Dworkin, utiliza como base para comprovar a funcionalidade das ações afirmativas o estudo The Shape of the River.

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Os críticos da ação afirmativas questionam, portanto se essa deveria passar pelo escrutínio “frouxo” ou “estrito”. Segundo Dworkin o escrutínio “frouxo” parece à primeira vista o adequado, pois a classe de candidatos jovens brancos que se prejudica não pode ser considerada como uma classe “suspeita”. Por outro lado, as ações afirmativas também podem ser analisadas pelo “método da régua de cálculo” que para a autor seria mais eficiente (quando se analisa caso a caso) para perceber se há indícios de discriminação (racial no caso) ou se a intenção é aumentar a diversidade. Dworkin concorda no fim com a versão da refutação que argumenta que as ações afirmativas não são inconstitucionais (ou seja, são justas) pois não visam discriminar negativamente os candidatos negros, mas positivamente de modo a lhes oferecer mais oportunidades. O autor ainda frisa que a Emenda em questão não deixa explicita a proibição de todas as classificações raciais, reforçando o caráter inclusivo das ações afirmativas.

Dworkim argumenta que é legitima a demanda da universidade por diversidade: “de origem geográfica, de classe social e de orientação cultural” (página 602) e que essa última não equivaleria a diversidade racial, que como as outras também deveria ser inclusa nas ações afirmativas”. O autor conclui portanto que as ações afirmativas são um ótimo instrumento para diminuir o racismo tão enraizado nos Estados Unidos, a medida que não se constitui como uma medida retroativa ou de compensação de grupos ou raças, mas sim que ofereça e esses grupos um futuro melhor, com oportunidades mais iguais.

Concluindo, só poderia salientar a necessidade das ações afirmativas através da nossa experiência. Quando se mora no interior do país a diversidade que você tem contato é extremamente restrita e quando se ingressa em um meio acadêmica que realizou ações afirmativas deparamos com colegas, historias e contextos muito distantes e diferentes do que a vida inteira tivemos contatos, aprendemos com os outros, aprendemos a aceitar o que é diferente e se aprende como é importante a empatia. A experiência se torna extremamente enriquecedora não só no aspecto acadêmicos já que os textos são complementados com experiências vividas, mas a visão de mundo é ampliada com o contato de outras visões.