Utilização Histórica dos Pigmentos.
Por: Lidieisa • 4/3/2018 • 5.193 Palavras (21 Páginas) • 336 Visualizações
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Capítulo 3. Pigmentos e restauração. 18
3.1. Importância dos pigmentos para restauração. 18
3.2. Ampliação de banco de dados de pigmentos de obras originais com a ajuda de técnicas modernas de análise. 19
Capítulo 4. Pigmentos e o meio ambiente. 21
4.1. Dicas ecológicas. 21
4.2. Extração de Pigmentos. 21
4.2.1. Para a extração de pigmentos líquidos utilizam-se os seguintes processos: 21
4.2.2. Para obtermos pigmentos em pó, podem-se usar os seguintes processos: 22
4.2.3. Lista de sugestões de itens naturais para coleta de pigmentos. 22
4.3.Aglutinantes. 23
4.4. Preparo das tintas. 24
Capítulo 5. O Material do professor 26
Introdução
O material “Pigmentos” trata-se de uma ferramenta que propõe um trabalho que envolve a pesquisa de materiais que podem ser usados como fonte de pigmentos naturais através da experimentação e a utilização dos mesmos em produções artísticas desenvolvidas em aula.
Ele conta com um conteúdo teórico sobre a utilização dos pigmentos através dos diferentes períodos da história da humanidade, imagens de obras, propostas de atividades e um livro de receitas ilustrado que, além de reunir todas as receitas de obtenção de pigmentos naturais, dispõe de folhas em branco para que os alunos possam registrar suas próprias descobertas.
Capítulo 1 - O que é pigmento?
Pigmento é o fator que determina a cor de algo. É a substância usada para dar cor a uma tinta, às plantas, que seria a clorofila e até mesmo a nossa pele, chamado de melanina.
Os pigmentos são usados para diversos fins: tingir roupas, instrumentos, e não é de hoje que eles existem. Na História temos relatos que os homens retiravam pigmentos das plantas para reproduzir as cores da natureza. Como exemplo temos os índios, os quais desde os tempos remotos já pintavam o corpo com urucum, e até os chiques europeus usavam legumes para dar cor as suas roupas.
O pigmento é uma substancia que tem a capacidade de alterar a cor da luz transmitida ou refletida como resultado de uma absorção do material. Os materiais que foram escolhidos e desenvolvidos para serem usados como pigmentos possuem propriedades especiais que os tornam ideais para colorirem outros materiais.
Graças aos pigmentos, é possível conferir uma determinada cor à comida, à roupa e aos produtos de cosmética, por exemplo. Por norma, usam-se pigmentos em pó, que se acrescentam a algum material incolor ou de tom muito ténue. Existem pigmentos que atuam como colorantes permanentes e outros que, com o passar do tempo, deixam de tingir a substância em questão.
1. . Pigmentos naturais
Entre as principais fontes para obtenção de corantes naturais estão as plantas (folhas, flores e frutos), animais (insetos) e micro-organismos (fungos e bactérias).
A compreensão da localização e das propriedades dos pigmentos naturais é muito importante para o direcionamento correto de um processo, com o intuito de dissecar sobre o local onde se vive, e é muito importante, também, para o desenvolvimento e aplicações de corantes.
A utilização de corantes naturais depende principalmente da sua extração econômica a partir de fontes naturais. Durante a extração, os corantes são passíveis de sofrerem oxidação, isomerização, fotooxidação ou formação de complexos metálicos, porém devido a complexidade científica, o problema de oxidação deverá ser ignorado no trabalho com os alunos, e se possível trabalhado em conjunto a matéria de ciências.
A coleta de matérias pode ser feita a partir um número gigantesco de itens ao nosso redor, itens que utilizamos ingerimos e não fazemos ideia do quanto pode ser útil para utilização no meio artístico, como nozes, cascas, raízes, frutas, pétalas, aparas de madeira, folhas, partes de flores e plantas inteiras, insetos, terra, entre outros. As plantas em especial são capazes de fornecer mais de 500 cores. Qualquer tipo de terra pode ser usado para fazer tinta, a escolha vai depender da cor e do efeito que se busca.
As tintas naturais são utilizadas pela humanidade há mais de 5.000 anos, com o começo ainda na era neolítica. Corantes derivados da planta Isatis tinctoria (woad) vieram mais tarde, durante a Idade do Bronze. Os egípcios introduziram raiz de açafrão, cúrcuma e índigo (extraído da planta Indigofera tinctoria, de coloração azul). No final de 1700, os italianos começaram a substituir os corantes naturais por produtos químicos.
A técnica entrou em desuso quando a indústria química criou o primeiro corante sintético em 1856. A descoberta foi do químico inglês Sir William Perkin. A partir daí, muitas pesquisas foram desenvolvidas e cada vez mais os corantes artificiais passaram a ocupar o lugar dos naturais. Em 1868, a Alizarina ganhou seu equivalente químico e em 1880 é a vez do azul índigo.
Na metade do século XX surge a tinta acrílica. Nos laboratórios, novas cores continuam a ser descobertas e criadas, como as tintas fosforescentes. Na década de 80 havia 3 milhões de cores disponíveis. Desde então, o homem vem utilizando indiscriminadamente estes corantes químicos para diversas finalidades.
Na década de 90, Estados Unidos, França e Inglaterra proíbem o uso de corantes químicos nas indústrias de alimentos e cosméticos.
(15 DE AGOSTO DE 2012, POSTADO POR REDAÇÃO ECOD www.ecodesenvolvimento.org/)
Capítulo 2. Utilização histórica dos pigmentos
2.1. Pré-História
O homem registra e manifesta suas idéias através da imagem desde os primórdios dos tempos. No período da pré-história, imagens eram produzidas nas paredes das cavernas através da utilização de pigmentos naturais, extraídos de minerais como o carvão e rochas ou conseguidos através outras fontes como sangue, plantas, ossos e terra de diferentes tonalidades.
Os sulcos e as áreas contornados por linhas eram enchidos com corantes naturais: terra,
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