A CONDIÇÃO SOCIAL EM HANNAH ARENDT

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Seguindo o texto apresentado pelo Professor, a Esfera Pública: o Comum; nos cientifica, em alto posto, que tudo que se torna público pode ser cristalizado por todos e digno de maior abrangência possível. Ao entender e ao compreender "P"– aquilo que se vê e escuta pelos outros e por nós mesmos (ecoando em nossas mentes) – é o real.

A presença de outros que vêem o que vemos e ouvem o que ouvimos garante-nos a realidade do mundo e de nós mesmos; e, embora a privacidade de uma vida íntima completamente progressista, tal como jamais se conheceu anteriormente ao nascimento da era moderna e do coadunado declive da esfera pública, sempre aumenta e enriquece grandemente toda a escala de emoções egocêntricas e sentimentos íntimos, esta intensificação sempre parte de altas custas garantidoras da realidade do mundo e dos indivíduos.

Por vezes nossa visão da realidade depende totalmente do semblante, e portanto da existência de uma esfera pública na qual as coisas possam ressurgir da sombra da realidade resguardada, até mesmo a meia-luz que clareia a nossa identidade e dela íntima encaminha-se, em última análise, do claro muito mais intenso do elemento pública. Entretanto e na forma preambular, o termo público quer dizer o globo, na proporção de que simples a todos nós e desigual da paragem em que vivemos . Anterior a isto, tem a ver com a produção humana, com a obra de mãos humanas, com os negócios realizados entre os que, juntos, habitam o mundo feito pelo indivíduo.

O que torna tão difícil carregar os cidadãos na sociedade de massas não é o número de pessoas que ela atinge, ou pelo menos não é este a matiz primordial: antes, é o fato de que o mundo entre elas perdeu a virilidade de mantê-las, em relação umas às outras e de aparta-las.

Findo o presente texto a partir do "quaestio facti”, a vital importância e relevante questão social, expurga, para pensamentos transcendentais, a seu implícito questionamento de valor, uma "quaestio juris". Antes de adentrarmos essa questão da validade, penso hoje conforme a autora, e aos pensadores contrários de Arendt sobre a questão social, quando é percorrida por excessiva crueldade para com os explorados economicamente. Trata-se, na verdade, como veremos, da perspectiva que deveria, segundo Arendt, ser considerada importante e, por isso, iluminada pela luz do pensamento. E concluo que o maior ensinamento da autora, é o respeito ao próximo independente de suas cores, credos e raça.