Instituições Totais

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O controle de informação também se encaixa nesta categoria. Em muitos casos ao ser admitido o internado acompanha uma ficha com informações degradantes sobre o seu passado da qual a equipe dirigente tem acesso e faz uso dessa informação em momentos oportunos se necessário. As visitas controladas acontecem sobre supervisão ou até em grupos sem a menor privacidade do que está sendo conversado ali. Em casos como manicômios e prisões ainda tem o agravante da descrença no internado, onde não importa o que ele diga ou faça ele é um louco/criminoso por isso não merece crédito ou é um sintoma do seu desequilíbrio.

Gostaria de ressaltar vários aspectos do texto como o circuito, o sistema de castigo e recompensa e as estratégias de resistência mas em um esforço de não me delongar destaco aqui a impressão que pode ser predominante de que a equipe diretora usa destas estratégias por pura maldada, impressão esta que não poderia estar mais equivocada já que o texto deixa claro que estas instituições tem um objetivo disciplinador. Tais estratégias visam uma maior eficiência no tratamento, no controle, na educação ou na disciplina dos internados. Fato é que ambos internados quanto equipe passam por processos difíceis de viver, assistir ou praticar e em nome dessa eficiência acabam por se desumanizar. Uma enfermeira que é uma boa cidadã e se compadece do de todo tipo de mal ao ver o jornal pode ter praticado terapias de eletrochoque, sem perceber que estava ferindo uma pessoa, apenas queria manter o controle eficaz sobre um paciente que pode considerar agitado ou violento. Assim como muitos internado perdem grande parte ou totalmente sua individualidade dentro dos muros das instituições totais, tudo em nome da eficiência.

Bibliografia:

Goffman, Erving. Manicômio, prisões e conventos. 8ª edição, São Paulo: Ed. Perspectiva S.A, 2008.

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