Por Que a Geografia é Uma Ciência Social?

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à procura das causas de formação e evolução das formas com recurso ao método comparativo.

O conceito de paisagem é essencialmente visual, mas progressivamente a necessidade de explicação do conjunto obrigará ao recurso a dimensões ocultas porque não visíveis, do domínio da cultura, da economia, da organização política. Para os geógrafos do princípio do século XX, a paisagem aparecia como um conceito integrador, pois traduzia as interações entre os elementos do mundo físico e entre estes e os grupos humanos numa dada área.

A insistência na paisagem permitia à geografia um objeto diferente do de outras disciplinas que também contribuíam para o conhecimento da superfície terrestre, enquanto a insistência na região superava o perigo de divisão entre geografia física e geografia humana.

Os estudos de paisagens geográficas em articulação com o paradigma regional atingem o apogeu nas duas décadas que se seguem à primeira guerra mundial e, prova da sua importância é a existência de uma seção especial. Durante muito tempo os geógrafos aceitaram que a paisagem era a porção do espaço geográfico que se abrangia com o olhar, estudando como paisagem as características que aparecem na literatura geográfica dos últimos anos verifica-se uma transição do objetificável para o fenomenal, pois a paisagem não é um simples objeto nem o olho que a observa uma lente fria de objetivos, embora ambas as posições tenham representação.

Seja como fonte de sensações seja como modo de ver um território, o fato é que as abordagens recentes têm valorizado os aspectos subjetivos da relação das pessoas com o ambiente. Podemos dizer que paisagem não se confunde com natureza, ambiente, nem espaço geográfico, pois encontra-se na interface dos ambientes operacional, perceptual e comportamental. Isso inclui elementos do ambiente tal como a sua interpretação pelas pessoas.