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Reflecoes sobre o estudo antropologico

Por:   •  17/5/2018  •  1.083 Palavras (5 Páginas)  •  323 Visualizações

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Clifford vai atentar que os meios para a descrição de determinadas culturas são de certo modo limitados, pois estes partem sempre do antropólogo , descrevendo a cultura estudada, diz que por muito tempo, dava-se ênfase ao poder de observação do pesquisador treinado, como se uma cultura pudesse ser aprendida apenas com a observação de tal estudioso.

Atenta para a autoridade exercida pelo antropólogo, quando em suas obras tenta comprovar que este de fato esteve lá,e assim pressupõe que conheça tal cultura, diz que tenta-se mostrar que tal estudo foi proveitoso, pela união do leitor e do nativo durante a formação do de um dialogo entre ambos na produção textual. É interessante perceber isto pois ao estar em campo, deduzindo o que Wagner apontou de que o antropólogo já vai a campo com significados as coisas devido a sua vivencia cultural, que ao escrever uma produção etnográfica por exemplo, e estudar alguma cultura por meio da observação participante, este estará fazendo uma analise ou descrição da determinada cultura com base em seu pré supostos culturais, e para além de uma visão bem subjetiva de tudo que ele vê, acredita e da significado.

Clifford mostra que , o etnógrafo ao fim de sua coleta de informações e anotações ,vai embora levando as narrativas em textos que serão interpretados somente depois. É interessante pois os discursos as narrativas, não se auto explicam, ou já possuem um significado a priori, elas serão compiladas depois seguindo os trações subjetivos do etnógrafo, que dará significado as informações colhidas em campo.

Segundo ele mesmo na produção de um etnografia onde varias vozes são retratadas que rompe como modelo de etnografias com uma única voz contendo diversos informantes e propondo uma forma colaborativa do conhecimento, ainda assim tendem a servir apenas como exemplos ou testemunhos, que são citados por quem esta escrevendo o trabalho.

Mesmo que o estudo das culturas seja uma característica da cultura ocidental, Clifford atesta que a consciência etnográfica não pode mais ser considerada como monopólio das culturas ocidentais, pois quem antes era estuda agora faz seus próprios estudos. O choque cultural entre as duas culturas fez que os nativos aprendessem a cultura ocidental, mas também o conceito de cultura.

BIBLIOGRAFIA:

WAGNER, Roy. A presunção da cultura. In.: A invenção da cultura. São Paulo: Cosac Naify, 2010. p.27-46

CLIFFORD, James. Sobre a autoridade etnográfica. In: A experiência etnográfica: antropológica e literatura no século XX. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1998. 320p.

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