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O Deslocamentos do vagabundo: Um ensaio sobre a manifestação do Vagabundo em situações da atualidade; vagabundo esse, citado por Bauman no texto: Turistas e Vagabundos, do livro "As consequências da Globalização".

Por:   •  10/12/2018  •  1.207 Palavras (5 Páginas)  •  410 Visualizações

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os royingya, que são muçulmanos, são considerados imigrantes

ilegais de Bangladesh e, por isso, não têm direito à cidadania e sofrem discriminação, por

exemplo, no acesso ao sistema público de educação ou mesmo em empregos no

funcionalismo público.

De acordo com a ONU, os rohinngya são um dos povos mais perseguidos em todo

o mundo. As tensões étnico-religiosas datam do golpe militar de 1962, mas explodiram a

partir de 1982, com o decreto presidencial que criou as "oito etnias oficiais" do país, que,

além de excluir os rohingya, confinou a minoria à região de Rakhine. Além disso, a nação

esteve 50 anos sob uma ditadura militar, mas hoje vive em uma dita democracia. Com

esse êxodo para o vizinho Bangladesh, despertaram-se acusações de graves violações de

direitos humanos por parte da ONU.

Diante de toda esta triste situação, surge uma petição online solicitando para que

Nobel retire prêmio da líder do governo, Aung San Suu Kyi. Segundo a petição, a líder

’não fez nada para parar os crimes contra a humanidade no seu país’. Mais de 370 mil

pessoas já assinaram o documento online.

Bauman explana em seu livro que vivemos em uma sociedade de consumo,

amplamente. Porém, ele explica que sociedade de consumo não significa necessariamente

a existência de consumidores, já que estes existem desde outros tempos. Quando o

sociólogo se refere à sociedade de consumo, ele quer dizer que nos tempos modernos,

pois na fase industrial, era a época da “sociedade de produtores”. Segundo Bauman, existe

uma diferença de abordagens, se antes as pessoas deveriam ser produtores, hoje o papel

que elas devem desempenhar na sociedade pós-moderna é o de consumidores, de forma

ampla. Essas mudanças fazem diferença nos aspectos da sociedade, culturalmente e

individualmente. Esta sociedade de consumo, segundo o sociólogo, pode ser distinta das

outras, já que o consumidor é diferente.

A fácil perda do interesse, a impaciência são algumas das características das pessoas

inseridas na sociedade de consumo. Além do desejo de consumir, os ‘produtos’ são cada

vez menos duráveis. Nesse jogo de necessidades e satisfação, Bauman diz que a promessa

de ‘satisfação com algo’ é maior do que ‘uma necessidade efetiva’.

Segundo Bauman, os indivíduos da sociedade de consumo estão sempre em

movimento, procurando objetos de desejo e não se sentem mal, pois é uma espécie de

aventura. Para manter o movimento, os indivíduos consumidores devem estar em um

estado de excitação incessante e também de insatisfação com algo.

Em contrapartida, e ocupando uma parcela maior na sociedade, estão os

‘vagabundos’; no presente caso: os imigrantes.

Todo mundo pode ser lançado na moda do consumo; todo mundo pode desejar

ser um consumidor e aproveitar as oportunidades que esse modo de vida

oferece. Mas nem todo mundo pode ser um consumidor. Desejar não basta;

para tornar o desejo realmente desejável e assim extrair prazer do desejo, deve-

se ter uma esperança racional de chegar mais perto do objeto desejado. Essa

esperança, racionalmente alimentada por alguns, é fútil para muitos outros.

Todos nós estamos condenados à vida de opções, mas nem todos temos os

meios de ser optantes. (BAUMAN,1998 p.93)

Esses, por sua vez, não possuem a liberdade de escolha, seja para ir, seja para ficar.

São movidos por circunstâncias, pelas mudanças no sistema, pela globalização em seu

sentido mais real do que qualquer estudioso do assunto poderia definir. O autor cita alguns

exemplos como: “controles de imigração, as leis de residência, a política de “ruas limpas”

e “tolerância zero” (p.96) as inúmeras barreiras impostas aos imigrantes que quando não

são convenientes ao local ou situação em que estão inseridos, são escorraçados,

deportados sem nenhuma chance de argumento ou apelo.

Os primeiros viajam à vontade, divertem-se bastante viajando (particularmente

se vão de primeira classe ou em avião particular), são adulados e seduzidos a

viajar, sendo sempre recebidos com sorrisos e de braços abertos. 97 Os

segundos viajam às escondidas, muitas vezes ilegalmente, às vezes pagando

por uma terceira classe

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