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TRABALHO DE FISIOLOGIA VEGETAL E NUTRICÃO MINERAL

Por:   •  19/12/2017  •  3.631 Palavras (15 Páginas)  •  547 Visualizações

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Figura 1. Curvas de resposta de folhas de soja a radiação fotossintéticamente ativa (PAR) com 33% (♦), 78% (■) e 100% (▲) da área folhar expandida (JIANG et al., 2004).

Os produtos da fotossíntese são importantes fontes de energia para diversas partes da planta, denominadas drenos. Na soja, os fotossintatos são translocados pelo floema para órgãos como raízes, caules, sementes, ápices, gemas florais e gemas em expansão (CÂMARA, 2000).

O padrão de translocação de fotossintatos se deve a proximidade, isto é, pela distância física, as folha maduras fisiologicamente (50% da área foliar expandida) fornecem fotoassimilados para as regiões da planta em crescimento (NELSON et al., 1961 citados por CÂMARA, 2000).

Entretanto, a ordem de prioridade é determinada em função do estádio de desenvolvimento da cultura, sendo flores, vagens e grãos os órgãos prioritários no estádio reprodutivo, e raízes, folhas e gemas vegetativas, no estádio vegetativo (PORRAS et al., 1997).

GEIGER (1976) reforça a ordem de prioridade de translocação, afirmando que a fotossíntese na planta responde de acordo com a demanda do dreno, que varia de acordo com o estádio de desenvolvimento, além do status de água e nutrientes na planta. Além disso, fatores que favorecem o acúmulo de amido e açúcares solúveis na folha, proporcionam um “feedback” negativo sobre a fotossíntese. Destacam-se as baixas temperaturas noturnas (abaixo de 15 °C), observado em feijoeiro (Phaseolus vulgaris).

ESTRATÉGIAS PARA AUMENTAR A EFICIÊNCIA FOTOSSINTÉTICA

Estudos têm sido realizados para aumentar a eficiência fotossintética na cultura da soja (WELLS, 1991; PORRAS et al., 1997; PURCELL, 2002).

Para isso, tem-se trabalhado com populações de plantas por área, manejo que influencia no crescimento e desenvolvimento da planta, alterando o potencial fisiológico e produtivo da cultura (PORRAS et al., 1997).

Alguns autores (PURCELL et al., 2002), avaliaram a eficiência do uso de radiação e produção de biomassa de soja, em diferentes populações de plantas. Observou-se que a soma de luz interceptada, acumulada no cultivo de soja, depende da quantidade diária de PAR, do número de dias de acumulação de luz e da quantidade de luz interceptada, diariamente, pelo cultivo. A interceptação de radiação aumentou até a densidade de aproximadamente 50 pl m-2. A eficiência do uso de radiação decresceu com o aumento da população de plantas, devido à senescência de folhas inferiores.

O sombreamento ocasionou um maior abortamento de vagens, diminuindo o índice de produtividade. Na Universidade da Carolina do Norte, EUA, WELLS (1991) avaliou a resposta do crescimento de soja em diferentes densidades de plantio, relacionando com a fotossíntese do dossel, área foliar e interceptação de luz. Nesse trabalho foram observadas diferentes respostas da cultura da soja à interceptação de radiação e fotossíntese, em função de seu estádio fenológico. A taxa de fotossíntese no dossel foi significativamente reduzida na floração e enchimento de grãos, para as mais baixas populações de plantas, entretanto, a densidade de plantas teve pouco efeito após o período de enchimento de grãos. A produtividade de grãos somente diferiu dos menores valores, para as mais baixas populações de plantas, devido à menor fotossíntese de dossel dessas plantas. O uso de cultivares com uma arquitetura foliar mais eficiente na captação de luz as torna mais eficazes fotossinteticamente, contudo, são mais exigentes em água e nutrientes, pois quanto maior a interceptação solar pelas folhas, maior será a fotossíntese e a transpiração, condição metabólica que exige mais energia pela planta. Outra estratégia para aumentar a eficiência do uso de radiação pelas culturas é através de uma moderada restrição hídrica. Nessas condições, a planta fecha parcialmente os estômatos e perde menos água para o ambiente, enquanto a fotossíntese continua a ser realizada, porém, em menores taxas (CONFALONE et al., 1997; PEREIRA, 2002).

Esse comportamento pode ser mais evidenciado na fase vegetativa, pois nesse estádio de desenvolvimento, a soja compensa a menor perda de água em condições de estresse com maior eficiência no uso de radiação. Entretanto, nos demais estádios a compensação é parcial, provavelmente, porque o requerimento de água e nutrientes é maior e insuficiente para manter a atividade fotossintética a níveis requeridos pela planta, de modo a suprir a demanda dos principais drenos da planta, grãos e vagens (CONFALONE et al., 1997).

Sob estresse severo CONFALONE & NAVARRO (1999) observaram uma diminuição na eficiência da transformação da energia solar em fitomassa, devido ao aumento da resistência estomática e conseqüente diminuição na absorção de CO2 e fotossíntese esse conhecimento é possível determinar com maior precisão quais são as frações mais efetivas fotossinteticamente para a planta, podendo-se adequar o manejo e técnicas de melhoramento que favoreçam a interceptação de luz por essas camadas da planta.

Mandioca

Origem e Distribuição Geográfica: A origem da mandioca (manihot esculenta Crantz), para muitos botânicos, ecologistas e etnologistas mundiais tem muitas hipóteses, mas a maioria deles concorda que ele e uma planta de origem americana, mais especificamente do Brasil. Outras teorias citam como centro originários da mandioca os savanas venezuelanas, o sul do México juntamente com a Guatemala e Honduras, o Peru ou o nordeste do México. Alguns autores ainda acreditam que sua origem possa ser a África e Ásia ou ate mesmo as Ihas do Pacifico (Henain & Cenoz, 1971; Conceição, 1981).

Relações Hídricas e Fotossíntese: Admite-se que a mandioca tenha sido originado numa região onde o período de seca e bem definido, sendo por esta razão tolerante ao estresse hídrico. A planta se defende da falta da agua através da diminuição da superfície foliar e se mantem graças ao sistema radicular fibroso bem desenvolvido e profundo, que lhe permite explorar um grande volume do solo, de onde consegue extrair agua e nutrientes. Alguns trabalhos demonstram que a parte aérea torna-se mais vigorosa quando a planta e irrigada, havendo uma diminuição no engrossamento das raízes de reserva por haver um crescimento preferencial da parte aérea e que as raízes de reserva perdem amido durante os períodos de rebrota das plantas, no inicio do brotação ate o estabelecimento da cultura, ela necessita de um suprimento de agua

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