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Formas de Pensar História

Por:   •  13/5/2018  •  1.548 Palavras (7 Páginas)  •  308 Visualizações

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O que o Darton observa é que a história cultural procura mostra uma visão da cultura que não é determinada necessariamente pela sociedade, pela economia, mas que coexistem com essas dimensões. Não são necessariamente separadas, nem a cultura existe separadamente da sociedade e das relações econômicas; e nem a economia e a sociedade existe separadamente da cultura.

A história cultural vai se destacar principalmente, se afirmar, a partir da historiografia norte-americana. Depois os franceses vão trabalhar mais sistematicamente a história cultural.

A ideia de cultura passa a ser uma chave fundamental para essa reestruturação da historiografia, que vai está presente também dialogando com outras modalidades de pesquisa histórica, que vão se afirmando, como a micro história.

1.4 A influencia da Micro História

A micro história vai ser fortemente marcada, influenciada pela dimensão antropológica, pela a ideia de cultura. O texto de Giovanni Levi esclarece muito bem esse assunto, descrevendo detalhadamente outra forma de interpretação historiográfica.

Os primeiros micros historiadores não desprezavam a idéia de estrutura. Como se pôde ver ao se reduzir a escala de análise, para se ter uma noção de estruturas mais complexas, que seja menos monolítica. O que se admitia eram graus de heteronomias, de diversidades, que tenham como base pensar a história.

Então o que a micro história vai fazer. Ela vai reduzir a escala de análise, para tentar dar conta dessas diferenças. Quanto mais macro é o olhar, menos se é capaz de perceber as sutilezas, que só são perceptíveis, que só são verificáveis na medida que se reduz a essa escala. Então mesmo a micro história vai estar ancorada no questionamento, na noção tradicional de estrutura, e para isso vai incorporar o debate antropológico muito fortemente.

1.5 O Lawrence e as três afirmações Cientifica

Outra ponto importante a ser comentado nessa crise do estruturalismo é o trabalho Lawrence Stone. Ele vai falar da falência desse modelo, um pouco das inconsistências das dificuldades que foram sendo levadas pela aplicação desse modelo. Com esse modelo apresenta determinados problemas de inconsistência.

O Lawrence Stone vai mostrar três grandes perspectivas, três grandes afirmações de concepção científica da história que vão se impor como dominantes. Vão de certo modo marcar, exercer uma certa dominação no campo dos relatos historiográfica. Essa afirmação de uma história científica que vai inibir o uso sistemático e a legitimidade da narrativa dentro do discurso histórico.

O texto do Lawrence Stone de alguma forma tenta caracterizar quais seriam essas famílias. Para fazer isso ele vai dialogar, e a única maneira que ele tem de dialogar de forma mais sistemática, é se aproximar dos padrões de produção científica dessas outras ciências. Na medida em que a história busca se aproximar desses padrões, ela vai acabar se moldando, se adequado aqueles três padrões de concepções científicas que o Lawrence chama a atenção.

Um modelo mais ecológico, geográfico que é justamente a influencia da geografia na historiografia dos annales. O outro que era fundado no referencial Marxista, e o outro que era ancorado na visão Quiliometria, que se baseia também em determinados modelos contra factuais. É o modelo de historiografia que é muito influenciado pela economia na verdade. São economistas que vão estudar a história a partir de modelos que são econométricos. É um estudo da história a partir de uma perspectiva econômica, mas que é feito principalmente por economistas e não por historiadores. Então essa quiliometria é uma história econômica feita não por historiadores, mas por economistas.

Da perspectiva do Larwrence Stone é a insatisfação em relação a esses modelos prevalecentes, é que vão surgir as alternativas. É importante destacar que as insatisfações, são resultados da afirmação de uma outras perspectivas. Que vão ganhar força nas ciências humanas de uma maneira geral, e que vão questionar esses modelos prévios. Que não são necessariamente, a insatisfação que gera alternativa é a afirmação de outros modelos. Outras formas de conceber, o próprio trabalho de pesquisa, de análise nas ciências humanas, que vão criticar esses modelos prévios. São esses modelos que vêm de fora, é que vão criticar esses modelos prevalecentes.

Considerações Finais

Esses modelos muitas vezes não são produzidos pelos próprios historiadores. Essas formas alternativas de análise historiográficas vão ser propostas, por exemplo, por filósofos como Michel Foucault. Cria se formas de trabalhar a história que vão se apresentando aos modelos estruturalista prevalecente, que vão ser produzidos a partir de fora da historiografia.

Os historiadores vão encampar algumas dessas mudanças que estão sendo proposta. Como o que vem sendo apresentada pelo Foucault na organização da linguagem. Esse é o movimento mais geral que está acontecendo nas ciências humanas. Cada vez mais, a dimensão linguística, dos processos sociais, dos fenômenos sociais, das relações sociais, vão sendo valorizadas nas ciências humanas de uma maneira geral.

Mudanças estas formuladas de fora tendo a filosofia um papel central. Uma série de filósofos vão ser importantes na produção de esquemas discursivos, e vão está associados aquilo que nas ciências humanas de maneira geral vai ser chamado de virada linguística.

A virada linguística é a valorização da linguagem. Da dimensão linguística dos processos históricos e das relações sociais. É a possibilidade de enxergar a realidade como um texto. Então o que se está informando, por exemplo, na antropologia do Guedes, é associada a chamada virada linguística, ou seja, realidade é pensada como um texto. Como uma linguagem que não é só escrita, mas uma linguagem que diz respeito às nossas posturas corporais, as nossas relações com os outros, as

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