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RESUMO: CIÊNCIA DA COMUNICAÇÃO

Por:   •  22/2/2018  •  1.392 Palavras (6 Páginas)  •  308 Visualizações

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LÍNGUA FALADA

A Língua Falada pode ser: culta, coloquial, vulgar ou inculta, regional e grupal (técnica e gíria), segue as definições das línguas culta, coloquial e vulgar;

Língua culta - é a língua falada pelas pessoas de instrução, niveladas pela escola, a grosso modo falando é a língua de quem estudou ou estuda. Obedece a gramática da língua-padrão. É mais restrita pois apresenta privilégio e conquista cultural de um número reduzido de falante.

Língua coloquial - é a língua espontânea, representada pelas formas de linguagem usadas na conversação diária, em situação de informalidade e descontração.

Língua vulgar - é própria das pessoas sem instrução. Infringe totalmente as convenções gramaticais.

LÍNGUA FALADA E LÍGUA ESCRITA

Enquanto a língua falada é espontânea e natural, a língua escrita precisa seguir algumas regras. Embora sejam expressões de um mesmo idioma, cada uma tem a sua especificidade. A língua falada é a mais natural, aprendemos a falar imitando o que ouvimos. A língua escrita, por seu lado, só é aprendida depois que dominamos a língua falada. E ela não é uma simples transcrição do que falamos; está mais subordinada às normas gramaticais. Portanto requer mais atenção e conhecimento de quem fala. Além disso, a língua escrita é um registro, permanece ao longo do tempo, não tem o caráter efêmero da língua falada.

1.Diferenças existentes entre a Língua Falada e a Escrita

Língua Falada:

- Palavra sonora;

- Requer a presença dos interlocutores;

- Ganha em vivacidade;

- É espontânea e imediata;

- Uso de palavras-curinga, de frases feitas;

- É repetitiva e redundante;

- O contexto extralinguístico é importante;

- A expressividade permite prescindir de certas regras;

- A informação é permeada de subjetividade e influenciada pela presença do interlocutor.

- Recursos: signos acústicos e extralinguísticos, gestos, entorno físico e psíquico

Língua Escrita:

- Palavra gráfica

- É mais objetiva.

- É possível esquecer o interlocutor

- É mais sintética.

- A redundância é um recurso estilístico

- Comunicação unilateral.

- Ganha em permanência

- Mais correção na elaboração das frases.

- Evita a improvisação

- Pobreza de recursos não-linguísticos; uso de letras, sinais de pontuação

- É mais precisa e elaborada.

- Ausência de cacoetes linguísticos e vulgarismos

- O contexto extralinguístico tem menos influência

2. Registros da língua falada

Há pelo menos dois níveis de língua falada: a culta ou padrão e a coloquial ou popular. A linguagem coloquial também aparece nas gírias, na linguagem familiar, na linguagem vulgar e nos regionalismos e dialetos.

Essas variações são explicadas por vários fatores:

- Diversidade de situações em que se encontra o falante: uma solenidade ou uma festa entre amigos.

Grau de instrução do falante e também do ouvinte.

Grupo a que pertence o falante. Este é um fator determinante na formação da gíria.

Localização geográfica: há muitas diferenças entre o falar de um nordestino e o de um gaúcho, por exemplo. Essas diferenças constituem os regionalismos e os dialetos.

Atenção: o dialeto é a variedade regional de uma língua. Quando as diferenças regionais não são suficientes para constituir um dialeto, utiliza-se os termos regionalismos ou falares para designá-las. E as pichações têm características da linguagem falada.

3. A língua falada como recurso literário

A transcrição da língua falada é um recurso cada vez mais explorado pela literatura graças à vivacidade que confere ao texto.

Observe, no trecho seguinte, algumas das características da língua falada, tais como o uso de gírias e de expressões populares e regionais; incorreções gramaticais (erros na conjugação verbal e colocação de pronomes) e repetições:

Exemplo:

"– Menino, eu nada disto sei dizer. A outro eu não falava, mas a ti eu digo. Eu não sei que gosto tem esse bicho de mulher. Eu vi Aparício se pegando nas danças, andar por aí atrás das outras, contar histórias de namoro. E eu nada. Pensei que fosse doença, e quem sabe não é? Cantador assim como eu, Bentinho, é mesmo que novilho capado. Tenho desgosto. A voz de Domício era de quem falava para se confessar:

– Desgosto eu tenho, pra que negar? ... "

(Pedra Bonita, de José Lins do Rego)

4. Registros da língua escrita

Além dos dois grandes níveis – língua culta e língua coloquial –, os registros escritos são tão distintos quanto

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