Hannah Arendt e a Crítica aos Totalitarismos
Por: Evandro.2016 • 2/5/2018 • 1.722 Palavras (7 Páginas) • 349 Visualizações
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- Bio poder: bem-estar social
Uma vez consolidada a tecnologia de poder disciplinar, Foucault afirma que, por volta do fim do século XVIII, começa a se constituir uma nova tecnologia, que ele propõe denominar biopoder, um poder sobre a vida. Mas o biopoder não deve ser confundido com poder soberano.
O biopoder é complementar ao poder disciplinar, mas apresenta diferenças. Já vimos que o poder disciplinar se exerce sobre indivíduos adequando-os à norma. O biopoder é diferente porque se exerce sobre grandes grupos de indivíduos já disciplinados que formam as populações. O poder disciplinar é portanto, uma condição para que o biopoder se exerça e, enquanto a tecnologia centrada no corpo é individualizante, a tecnologia centrada na vida é massificante.
Na visão de Foucault, as sociedades contemporâneas atuam com as duas tecnologias de poder simultaneamente: a disciplina e o biopoder.
Visão sobre os pensamentos de Michel Foucault nos dias atuais
As teorias Foucault, que abordam principalmente as relações entre poder e conhecimento, e como eles são usados como uma forma de controle social por meio das instituições sócias. E para mim suas analises sem vazem verdadeiras até hoje, e como exemplo, podemos pegar a escola que diz formar pessoas para terem um futuro promissor, mas quando na verdade esse futuro promissor, é que aquela pessoa que passou quinze, vinte anos, estudando possa trabalhar e dar lucros ao pais.
Portanto podemos afirmar que essas instituições sociais, que são as escolas, as penitenciárias, entre outros, são na verdade instituições de “adestramento” do ser humano, isto é, instituições aonde o homem tem sua mente preparada e moldada para saber o que precisar fazer quando sair dali, é por isso que existe as notas em determinadas matérias, e estas notas sevem para “medir” o quanto sua mente foi moldada e se você não atingir um padrão pré-determinado você é reprovado e precisa rever aquilo tudo de novo até esta pronto. E o que confirma mais ainda esta afirmação é o fato de se você cometer algo que para essas instituições é errado, você vai para a prisão, outra instituição social. Então se conclui que você só vai ser “livre” quando você estiver fazendo o que o que preparado a vida toda para fazer, que é dar lucro ao pais.
Deleuze e Guattari e a Revolução Molecular
Gilles Deleuze denominou “sociedade de controle” a conformação social que opera segundo o biopoder. Sua principal característica é a abertura: enquanto a sociedade disciplinar precisava confinar os indivíduos em instituições para que o poder pudesse ser exercido sobre eles, agora isso já não é necessário. Deleuze mostra que as instituições disciplinares estão sendo desgastadas. Pouco a pouco, a escola parece estar sendo substituída pela noção de “formação permanentes”. Nenhum nível escolar é mais terminal; há sempre algo novo a aprender, e a formação nunca cessa.
Nas empresas e fabricas, a palavra de ordem é flexibilidade, e é cada vez mais comum que os funcionários posam organizar seu próprio tempo, muitas vezes trabalhando em casa. Por fim, mesmo nas prisões o confinamento tem-se reduzido. Investe-se em penas alternativas, como prestação de serviços sociais, para reduzir ou substituir o encarceramento. O curioso é que essa aparente liberdade permite que sejamos controlados. Podemos fazer quase todas as operações financeiras pela internet, por exemplo mas, para que essa mobilidade seja possível, todos os nossos dados financeiros estão disponíveis para um funcionário do banco a um clique no computador.
O avanço da tecnologia eletrônica levou ás últimas consequências a sociedade de controle descrita por Deleuze. O celular nos torna objeto de controle não apenas por meio de telefonemas, mas também de ferramentas que indicam em um mapa o local exato em que nos encontramos. Claro que isso não precisa ser assim. Os mesmos meios de controle podem ser meios de ação política. Falando da ação política na sociedade de controle, Deleuze foi direto: não se trata de “temer ou esperar, mas de buscar novas armas”.
A força do capitalismo, segundo Deleuze e Guattari, reside no fato de que ele captura nossos desejos e nos faz desejar aquilo que sistema quer que desejemos. Se a força desse fascismo reside no desejo, está aí também a possibilidade de fazer resistência.
Não podemos lutar com o Estado com suas próprias armas, pois seremos vencidos. Não podemos simplesmente usar as armas do controle contra o controle. Essa é a lição daquilo que eles denominam revolução molecular: uma revolução que se faz todo dia, nas pequenas coisas, procurando agir de modo não fascista cada um consigo mesmo e com aqueles que estão próximos. Esse seria um caminho possível para constituir laços sociais que não nos deixem no isolamento, presas fáceis para um novo totalitarismo.
Visão sobre os pensamentos de Deleuze e Guattari nos dias atuais
Estudando as ideias de Deleuze e Guattari e analisando o que nos circula, percebe-se que somos uma sociedade cada vez mais controlada, embora não pareça, pois esse é o objetivo dos estão nos controlando, passar a ideia de que somos e/ou estamos livres, mas quando na verdade estamos sendo monitorados a todo momento. E é isso que Deleuze e Guattari tenta expor, que embora os alunos fiquem cada vez mais fora das escolas, que não precise mais ir a uma agencia bancária para fazer uma operação financeira, continuamos sendo “controlados”, essa afirmação se faz verdadeira na minha vida,
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