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O CONCEITO DE LUGAR NA GEOGRAFIA CULTURAL – HUMANISTICA: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A GEOGRAFIA CONTEMPORANEA

Por:   •  9/11/2017  •  850 Palavras (4 Páginas)  •  570 Visualizações

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ocidentais, no entanto, quando se utilizam da linguagem tendem a espacializar os termos que denominam o tempo, enquanto que nos idiomas não-ocidentais não existe esta tendência, existe um vocabulário autônomo para denominar as ações temporais. Conclui Tuan: "A experiência e apreensão do espaço é substancialmente a mesma independentemente da linguagem. Neste sentido, o espaço é mais básico para a experiência humana do que o tempo. cujo significado varia fundamentalmente de povo para povo." (TUAN, 1979, 393).

O espaço, assim, é orientado e estruturado a partir do corpo humano. Como os fenomenologistas e os antropólogos observaram, estas relações primitivas têm o corpo como um sistema de funções que podem servir de “instrumento para a escolha consciente e no direcionamento das intenções para um determinado campo” (TUAN, 1979,389). Além do espaço pessoal, existe a experiência grupal do espaço, onde é vivida a experiência do outro. É o que os fenomenologistas chamam de intersubjetividade. Este é o caso do fenômeno do "apinhamento", que Tuan utiliza.

Assim sendo, Tuan sintetiza o espaço e o lugar como assuntos centrais da geografia. Onde são vistos pelos positivistas através da análise da organização espacial, para os humanistas assumem outras características. Ambas as perspectivas teriam validade: os conceitos positivistas interessam aos humanistas porque é o exemplo extremo da tendência universal para a abstração; os trabalhos humanistas podem interessar aos positivistas porque promovem o autoconhecimento, utilizando-se do seu mais alto valor, as humanidades (TUAN, 1979,422).

Esta investigação de Tuan acerca do lugar como conceito mais apropriado para a geografia humanista, continuaria nos anos seguintes, culminando com a publicação do livro Space and Place: the perspective of experience em 1977 (TUAN 1983). Neste intervalo, de 1974 a 1977, Tuan estudaria também os mapas mentais. Em Intages and Mental Maps (TUAN, 1975 b) ele advertia que o estudo da na geografia, apesar de novo, necessitava de uma pausa para reconsiderar os fundamentos e modos de seus questionamentos, sendo que também através do estudo da imagem e do "schentata" pode-se descobrir os fenômenos mentais que interessam ao geógrafo e à curiosidade do homem comum.

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