Durkheim - 150 anos
Por: Rodrigo.Claudino • 11/3/2018 • 905 Palavras (4 Páginas) • 302 Visualizações
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Segundo a construção estabelecida pelo autor, entre 1950 e 1960, consolidara-se, no Brasil, a ideia de que “as obras de Durkheim seriam pouco afeitas à modernidade e à mudança social”. Mesmo com a tradução de As Regras do Método Sociológico, em 1950, a sociologia brasileira continuou se afastando das teorias durkheimianas. Um exemplo, para o autor, é que mesmo com a criação, em 1960, da Revista Brasileira de Ciências Sociais nenhum autor Durkheimiano se fez presente. Para o autor, nenhuma das instituições brasileiras envolvidas com o tema sociológico, nenhuma delas se envolveram com um interesse em Durkheim. Deixando, dessa forma, a ideia de que “fica-se com a ambígua impressão de uma obra que merecia continuar a ser lida, mas que havia envelhecido mal” (OLIVEIRA, 2009, p.246).
Oliveira continua no que fora descrito, estabelecendo os dados que exemplificam o “esquecimento” sobre a obra de Durkheim no Brasil, citando, por exemplo, até mesmo o centenário de lançamento Das Regras, bem como dos estudos sobre o Suicídio que, na prática, acabou sendo esquecida no Brasil, provocando pouco debate. Causando, dessa forma, a necessidade de perguntar: “se Durkheim é tão importante para diversos sub-campos da Sociologia [...], da Antropologia [...], da Ciência Política, da História e da Psicologia, por que sua obra continua tão pouco discutida no cenário brasileiro?” (OLIVEIRA, 2009, p.249, 250).
Considerações pessoais:
O texto apresentado demonstra que, apesar dos estudos universitários feitos no Brasil sobre a obra de Durkheim, o estudo Durkheimiano não passa das salas de aulas (de diversos cursos). Apesar de as análises serem rasas, até mesmo pelo teor do texto, o texto consegue estabelecer as relações históricas sobre o estudo e compartilhamento, especialmente nas Ciências Sociais, que ora não produziu grandes coisas tendo como base o referencial durkheimiano. Das não traduções e até mesmo por grandes obras serem ignoradas, concorda-se que Durkheim, ainda que sendo forte, como pensador, no Brasil, passou despercebido ou, ao que a mim parece, mal compreendido. Talvez pelas condições sociais encontradas em solo brasileiro, ou ainda, pela experiência acadêmica dos pesquisadores brasileiros.
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