. Essas dimensões juntam a capacidade do saber histórico, e as levam para a ação. Deste modo, o pensamento histórico firma-se sobre as experiências onde o ensino da historia se fixa como papel central. Isto nos leva à problemática dos conteúdos e diretrizes do ensino de história na construção de princípios ligados à consciência histórica responsável pela orientação de ações práticas do individuo. Assim, reafirmamos o papel do pensar histórico na construção das identidades sociais, o papel da consciência histórica como consciência construída na diversidade dos “modos de ser” humanos e o papel do pensar histórico na práxis social. Sobre a formação do professor de história podemos afirmar que a necessidade do pensar histórico não se esgota no processo formativo do professor como sujeito. A construção da consciência do pensar histórico não se limita a formação do profissional pura e simplesmente, preocupado com a pesquisa e com os preceitos da forma historiográfica. A formação histórica transcende (deve transcender) as preocupações com as estruturas científicas das especialidades históricas em direção a construção da consciência das funções da história na escola e outras instituições educacionais. Há que se construir, discutir e refletir, na formação de professores de história, princípios do pensar histórico e da história como ciência de for-ma conectada com a funcionalidade da história e do passado social. O processo de formação de professores de história, cada vez mais, deve se preocupar em articular: as dimensões do pensar histórico e a formação da consciência histórica ligada à práxis social, aos elementos da didática da história (didática esta tratada como forma desconstruir o pensamento histórico), a formação histórica nada mais é do que uma capacidade de aprendizado especialmente desenvolvida’’ [pag 104]
O movimento de aprendizado histórico é apresentado no texto em três componentes, que são: experiência, interpretação e orientação. Resumidamente a experiência, conteúdo, competência para a experiência histórica, se da ao entender os dados e prestar atenção aos detalhes, que está relacionado ao tempo e ao saber histórico do próprio sujeito. A interpretação, integra os acontecimentos, é o aumento da experiência e do saber, e com essas novas experiências e saberes, o sujeito pode problematizar seus modelos habituais de interpretação, novos ponto de vista e novas perspectivas. Na orientação, se determina um curso de ação, dando ao sujeito a competência de correlacionar suas interpretações, utilizando-as para pensar de forma própria na sua vida atual.
Rüsen apresenta, segundo as funções da cultura histórica, suas principais dimensões: a estética, a politica, a cognitiva. Na dimensão estética da cultura histórica, as rememorações históricas se apresentam, principalmente, sob a forma de criações artísticas, como as novelas e dramas históricos. Não se trata de encontrar o histórico no estético, e sim o estético no histórico, mostrando visível como algo proeminente para o trabalho rememorativo da consciência histórica. A dimensão política se baseia no início de que, qualquer forma de dominação precisa da adesão e/ou aceitação do sujeito e a memória histórica tem um papel extraordinário nesse processo, particularmente devido à precisão de legitimação para o consentimento. A dimensão cognitiva se concretiza, principalmente, por meio da ciência histórica e de seus métodos de regulação metódica das atividades da consciência histórica.
Rüsen afirma que, na sociedade atual, a tendência à instrumentalização tem enfraquecido as possibilidades de tensão entre as distintas dimensões, fazendo com que, varias vezes, um dos modelos se torne mais crucial na construção da consciência histórica. Isso pode acarretar uma fragilização da força argumentativa do uso metodológico do intelecto ao aproximar-se a experiência do passado em relação à perspectiva do futuro, consecutivamente a partir do presente, diminuindo, assim, as potencialidades da aprendizagem histórica no meio social.
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