Departamento de Ciências Sociais e Humanas Variante Sociologia

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que há certa relação entre dimensões do Welfare State e a força política dos partidos socialistas e dos sindicatos operários.

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Uma outra perspetiva teórica é o neomarxista, tendo como principais teóricos: Clouss Offe e Adam Przerworski. Eles analisaram a compatibilização entre os direitos gerais d cidadania e a desigualdade social mitigado pelas políticas públicas tendo em conta dois argumentos. Primeiro enfatiza que a natureza competitiva da dinâmica político-partidária das democracias de massa teria produzido importantes transformações no universo político. O segundo declara que a provisão pública de Bem- Estar Social teria dissolvido o conflito de classe á mercantilização do trabalho. Esse argumento em como propósito desvendar trade-aff entre o capitalismo e Welfare State, sendo assim as políticas sociais seriam uteis e funcionais ao capitalismo. Por um lado, suavizam a redução doa atritos inerentes a operação do Estado capitalista, viabilizam simultaneamente a produção e a circulação e por outro garantem a legitimidade ao Estado (os trabalhadores se tornariam mais dóceis).

O autor realça outro modelo analítico denominado Modelos dos recursos de poder ou Paradigma Social-democrata. Essa teoria consolidou-se nos últimos anos da década de 1970, tendo como principais expoente: Walter Korpi, Gosta Esping-Andersen e John Stephens. De acordo com essa teoria o Estado de Bem-Estar social teria sido o resultado da união do movimento trabalhista e de seu poderio crescente na sociedade civil e na esfera pública. Eles demostraram que há uma correlações de níveis de gastos, índice de sindicalização e estabilidade dos governos de esquerda, pois esta perspetiva torna-se útil para explicar o desenvolvimento do Welfare State nos países escandinavos, porém é insuficiente para explicar o mesmo fenómeno em sociedades não democráticas. O Estado nesse contexto desempenha um papel muito importante, na medida em que ele não é apenas um elemento passivo mas é ali que os diversos grupos de pressão procuram fazer prevalecer os seus direitos. O autor realça uma outra teoria ``Novo institucionalização”

Na segunda parte ou secção intitulado «Tipologia do Estado de Bem- Estar e Regimes Políticos Sociais», Faria apresenta dois modelos históricos. O modelo Bismarckiano de Estado de Bem – Estar Social e o modelo Beveridgeano de Estado de Bem-Estar Social.

O modelo Bismarckiano tem com o teórico Chanceler Bismarck, foi implementado na Alemanha imperial durante a década de 1880. Foi associado a ideia de seguridade. Caracteriza-se pelo seu carater seletivo ou corporativa tendo como propósito pacificar

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os operários industriais, mina a organização trabalhista e promover a paz social. Tem como metas consolidar a integração de Estado independente da Alemanha com a administração centralizada da seguridade social. Caracterizava-se por benefícios fixos e uniforme sem qualquer dependência da renda dos beneficiários.

O modelo Beveridgeano, surgiu das reformas Welfare State introduzidas na Inglaterra do pós-guerra com seu principal arquiteto William Beveridge.

Nos anos 40 Beveridge deu um grande contribuição, que foi buscar uma integração dos mecanismos de seguridade social tendo como objetivo adequar a seguridade nacional às características do mercado de trabalho da época. Essa conceção procura associar uma lógica administrativa. «O plano de Beveridge concebia um estado de Bem-Estar Social cuja principal função seria compensar os indivíduos pela perda de salários (...)» pág.52

O autor Richard Titmuss (1974) sugeriu a existência de três funções ou modelos contrastante de política social. Modelo Residual, Modelo Redistributivo Institucional.

Modelo Residual proveniente dos Estados Unidos, concebe que as necessidades individuais são mais adequadamente satisfeitas pelo mercado ou pela família. Atribui-se ao Estado um papel marginal enquanto as instituições privadas do mercado desempenham um papel preponderante.

Modelo Redistributivo Institucional, os serviços e benefícios são concebidos de forma universalista independentemente do mercado e tomando por base o princípio da necessidade. (...) «O Bem- Estar individual é vista como responsabilidade da coletividade e a meta é alcançar um maior igualdade entre os cidadãos (...)» pág.54

A terceira e última parte intitulado «um olhar de Género sobre o Welfare State: A mudança de paradigma Ensejada pela crítica feminista.

(...) «As mulheres que participaram dos movimentos reivindicatórios das décadas de 60e 70 nos Estados Unidos carregavam durante as manifestações cartazes que dizem «Obrigado por nada» (...)» pág.60

A teorização feminista sobre o Estado de Bem – Estar Social é derivada de duas vertentes, segundo Annshola Ordoff.

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A abordagem socialista que procurava interpretar pela ótica do género as análises marxistas acerca de determinadas especificidades do sistema capitalista que o Welfare State supostamente reforça, pois esta sublinhava as relações entre o capitalismo e o patriarcado. A abordagem liberal e a teoria da democracia que criticavam os países fundadores e seus seguidores, que teriam negligenciado as questões de género na análise da cidadania e da participação política.

No que tange às pesquisas sobre o Estado de Bem-Estar Social, as pesquisadoras passaram a criticar a influência dos regimes de Esping-Andersen.

(...) «Esping-Andersen apesar de demostrar um certo sensibilidade para o potencial emancipador e regulador da extensão da cidadania social, e não obstante sua declarada intenção de analisar as inter-relações entre família (...) pág.61

A crítica feminista pretende investigar a fundo o modo como diferentes regimes de Bem-Estar Social afetam a participação das mulheres no mercado de trabalho, sua mobilidade