Diferenciar a visão histórica de Hegel, Kant e Hanke
Por: Evandro.2016 • 18/5/2018 • 890 Palavras (4 Páginas) • 382 Visualizações
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Quando Hegel resolve repudiar a visão Kantiana entre fenômenos e coisa em si, ele, inconscientemente, nega a visão Kantiana de que toda a História é política e de que a História é um espetáculo. Portanto, não só cometeu um anacronismo, como também, um equívoco ao negar o que declarou. Agregando a Hegel uma visão um pouco ingênua sobre História e fazendo de sua obra uma completa excrescência.
Já Ranke, comumente é caracterizado como um empirista, entendia o fenômeno como uma expressão de forças metafísicas, e para desvendar o que aconteceu, ele sabia que precisava recorrer à intuição. Ele acreditava que por trás dos eventos havia uma totalidade, uma realidade espiritual. Para conhecer a história, Ranke não contava apenas com sua criteriosa análise das fontes documentais.
Ao invés disso, sua narrativa sempre recorreu à noção de que a história é uma arte e, enquanto tal, ela só existiria através do engenho humano. Ranke possuía a perfeita convicção de que era o homem quem atribuiria ânimo aos acontecimentos pretéritos e com seu sopro inspiraria a vida novamente aqueles que já não estão entre nós. Sua concepção de história deslocava-se completamente da filosofia da história de Hegel e da sua pretensão de compreender todo o enredo da história universal.
Para ele, a história só é cognoscível na medida em que as singularidades são investigadas; mas o todo não se revela aos olhos humanos, pois nem a história tem leis que regulam seu desenvolvimento, nem seu plano é acessível aos homens: só Deus conhece a história universal e seu itinerário pertence apenas a este guia. A história escrita por ele ficou estigmatizada como uma negação da filosofia e do pensamento teórico. A história para Ranke não deveria ter objetivo político, moral ou religioso, e sim, precisava informar sobre um processo coerente, isto é, a história ainda sim deveria fazer sentido.
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