O termo “Energia solar”

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Uma das fontes de energias que melhor se adequaria a realidade brasileira é a energia solar, uma vez que o país apresenta altos índices de iluminação o ano todo em praticamente toda a sua área, devido a sua posição privilegiada próxima a linha do Equador, o território apresenta clima tropical, com algumas variações de acordo com cada região, entretanto, até mesmo na parte mais ao sul do Brasil, com clima um pouco mais frio que as demais, apresenta grande incidência solar, esta chegando a ser até mesmo maior que os índices de iluminação de países europeus, onde o grau de aproveitamento desta fonte de energia é máximo.

O país possui um ótimo índice de radiação solar, principalmente na região Nordeste, especificamente no semiárido, onde, estão os melhores índices, com valores típicos de 1.752 a 2.190 kWh/m², por ano de radiação incidente (PACHECO, F. 2006).

Contudo, ainda são necessários muitos esforços para consolidar este modelo de produção energético no mercado brasileiro, pois há uma grande falta de projetos e programas de incentivo ao uso da energia solar, principalmente, pela geração térmica, por parte do Estado, mesmo depois deste ter firmado compromissos voluntários para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa (GEE’s) em percentuais próximos a 40% até o ano de 2020.

O desenvolvimento deste estudo tem sua relevância no fato de proporcionar uma análise do uso da energia solar (térmica e fotovoltaica) e propor uma série de incentivos ao uso desta na região da Chapada do Apodi, onde há pouca disseminação do uso das energias renováveis no cotidiano da população. Para tanto, foi executada uma pesquisa bibliográfica sobre a energia solar, um estudo sobre as aplicações e problemas apresentados na implantação desta, na cidade de Apodi; por fim foi elaborado um programa de incentivo a aplicação e desenvolvimento desta na região em questão.

No capítulo 1 são apresentados o problema das mudanças climáticas e a importância da utilização das energias renováveis. No capítulo 2 é mostrado as vantagens do uso da energia solar para o Brasil, já no capítulo 3 o contexto atual desta energia no país é mostrado. No quarto capítulo o desenvolvimento da energia solar nacionalmente é comparado a sua utilização em outros países. São apresentadas ainda, propostas para aumentar a implantação de projetos com energia solar na cidade de Apodi no quinto capítulo. O sexto capítulo expõe o conceito e as aplicações de um sistema de aquecimento por energia térmica. E finalizando tem-se as considerações finais retomando o já falado e fazendo um panorama crítico do trabalho e as condições dele.

- ENERGIAS RENOVÁVEIS

A crescente evolução tecnológica da sociedade moderna aponta para a necessidade da criação e utilização de novas fontes energéticas, para que esta continue o seu desenvolvimento, uma vez que ainda há uma forte dependência energética e de combustíveis originários fósseis, ou seja, de fontes não renováveis, estes são os principais meios de alimentação da produção de energia e de transporte em escala mundial.

As fontes de energia renováveis têm se mostrado de grande importância para a melhor aplicabilidade dos pilares da sustentabilidade: os setores social, econômico e ambiental. Por sua posição geográfica, o Brasil tem grande potencial para utilização de energia solar, o que levou o especialista Ricardo Rüther, do Laboratório de Energia Solar da Universidade Federal de Santa Catarina, a ponderar que “o lugar menos ensolarado do Brasil, Florianópolis, recebe 40% mais energia solar do que o lugar mais ensolarado da Alemanha (país famoso pela grande utilização dessa energia)”.

Além do esgotamento eminente destes, existe ainda a problemática das mudanças climáticas, ocasionadas pelo lançamento excessivo de gás carbônico (CO2) na atmosfera, que é a principal característica dos processos que utilizam produtos de origem fóssil e que resultou no fenômeno conhecido como “Efeito estufa”, que consiste no engrossamento das camadas atmosféricas terrestre e, consequentemente, no impedimento do retorno dos raios solares que chegam a superfície do planeta, resultando no aquecimento excessivo da Terra.

Por este motivo, a utilização das fontes renováveis de energia e combustível é apontada como uma solução mundial, pois ao mesmo tempo em que se busca a ampliação da oferta de energética para suprir o aumento da demanda a cada ano, faz-se necessário também reduzir os custos provenientes desta produção, levando em consideração ainda conceitos como sustentabilidade e cuidado com o meio ambiente.

- IRRADIAÇÃO SOLAR NO BRASIL

A localização do Brasil é altamente propícia para a geração de energia solar. Por se localizar próximo a linha do equador há alta incidência de raios solares na região praticamente o ano todo, o que permitiria ao país a produção sem grandes problemas. De acordo com o Atlas da Irradiação Solar no Brasil, por volta de 4500 Wh/m2 a 6300 Wh/m2 incidem diariamente nas terras brasileiras.

O Nordeste é a região onde existe o maior potencial de desenvolvimento para a energia solar, com os índices mais elevados de radiação do país, como é mostrado na Figura 1, e condições climáticas propícias para a prática. O Rio Grande do Norte se destaca, por apresentar uma média de 300 dias de sol por ano e pouca formação de nuvens diariamente, está entre os três estados com maiores taxas de radiação, de 780 a 800 Wh/m2, é cinco vezes maior que o potencial do maior produtor mundial, a Alemanha.

O RN chamou atenção de grandes empresas e, em 2014, houve um simpósio no estado com a participação do maior Instituto de pesquisa em energia solar da Europa, o Fraunhofer ISE, que resultou em parcerias. Atualmente o mercado está crescendo cada vez mais e a energia solar dá seus primeiros passos para se estabelecer no país. Mas, segundo o diretor executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia o Governo do estado deveria participar mais ativamente para aumentar os atrativos na área de produção solar.

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Figura 1: Índices de radiação solar do Brasil.

- CONTEXTO ATUAL DO BRASIL

Entretanto, a participação da eletricidade solar na matriz elétrica brasileira é mínima, chegando a ser desprezível. A principal causa do baixo desempenho do mercado brasileiro de energia solar é a falta de interesse do Estado. Outros problemas que impedem o aumento do potencial de instalação