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A Colonização do Brasil

Por:   •  27/8/2018  •  3.080 Palavras (13 Páginas)  •  415 Visualizações

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e organização da América. Na análise a seguir interpretaremos as ideias e argumentos de dois autores, e seus respectivos artigos, que são: “A colonização Portuguesa no Brasil e a Pequena Propriedade” de Rui Erthal e “A questão da colonização do Brasil: Historiografia e documentos” de Claudinei Magno Magre Mendes. Nessa análise observaremos como os autores abordam a colonização do Brasil, se eles abordam o tema da mesma maneira e se suas ideias se completam, são semelhantes ou se contrapõem.

No primeiro texto Analisado, o de Mendes, podemos ver como ele relata a questão da colonização com base nos estudiosos que se dedicavam a explicar como ocorreu e como influenciou o tipo de colonização na sociedade brasileira. Já o segundo analisado, o de Erthal, mostra como se deu a colonização mas com ênfase em como se deu a ocupação da terra, e como isso influenciou a história do Brasil.

Os Dois textos abordam o mesmo tema, que é a colonização do Brasil. Ambos utilizam como base a historiografia para tentar explicar como se deu esse processo, citando muitas vezes pensamentos e trechos de obras dos mesmos autores. Uma diferença notável entre ambos pode ser notada. No artigo de Mendes, ele utiliza como base também documentos históricos para melhor explanar suas ideias e para mostrar fatos que caracterizaram a colonização. No mesmo artigo é percebido que ele não apresenta críticas aos autores citados, mas Erthal sim, ele apresenta e cita partes de livros e trabalhos de diversos autores, porém apresenta algumas críticas a certos pensamentos de alguns destes pensadores, refutando seus textos com algum outro autor.

Mendes mostra em seu trabalho que vários historiadores estão em um consenso quanto ao motivo que levou Portugal a colonizar o Brasil, que foi o de que a Coroa resolveu colonizar por conta da pressão que existia dos outros países europeus, mas principalmente a França. Já Erthal não demonstra em seu artigo uma preocupação em mostrar essa afirmação, focando mais como e quais os tipos de colonização alguns autores apresentam e discutem.

A colonização da America por parte de Portugal teve como principais motivos a fé e proveito (pode-se usar a palavra lucro) do Rei e seus os súditos. Trazendo os indígenas a religião, a igreja ganharia mais súditos, e teriam como grandes líderes um Papa e obedeceriam a um rei.

O estopim da motivação para a Coroa começar a colônia foi a invasão de franceses ao Novo Mundo, que foi notado com a captura de alguns navios franceses que carregavam produtos do Brasil. Assim Portugal começou a fixar núcleos de população em toda costa atlântica. Logo, a primeira motivação era defender suas terras. Mas também teve uma motivação comercial para a nova terra, porém, era preciso ampliar as bases que já haviam e melhorá-las para que essas fossem capazes para a produção de produtos para a comercialização. Em seu artigo, Mendes cita Sodré que afirmava que antes da pressão sofrida pelos franceses a Coroa tinha deixado de lado as terras americanas por conta que estava somente voltada para o Oriente.

Citando Furtado, Mendes aponta que uma das medidas tomadas para a colonização foi a exploração agrícola das terras brasileiras, por conta de que Portugal buscava uma maneira onde fosse possível custear a defesa da terra. Para Novais esse foi um meio que os portugueses acharam para valorizar as terras economicamente, garantido assim a posse da terra. Mendes aponta e seu artigo vários autores que afirmam de maneiras diferentes que o motivo principal da decisão de colonizar o Brasil foi a pressão sofrida pelos franceses.

Mendes em seu texto mostra que o movimento de pessoas a colônia se intensificou com a divisão do Brasil em capitanias, por que com o apoio da Coroa as pessoas sentiam-se mais seguras para se arriscar no Novo Mundo. Portugal oferecia doações de terras para quem fosse a nova colônia através de cartas de doação e forais. As terras doadas eram em sesmarias, onde os lotes eram doados para quem fosse para a nova terra, mas com regime diferente do de Portugal. Pois nessas terras o Capitão, não pagava impostos como no sistema feudal usado na Europa durante a mesma época. Erthal cita em seu artigo uma concepção de que as terras recebidas por doações tinham como se fossem iguais ao sistema feudal. Mas ele refuta essa ideia demonstrando que nessa perspectiva a grande propriedade territorial foi tomada como categoria central e o fato de do escravismo ficou como secundário.

Erthal explica que além da concepção de feudalismo há também outras teses relacionadas a colonização e a forma como se deu a doação das terras, já que os indígenas não possuíam nenhuma regra quanto a propriedade. Uma dessas teses é a do capitalismo, onde alguns autores baseados no marxismo onde relacionam a colonização a aspectos comerciais e mercantilistas, onde a economia da colônia influenciou na economia europeia. Outra concepção usada é de escravismo colonial, onde a colonização não usava nenhum método pré-existente, onde é levantada a hipótese de criação de um novo método de produção, denominado escravismo colonial. Nesse modelo a relação do capitão e do escravo vai definir o caráter do modo de produção.

Nos artigos podemos encontrar sobre como se deu toda essa ocupação das terras, onde Erthal da mais relevância a como se deu o surgimento da pequena propriedade. Já Mendes, mostra como se deu toda a ocupação, citando documentos históricos para analisar tais fatos. Erthal diz que a historiografia brasileira vem demonstrando quase nenhum interesse pela importância da pequena produção no contexto histórico da colonização do Brasil. Ele mostra como se deu a criação de pequenas propriedades, que foi com o abandono ou não pagamento dos sesmeiros que não cumpriam com as regras e eram expulsos das terras, que por sua vez eram deixadas de lado pela Coroa, ate que pessoas que não tinham terras vinham e se apossavam das terras, e começavam a produzir nelas, com métodos agrícolas poucos elaborados e sem muita Mão-de-obra.

Mendes buscou em mostrar como de seu todo esse processo histórico em relação a apropriação de terras. Mostrando os motivos que levavam as pessoas a se locomoverem ate a nova terra. Ele Cita dois principais motivos, um é o fator de que a produção na Europa era toda cheia de tributos e o outro é que Portugal passava por uma época de despovoamento e não dava condições para investimentos em seu território. Já na colônia, as pessoas que pegassem novas terras não teriam que pagar tributos e poderia melhorar bastante de vida, podendo somar riquezas.

Contudo, nas leituras desses dois artigos foi possível notar que ambos falam do mesmo tema mas com perspectivas diferentes, onde

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