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Potencial para aproveitamento da energia solar na região amazônica

Por:   •  18/5/2018  •  2.142 Palavras (9 Páginas)  •  542 Visualizações

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da energia do Sol (CRESESB, s/d).

Uma característica da região da amazônica é o grande numero de comunidades rurais e/ou isoladas, o que dificulta e encarece que a rede de destruição de energia elétrica chegue até as essas localidades. É importante ressaltar que mesmo as regiões com menores índices de radiação apresentam grande potencial de aproveitamento energético, mesmo com essa característica, essa forma de energia ainda é pouco utilizada no território nacional (Martins, 2005).

4METODOLOGIA

Foramanalisadas as cartas solarimétricas disponíveis pelo projeto SWERA (The Solar and Wind Energy ResourceAssessment) para os índices de irradiação solar global do território brasileiro realizado em 2000 e pesquisas voltadas para o aproveitamento da energia solar, com enfoque na região amazônica.

5REFERENCIAL TEÓRICO

Na busca do aproveitamento direto da energia solar, diversas tecnologias vêm sendo estudadas, com especial destaque para a conversão fotovoltaica. A conversão fotovoltaica constitui-se na conversão direta de energia luminosa em eletricidade, através do efeito fotovoltaico. O semicondutor mais usado atualmente para células fotovoltaicas é o Silício (Si), cabendo aqui ressaltar que o Brasil é o maior produtor mundial de Silício bruto (matériaprima), além de deter as maiores reservas mundial de minério deste elemento. (Galdino, s/d).

Um dos fatores que impossibilitava a utilização da energia solar fotovoltaica em larga escala era o alto custo das células fotovoltaicas. As primeiras células foram produzidas com o custo de US$600/W para o programa espacial. Com a ampliação dos mercados e várias empresas voltadas para a produção de células fotovoltaicas, o preço tem reduzido ao longo dos anos podendo ser encontrado hoje, para grandes escalas, o custo médio de US$ 8,00/W. Atualmente, os sistemas fotovoltaicos vêm sendo utilizados em instalações remotas possibilitando vários projetos sociais, agropastoris, de irrigação e comunicações. As facilidades de um sistema fotovoltaico tais como: modularidade, baixos custos de manutenção e vida útil longa, fazem com que sejam de grande importância para instalações em lugares desprovidos da rede elétrica (CRESESB, s/d).

Na Região Amazônica, o Estado do Pará responde por 6,3% da produção de energia hidráulica nacional e 73% da produzida na região. Mesmo assim, só no Pará, temos 1,5 milhões de brasileiros (25% da população paraense) sem acesso a um serviço público de energia elétrica. Para esses, a solução de conexão à rede interligada é difícil ou inviável, técnica ou economicamente, dadas as condições amazônicas, sendo o atendimento com geração descentralizada com rede isolada um caminho mais viável para esse atendimento (Almeida, s/d). PLANEJAMENTO ENERGÉTICO EM REGIÕES ISOLADAS

Nos países em desenvolvimento, a energia solar tem tido como agente impulsionador a sua aplicação para suprir pequenas demandas em áreas isoladas. Com uma parcela significativa da população vivendo na zona rural e ainda sem acesso à energia elétrica e a serviços sociais básicos, o Brasil e diversos outros países encontraram nesta tecnologia uma possível solução. No caso do Brasil, outro agente motivador, certamente, será a preocupação estratégica com a região Amazônica, na qual existe campo para aplicação de sistemas híbridos fotovoltaico/diesel. O Brasil tem uma vantagem significativa sobre os países desenvolvidos no que tange à utilização de energia solar, pois localiza-se numa faixa de latitude na qual a incidência de radiação solar é muito superior à verificada naqueles países (Galdino, s/d). O Contexto das Energias Renováveis no Brasil

Na 9ª reunião do Comitê Gestor do CTENERG (CTENERG, 2002) foram propostas algumas ações relacionadas à fixação de pesquisadores vinculados ao setor elétrico nas regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste, com um montante de recursos da ordem de R$ 9 milhões (Resolução 004 do CTENERG), além de programas de apoio à participação e promoção de eventos com recursos de R$ 3,5 milhões. Isso deverá estimular a formação de recursos humanos na área de energia nessas regiões (Jannuzzi, 2003). Com esse investimento, haverá expansão da energia solar, com o barateamento e maior eficiência dessa tecnologia a parti do aumento de pesquisas relacionadas à área.

6DESENVOLVIMENTO

As populações esparsas em grandes áreas da Amazônia Brasileira dificultam, por sua vez, o emprego de eletrificação convencional, mas podem ser atendidas por meio de energias renováveis, o que teria inclusive um caráter estratégico nas regiões de fronteira.

O mapeamento dos recursos para o aproveitamento energético solar feito pelo projeto SWERA (figura 1), mostra elevados índices de fluxo de radiação solar para a Amazônia, e também uma baixa variabilidade inter-sazonal, revelando a adequação desta região aos parâmetros técnicos exigidos para as tecnologias fotovoltaicas. Isso é decorrente das característicasclimáticas da Região, uma vez que apresenta nebulosidade e precipitação elevada nos meses de verão(dezembro a fevereiro) devido a forte influência da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), ocontrário perceber-se nos meses de inverno (setembro a novembro). Também a baixa variação daincidência de radiação solar sobre a região amazônica do que sobre as Regiões Sul e Sudeste, entre oinverno e o verão, devido ao deslocamento da ZCIT para o hemisfério norte, configurando-se em outracaracterística importante. A maior parte da Amazônia possui radiação solar 4,5 – 5 kWh/m²/d (Pereira, 2006), valores bem próximos das máximas encontradas na Europa (5,5 kWh/m²/dia), onde ocorre um grande investimento tanto governamental como de iniciativa privada nesta fonte de energia renovável (Morais, 2012).

Mesmo com o mapeamento solarimétrico do território brasileiro, é ainda necessário melhorar a coleta de informações e criar novos indicadores para melhor avaliar a capacitação técnica dos grupos de pesquisas. Em um estudo realizado pela Secretaria Técnica do CTENERG2 foi realizado um levantamento preliminar dos grupos de pesquisa atuantes nas regiões Norte de Nordeste do país. Foram identificados um total de 151 grupos de pesquisa, envolvendo um total de 661 pesquisadores, somente nessas duas regiões. Um total de 23 grupos se dedica a temas diretamente relacionados com energia solar, eólica e biomassa. No entanto, diversos outros possuem atividades de interface. Esses números deverão ser significativamente aumentados com a inclusão dos grupos localizados nas demais regiões (JANUZZI, 2003).

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