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A conquista espanhola e a colonização da América.

Por:   •  20/11/2018  •  3.215 Palavras (13 Páginas)  •  455 Visualizações

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Juntamente com a unidade individual e coletiva, havia dois outros participantes que marcavam de modo indelével todo o empreendimento da Igreja e a coroa. A Igreja garantia a sanção moral que elevava uma expedição de pilhagem ao nível de cruzada, enquanto a aprovação do Estado era necessária para legitimar a aquisição de senhorio e de terra. (p. 143)

Os séculos de guerra de fronteira contra os mouros em Castela foi uma preparatória para os combates nos territórios a serem colonizados. (p. 142-143)

Sociedade patrimonial com caráter medieval reconstituída na Castela (Espanha) dos Reis Católicos: Foi essa sociedade patrimonial, estruturada em torno da concepção de obrigação mútua simbolizada pelas palavras servicio e merced, que se viu desmantelada no final da Idade Média, foi reconstituída em Castela durante o reinado conjunto de Fernando e Isabel (Os reis católicos) (1474-1504) e depois transportada através do oceano para ser implantada nas ilhas e no continente americano. (p. 144)

Humanismo e a legitimação da monarquia e do cristianismo: O humanismo do Renascimento e uma religião revivesceste com fortes nuancem escatológicas forneciam ideias e símbolos que podiam ser explorados para projetar novas imagens da monarquia, como a de líder natural numa grande empresa coletiva na missão divina de eliminar os últimos resquícios do domínio mouro e de purificar a Península de quaisquer elementos de contaminação, um prelúdio da difusão do evangelho aos recantos mais longínquos da terra. (p. 144)

Reconquista e expansões ultramarinas na América: conjunção entre interesses públicos da Coroa e Igreja, e privados dos exploradores, com o financiamento e intervenção direta da Coroa para os empreendimentos expansionistas. Antes de partir uma expedição, era assinado um contrato formal, ou capitulación, entre a coroa e o comandante, em termos análogos aos de contratos semelhantes feitos durante o processo da reconquista. Nessas capitulaciones a coroa se reservava a certos direitos nos territórios a ser conquistados, ao mesmo tempo em que garantia privilégios e recompensas específicas ao comandante e aos que se associassem a sua companhia. (p. 145-146)

Outra instituição medieval: titulo de vice-rei dado a Colombo por Fernando e Isabel a todas as terras descobertas pela expedição de 1491. (p. 146)

Direitos sagrados de soberania da Coroa Espanhola pela conquista da América autorizada pelo papa Alexandre VI. Posteriormente, esses limites foram delineados pelo Tratado de Tordesilhas com Portugal, em 1494: Essa empresa missionária, solenemente confiada a coroa de Castela, deu-lhe uma justificativa moral para a conquista e a colonização, que imediatamente fortaleceu e transcendeu os direitos decorrentes de uma ou de outra do fato da primeira descoberta. (p. 147)

Uma nova expedição e o proposito da vinda de mais homens europeus para a américa espanhola: A expedição e 1493 diferia também em outros aspectos importantes da anterior. Na primeira viagem não houvera sacerdotes, mas dessa vez era dada ênfase especial a conversão dos nativos, e um grupo de frades....recebeu o encargo da empresa missionaria a ser empreendida às expensas da coroa. (p. 148).

A ênfase nesse estágio foi posta na colonização, embora o rescate ( comércio de troca com os indígenas) continuasse a ser fundamental para a empresa. (p. 148).

Formas de legitimar e assegurar o poder do colonizador em relação ao colonizado: Assim, já em 1493, novos elementos entravam em cena para modificar ou transformar a empresa. O comércio e as explorações continuaram sendo componentes importantes do empreendimento; e a instalação de uma colônia permanente nas Antilhas estava em estrita sintonia com o estilo genovês-português da atividade ultramarina, como a era praticada... na costa ocidental da África. (p. 148).

O problema do ouro e a tentativa falha de uma solução inviável, escravizar o indígena, e o modo como era visto os índios: Invadindo o recém descoberto paraíso do mar dos Caraíbas, com suas próprias aspirações, seus valores e – não menos – suas doenças, Colombo e seu homens logo estariam a caminho de transforma-lo numa selva devastada. (p. 149).

Os espanhóis haviam voltados às Antilhas com ideias bem definidas. Queriam, sobretudo, ouro. (p 149)

Esse sonho logo se esfacelou. A quantidade de ouro que deveria provir do escambo com os índios revelou-se bastante desapontadora, e Colombo, ansioso por justificar os investimentos a seus soberanos, tentou complementar a insuficiência com outra mercadoria atraente, os próprios índios. (p.149).

Segundo o Direito Romano os ‘’ bárbaros’’ podiam ser escravizados legitimamente, e o termo ‘’bárbaro’’ chegara a ser interpretado pelo Cristianismo medieval como ‘’infiel’’. (p.149)

Esses povos eram súditos da rainha; e em 1500 a coroa declarou os índios ‘’livres e não sujeitos a escravidão’’. (p. 149).

Ainda era permitido escravizar índios aprisionados numa ‘’ guerra justa’’. (p.150)

Os modelos das cidades, o problema das doenças e a sobrevivência da vida e da economia nas colônias americanas: A rejeição, pelo menos de principio, da escravidão indígena eliminou uma das opções abertas aos colonos de Hispaniola e, consequentemente, exacerbou os problemas de sobrevivência que já começavam a se tornar agudos. (p.150)

Santo Domingo tornou-se a primeira cidade verdadeira do Novo Mundo espanhol. (p.151)

Tentativas de substituir a mão-de-obra escrava por trabalho voluntário revelaram-se infrutíferas, como deveria acontecer numa sociedade que desconhecia totalmente o conceito europeu de ‘’trabalho’’. Dessa forma, a coroa aprovou em 1503 um sistema de trabalho forçado, sendo pagos salários aos que recebessem essa designação. (p.151).

A mão-de-obra indígena deveria ser distribuída apenas aos vecinos, cidadãos com plenos direitos. (p 152).

Para facilitar o processo de distribuição, os índios eram também deslocados e era dada a seus caciques a responsabilidade pelo fornecimento de mão-de-obra aos espanhóis. (p 152).

As Leis de Burgos de 1512 foram uma tentativa, embora ingênua, ao regulamentar cuidadosamente funcionamento da encomenda. (p 154).

Não é de surpreender, portanto, que o trabalho escravo negro parecesse aos espanhóis uma resposta

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