Antigamente é que era bom – O boom da propaganda brasileira nos tempos da tesoura

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O contrato de Moreno encerrou em 2013, assim como a parceria entre Olivetto e Petit, após quase 40 anos afrente a marca.

Durante sua carreira, Olivetto já ganhou mais de 50 Leões de Ouro. Foi, ainda o único latino americano a ganhar um prêmio Clio Awards, em 2001. O reconhecimento de seu trabalho e sua carreira marcada por parcerias entre colegas latinos demonstra um laço entre a publicidade nacional e a de países de língua espanhola.

Propaganda infantil – um caso em especial

Durante os anos de chumbo, a tesoura tratava de cortar tudo o que não interessasse ao regime, como propaganda “comunista” ou anti nacionalista. No entanto, como era popularmente conhecida, a tesoura era burra. Os reguladores do órgão de propaganda do governo prestavam atenção ao que podia desinteressar ao regime militar, ignorando que, às vezes, nossos publicitários podiam não ser lá muito politicamente corretos.[pic 5][pic 6]

Fumar nos anos 70 era um hábito naturalizado entre adultos, e simbolizava independência, poder de decisão, tranquilidade, entre outros significados subjetivos. E duas coisas são comuns a crianças em idade escolar: morder o fundo das canetas e imitar o comportamento dos pais. A empresa Sylvapen, então, era um produto que atenderia brilhantemente aos dois apelos dos pequenos. As canetinhas hidrográficas coloridas vinham até numa embalagem que se assemelhava muito a uma carteira de cigarros.

Tempos modernos

Apesar da repressão ao conteúdo, nos anos 70 as telecomunicações ganharam valor com a profissionalização do mercado criativo e a adição da cor. As rádios tiveram de rever todo o seu repertório e grade de programação, uma vez que o pelo da imagem superou o do som, e o velho hábito de reunir a família em torno do rádio para ouvir as notícias simplesmente trocou de protagonista. A propaganda ganhou mais espaço e passou a se valer da música, os jingles, para passar a mensagem publicitária.

Além disso, o modo de se produzir ganhou o timing oriental de produzir e a publicidade brasileira, que sempre teve de se adaptar de forma criativa aos poucos recursos para criar boas peças publicitárias, teria de aprender a trabalhar de forma mais rápida e com pouco dinheiro. É nessa época que a profissão ganha status de academia, com curso universitário. É de onde vem a geração de Olivetto: um tempo de mudanças frenéticas no modo de produção, agora com embasamento teórico reforçado, e novos recursos tecnológicos que possibilitariam mais liberdade de criação.

[pic 7][pic 8]

Apesar da repressão ao conteúdo, nos anos 70 as telecomunicações ganharam valor com a profissionalização do mercado criativo e a adição da cor. As rádios tiveram de rever todo o seu repertório e grade de programação, uma vez que o pelo da imagem superou o do som, e o velho hábito de reunir a família em torno do rádio para ouvir as notícias simplesmente trocou de protagonista. A propaganda ganhou mais espaço e passou a se valer da música, os jingles, para passar a mensagem.

Além disso, o modo de se produzir ganhou o timing oriental de produzir e a publicidade brasileira, que sempre teve de se adaptar de forma criativa aos poucos recursos para criar boas peças publicitárias, teria de aprender a trabalhar de forma mais rápida e com pouco dinheiro. É nessa época que a profissão ganha status de academia, com curso universitário. É de onde vem a geração de Olivetto: um tempo de mudanças frenéticas no modo de produção, agora com embasamento teórico reforçado, parcerias latino americanas e novos recursos tecnológicos que possibilitariam mais liberdade de criação.

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Bibliografia:

- Tungate, Mark - História da Propaganda Mundial.

- Quem online - “RECORDISTA MUNDIAL, CARLOS MORENO, O 'GAROTO DA BOMBRIL', É DISPENSADO APÓS 40 ANOS”

http://revistaquem.globo.com/QUEM-News/noticia/2017/02/recordista-mundial-carlos-moreno-o-garoto-da-bombril-e-dispensado-apos-40-anos.html

- Wikipédia.org – “Washington Olivetto”

https://pt.wikipedia.org/wiki/Washington_Olivetto

- Blog A Boina – “Publicidade anos 70: a mensagem ontem, hoje (Parte 1)

https://blogaboina.com/2015/10/28/publicidade-anos-70-a-historia-e-a-mensagem-de-ontem-hoje-parte-1/