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Diário de bordo pessoal

Por:   •  27/4/2018  •  2.417 Palavras (10 Páginas)  •  293 Visualizações

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Ainda no campo ardil, continuaremos a falar, mas agora é da chapa2- Ousadia e Transformação, que se mostro mais embasado e com um conhecimento da área burocrática e das ações da faculdade de forma abundante logo que já era a coordenação que estava em vigor e lutava dialeticamente para permanecer. Suas propostas e respostas aos questionamentos das pessoas presentes na candidatura deles a reiria pareceram mais objetivas e agradaram mais as pessoas a meu ver.

Estou muito chata não é mesmo Jack já que permanecerei no mesmo tema e como lhe disse gosto de política, houve também na faculdade um movimento estudantil denominado “Ato de democracia”. A este Jack me posicionei e permanecerei posicionada. Levarei adiante caso me permitam e caso não, também o levarei mais de modo mais pessoal. Vou explicar o que estou lhe escrevendo através de uma carta que desejo ser debatida e elevada, passando pelas instancias hierárquicas da universidade ate o local onde espero que ela chegue:

Caro Reitor Jackson,

Venho por meio desta breve missiva, prostrar uma indignação que creio ser não somente minha, mas de todo indivíduo que se sentiu igualmente afetado em âmbito moral, ético e ideológico. “Pois,no dia 7 de abril de 2016, foi imposta a turma de História 2016.01 uma palestra política com a temática: “ Ato de democracia” com a subversiva subintitulação “ #Nãovaitergolpe”. Ao qual se demonstrou uma vertente de extrema esquerda, apoiada por uma ferocidade intimidadora á qualquer outra contrariedade ideológica.

Senhor Reitor peço-lhe então que não seja obrigatória a presença em tais manifestações e rogo-lhe mais, caso me permita, que este debate unilateral não seja levado em consideração, pois não tenho como aula a tentativa de moldar de forma manipulativa minha criticidade política. Sinto-me consternada em ter presenciado um movimento claramente partidário apesar de não terem levantado diretamente bandeira de nenhum partido, pois tinha na mente que a Universidade Estadual do Ceara (UECE) mais especificadamente a FECLESC de Quixadá não se posicionaria de modo tendencioso aos movimentos políticos nacionais.

Fique bem claro que não quero com isso excluir-me ou a minha turma das ações política da faculdade, mas assim como compreendo e respeito à liberdade de expressão anseio que compreendam a minha igualmente. Esta petição não é apenas por concilio acadêmico e sim em prol de um verdadeiro Ato de democracia.

Em uma folha anexada ao documento estão as assinaturas da turma. Esta foi realizada democraticamente, com uma votação e um consenso da classe estudantil de História 2016.01.

Agradeço antecipadamente, esta que vos escreve,

Jhenifer Almeida Xavier

Assimilou meu posicionamento político diário, em uma Universidade onde é debatida a liberdade de expressão, as pessoas tem medo de demonstrar sua ideologia preocupada com sofrer uma repreensão da própria instituição, ser chamadas de fascistas. Isso é ridículo Jack, simplesmente ridículo. No entanto louvo ao fato da faculdade proporcionar esses momentos, mas o que ela quer em troca? É realmente nos colocar como cidadãos exercendo seu dever político ou nos doutrinar?

Desculpe querido por ter me alterado um pouco, acabou se tornando sombrio a nossa conversa, então deixemos a discussão política para outro parágrafo mais a frente, okay?! Tenho tantas outras coisas para lhe falar “meu grande amor das coisas que aprendi nos discos, quero lhe contar como eu vivi e tudo que aconteceu comigo”(Essa é versão da Elis, okay?!).

Quero me corrigir de algo que tinha digitado, mas, achei injusto e preferi tirar dessa narrativa meu querido. Havia alegado que faltavam aulas mais dinâmicas, uma afirmação deveras descabida e impensada. É Jack, acho que nasci com o mal desse século. O imediatismo.

Vamos voltar ao Sir iluminati ele nos apresentou um poema muito interessante do Bertoid Brecht que fez pensar sobre a formação dos livros de historia onde o nome dos reis está em destaque, mas, não são citadas as pessoas que ajudaram a realizar. A classe dos servos, soldados e operários que a muito eram e são esquecidos.

A poesia salienta que as transformações da humanidade ao decorrer das eras só foram possíveis por causa dessas pessoas sem identidade. Concordo em certa parte sobre o que o autor queria transmitir com relação a não pensar em uma revolução onde, um único individuo, conquiste um país, seria tolice considerar isso. Devemos reconhecer a participação de outros que não se destacaram ou não tenham um renome.

Mas a historia deve ser feita de vários ângulos, meio a isto, também surgiu o questionamento de que eles são realmente tão importantes a sobrepor o nome dos “grandes”? Pois pense Jack se os lideres não tivessem liderado, se à ordem não fosse dita, se eles não agissem como precursores e tomado uma iniciativa ou se os reis não tivessem desenvolvido um sistema monárquico que apesar de ser injusto construiu magníficos monumentos e desenvolvimento das ciências? Como poderíamos nós então, chamarmo-los de grandes?

“Nos livros estão nomes de reis

Arrastaram eles os blocos de pedra?”

(Bertoid Brecht)

Querido Jack, vou lhe apresentar a Vavy Pacheco ela é incrível. Uma historiadora excelente, gosto mais da definição de “O que é história?”, com base nos estudos dela do que a avaliação de “Que é historia?” do Carr.

Ela apresenta de modo cronológico e com palavras menos técnicas a evolução da historia e do historiador, mas não apenas isto. Vavy mostra o conceito e aprimoramento da historia em diversos países e quando chega ao Brasil, ela dá uma atenção especial, falando da educação e das mazelas ainda não curadas e não vistas, desde a era Bragança.

“Ensino “decoreba” gera o “samba do crioulo doido”: embaralham-se em suas cabeças, desarticuladamente, nomes, datas, fatos e personagens; há exemplos disso na mídia, por ocasião dos vestibulares, engraçados pela sua confusão, se não fosse tão triste em sua significação”.

(Vavy Pacheco)

Observe este trecho que citei da Vavy, já o tinha analisado só que não no texto dela, mas vendo a educação no meu município. Parece que estão tentando passar os alunos de qualquer jeito pelos ensinos fundamentais e médio da rede publica. Isto é aterrorizante, estão formando uma

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