Resenha Gerra Civil na França. K.M
Por: Evandro.2016 • 16/8/2018 • 2.081 Palavras (9 Páginas) • 274 Visualizações
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contra o povo francês. Ocorre que a guerra termina com a rendição de Luís Bonaparte e a proclamação da República em Paris, como forma de conter a insatisfação nacional.
Após isso, como se temia, a guerra transforma-se radicalmente a Prússia opta pela conquista, segundo os prussianos isso se justifica devido ao do imperador da França Luís Bonaparte ter atacado a nação alemã. A qual tinha grande facilidade para invadir a França, visto que tinha posse de territórios estratégicos. Marx critica a ideia militar como princípio de estabelecimento de fronteiras entre as nações. Sob esse ideal contraditoriamente os alemães julgavam-se um povo pacífico, pois para eles garantias materiais, ou seja, territoriais são mecanismos para evitar novas guerras.
A classe operária alemã apoia a guerra posto a impossibilidade de impedi-la, foram eles que integraram as forças armadas, abnegando as condições as quais viviam suas famílias, quando não dizimados na guerra o seriam em suas casas. Essa classe como garantia de seu enorme sacrifício pedem, após sua derrota, a paz com a França e o reconhecimento da república francesa. De forma que o Comitê Central do Partido Operário Social Democrata da Alemanha publica um manifesto insistindo energicamente nesses pedidos, pedem ainda a extradição de Luís Bonaparte para a França. Marx, diz ainda que os operários alemães eram totalmente diferentes dos burgueses daquele país.
O autor diz que a República Francesa não derrubou de vez o trono, apenas ocupou o lugar vago. Foi proclamada, segundo ele como uma medida nacional e não uma conquista social. Ele questiona a exigência de um governo possível, e se esta república seria uma ponte para a monarquia. Marx diz, então que os operários franceses enfrentarão grandes problemas, e para tanto devem cumprir seus deveres como cidadãos sem se esquecer de planejar o futuro. Igualmente, devem ser precursores para a emancipação do trabalho; Marx termina o manifesto louvando a república, haja vista sua fonte de possibilidades.
A outra parte da obra consiste no “Manifesto do Conselho Geral da Associação Internacional dos Trabalhadores sobre a guerra civil na França em 1871”; nela Marx fala da comemoração geral francesa pela proclamação da república. Em meio a esta houve o apropriação de Thiers - primeiro ministro francês e de Luís Bonaparte - e sua quadrilha do Hôtel de Ville, a visão deles era que deveriam defender a França em todas as crises, por isso queriam usurpar os seus já não validos títulos. Devido ao fato dos chefes operários se encontrarem presos em cadeias bonapartistas e os prussianos avançarem cada vez mais sobre Paris, a capital Paris permitiu que tal grupo assumisse o poder, com o pretexto de proteger a França.
No momento em questão, dado o eminente perigo, foi necessário que Paris se armasse, ou melhor, que se armasse a classe operária. Esta ideia representaria caso os operários vencessem, uma vitória sobre a classe dominante. Sem saída o governo de então se converteu no governo da traição nacional. Marx exprime que o ideal de Trochu - líder militar e politico francês - era a capitulação de Paris.
Em seguida o autor revela a trajetória de Thiers frente ao governo que teve não só como pedra angular a escravização do trabalho pelo capital, mas também a acusação de serem os integrantes da Comuna uns criminosos. O texto escrito descreve com várias criticas e desmerecimentos as ações de Thiers.
Em virtude do fervor dos acontecimentos, objetivando a obtenção do controle do país depois das sucessivas guerras, Thiers decide desarmar a população proletária de Paris, que havia disposto desse artificio para fins de combate na guerra prussiana. O Segundo Império elevou muitos os gastos tornando a divida nacional cada vez maior e se esperava que os trabalhadores arcassem com tal, e se caso a república viesse a cair, os burgueses e os “rurais” poderiam arcar com as despesas.
A fim de impedir uma insurreição proletária Thiers pede em nome da maioria da Assembleia de Bordéus, a imediata ocupação de Paris pelas tropas prussianas, o que não era objetivo de Bismark.
A segunda parte deste manifesto consiste na explicação de que o obstáculo à conspiração contrarrevolucionária era a Paris armada. Thiers, então exige que as armas da Guarda Nacional fossem devolvidas ao Estado, assim a guerra civil é desencadeada. Mas internamente mantinha um governo instável com as Províncias e com a própria Guarda Nacional, a qual exterminou os dois generais aliados a seu governo. Marx discorre sobre a desestabilidade interna entre os interesses de Versalhes e de Paris. Desencadeando sem delongas o despertar da Comuna em março de 1871.
O proletariado emite um manifesto informando que tomaram direção dos negócios públicos. Marx fala do processo de opressão de classe, e queria mostrar que o Estado agora não se portava a favor de classe alguma. A comuna segundo ele era a antítese do império, ele descreve a composição da Comuna chamando atenção para a existência de uma relatividade de cargos públicos. Uma das ações de maior destaque feitas pela Comuna foi a destruição de forças dominantes, tais como a policia e a igreja. Transformou também outras áreas como a social e econômica.
O governo da Comuna deu lugar ainda aos produtores pelos produtores, representava basicamente todos os elementos da ordem francesa. Mostrava ademais grande autonomia local, buscando sempre a emancipação da classe operária, segundo Marx, seria a comuna o passo para a transformação da ordem.
O texto após uma exposição sobre os feitos da Comuna, afirma que recuperado o fôlego de Versalhes as represálias violentas contra o movimento se iniciam. Os jornais o banalizavam acusando aqueles que o compunham de criminosos. Thiers usa de uma tática irônica para atacar Paris: desde seus primeiros discursos promete não invadir a Comuna, mas sim tentar uma rendição.
A quarta parte do manifesto, diz respeito à busca de Thiers por um exército, já que o que tinha era razoável e pouco confiável. Bismarck, então devolve parceladamente os prisioneiros de guerra o que permite a formação mais eficaz do exército. Thiers tentou unir as províncias a seu favor, fazendo novas eleições e juntamente jurando não atacar a Comuna. O que de imediato não funcionou, mas posteriormente assinou um tratado de paz com Bismarck, e mediante as exigências do mesmo conseguiu a ajuda da Prússia.
Marx compara Thiers aos imperadores romanos, por ambos matarem a sangue frio, e assim se seguiu a tomada da Comuna por Versalhes. Foi uma semana sangrenta, com muitas mortes
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