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Pólo Tecnológico de Campinas - SP

Por:   •  11/12/2017  •  1.557 Palavras (7 Páginas)  •  359 Visualizações

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Ao longo dos anos o Pólo vêm recebendo vários investimentos diretos e outros para aquisição, modernização, ampliação, implantação e expansão das atividades. O capital privado investido tem gênese diversa, sendo em grande parte internacional. Existem diversas associações entre as empresas, exemplo disso são as “joint – ventures”, acordos firmados entre empresas nacionais e estrangeiras, por exemplo, EDISA e Hewlett Packard (EUA), que comercializam produtos da HP no Brasil (setor de informática), e ELEBRA-TELCOM com Alcatel (Espanha) e Northern Telecon (Canadá), que atuam na transferência de tecnologia na área de equipamentos para telecomunicações. Segundo JOIA (1992:72) as conseqüências das “joint – ventures” para o pólo são, “diminuição das atividades de pesquisa e desenvolvimento; aumento das atividades de montagem e comercialização; e aumento das relações com as matrizes, no exterior, alterando as estratégias comerciais das empresas locais”.

Para haver um pólo tecnológico são necessárias três condições principais: a universidade, os centros de pesquisa e as empresas de alta tecnologia. A UNICAMP é responsável pela formação e capacitação de mão-de-obra especializada, e pelo desenvolvimento de pesquisas básicas e aplicadas, realizadas em seu seio, a universidade conta com cindo áreas básicas para o desenvolvimento de projetos, informática, biotecnologia, química fina, energia e novos materiais. Devido ao seu caráter “pesquisador” a UNICAMP firmou diversos acordos com empresas públicas e privadas.

Os Institutos de Pesquisa envolvidos com o pólo de Campinas são o ITAL – Instituto de Tecnologia de Alimentos; o CPqD – Fundação Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações; o CTI – Centro Tecnológico para Informática; o LNLS – Laboratório Nacional de Luz Séncroton; o IAC – Instituto Agronômico de Campinas; o IB – Instituto Biológico; e a EMBRAPA. O objetivo dos institutos é de se tornarem uma ponte entre as universidades e as indústrias através de pesquisa aplicada, visando à nacionalização de processos e produtos pela capacitação tecnológica nacional, além da geração e atração de novas empresas, a partir da produção e desenvolvimento de produtos. Os institutos também estabelecem parcerias com indústrias da região. As principais áreas de atuação são as ciências agronômicas, biológicas e, engenharias, conforme JOIA (2000: 178).

As Unidades de Apoio à Alta Tecnologia conforme JOIA (2000: 182) “contribuem para a formação de uma cultura empresarial local, que garanta a reprodução de empresas e empresários ligados aos setores da alta tecnologia”. Algumas delas foram geradas na própria comunidade local, são formadas por entidades governamentais (federais, estaduais, e municipais), e entidades civis (sindicatos, universidades, entre outros). As unidades de apoio exercem diferentes funções, algumas estimulam o desenvolvimento de tecnologias, ou apóiam a formação de empresas e empresários, outras divulgam o potencial tecnológico dos municípios e universidades da região, outras ainda prestam serviços às empresas industriais, e há aquelas que estreitam relações entre universidades e empresas. São unidades de apoio: UNIEMP – Fórum Permanente das Relações Universidade – Empresa; CIATEC – Centro de Indústrias de Apoio à Tecnologia de Campinas; CENAPAD – Centro Nacional de Processamento de Alto Desempenho; GENESE – Grupo de Estudos e Negócios dos Setores Empresariais; SEBRAE – Serviço de Apoio à Micro e Pequenas Empresas. A Prefeitura Municipal de Campinas, e a UNICAMP, também colaboram como unidades de apoio, está vinculado a primeira o SECOOP – Secretaria de Cooperação Internacional, e vinculado a Pró-Reitoria da UNICAMP o EDISTEC – Escritório de Divulgação e Serviços Tecnológicos. A universidade conta ainda com uma fundação, dedicada ao apoio administrativo e gerencial para a promoção de determinadas atividades, FUNCAMP – Fundação de Desenvolvimento da UNICAMP. Com a finalidade de tratar dos interesses dos trabalhadores, foi criado em 1990 o SINTPq – Sindicato dos Trabalhadores de Pesquisa, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo. Por meio do Ministério das relações Exteriores, foi criado em 1993, o TRADE POINT – Campinas, um centro de informações e negócios, com o intuito de facilitar contatos com clientes no exterior e exportações.

Grande número de Indústrias de Alta Tecnologia instaladas no Pólo Regional Tecnológico de Campinas destina-se aos setores de telecomunicações e eletrônica. No ano de 1998 existiam aproximadamente 64 empresas atuantes no Pólo, sendo os gêneros de material elétrico e comunicação, os mais importantes dentro do segmento industrial. As outras indústrias trabalham nos setores de produtos químicos e materiais plásticos, metalurgia e mecânica, agroquímica e produtos farmacêuticos, e bioquímicos. Devido ao grande desenvolvimento do setor de alta tecnologia, algumas indústrias, durante a década de 1990, direcionaram suas produções para o novo setor, outras começaram a produzir artigos para o setor de alta tecnologia.

Conclusão

Campinas na condição de município oferece todas as oportunidades para o crescimento econômico e desenvolvimento do seu Pólo Regional Tecnológico, contribuindo de forma significativa ao crescimento econômico do país.

Bibliografia

JOIA, Paulo R. A estruturação do Pólo Industrial de Campinas – contribuição ao estudo dos espaços industriais de alta tecnologia. Rio Claro: IGCE, 1992 (Dissertação de Mestrado – Geografia).

JOIA, Paulo, R. Novas trajetórias da alta tecnologia

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