A Escola dos Analles - Resenha

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é preciso ter o conhecimento das outras ciências vizinhas, que o historiador deve eximir-se de seus preconceitos, sentimentos e referências intelectuais.

Com a morte dos maiores representantes da primeira geração, Bloch e em seguida Febvre, Fernand Braudel passa a ser o sucessor e diretor efetivo dos Annales. Sua oferta inicial é de renovação, consequência de conflitos internos, ocorridos no período pós-morte de Febvre, sendo assim, ele convoca jovens historiadores como Jacques Le Goff, Emanuel Le Roy Ladurie, dentre outros.

Fernand Braudel, elemento central da segunda geração dos Annales, iniciara o diálogo entre a geografia e a história, edificando uma geo-história, fazendo uma relação entre espaço e tempo, ao refletir nesta dialética, ele chega a conceber a pluralidade das durações. A partir disto, Braudel divide a história em três escalões: Em primeiro escalão está a longa duração, a do homem nas suas relações com o meio que o rodeia, uma história lenta de se passar. Em segundo escalão, a média duração, uma história social, uma história estrutural. E em terceiro escalão, a curta duração, uma história tradicional, não da dimensão do homem, mas especificamente do indivíduo, uma história com pequenas variações. Assim sendo, pode-se perceber uma importante contribuição dada por ele, que é a inovação do conceito de tempo.

Segundo Braudel, a contribuição do historiador às ciências sociais é a consciência de que todas as estruturas estão sujeitas a mudanças, mesmo que sejam lentas. Ele almejava ver as coisas em sua totalidade, incorporar o social, o político, o econômico, e o cultural na chamada história total.