A Fisiologia Vegetal
Por: Hugo.bassi • 13/11/2018 • 5.121 Palavras (21 Páginas) • 396 Visualizações
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3.3.2. Herbicidas de ação sistêmica 13
4. MECANISMO DE AÇÃO DOS HERBICIDAS 14
4.1. HERBICIDAS AUXÍNICOS OU MIMETIZADORES DE AUXINA 14
4.2. HERBICIDAS INIBIDORES DO FOTOSSISTEMA II 15
4.3. HERBICIDAS INBIDORES DO FOTOSSISTEMA I 16
4.4. HERBICIDAS INIBIDORES DA PROTOX 17
4.5. INIBIDORES DO CRESCIMENTO INICIAL 18
4.5.1. Inibidores da Formação de Microtúbulos na Mitose 18
4.5.2. Inibidores da Divisão Celular 19
4.6. SULFONILURÉIAS 20
4.7. HERBICIDAS INIBIDORES DA EPSP 20
4.8. INIBIDORES DA GLUTAMINA SINTETASE 21
5. CONCLUSÃO 23
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 24
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INTRODUÇÃO
A demanda cada vez maior de alimentos para uma população em crescimento exponencial de consumidores requer um aumento na fronteira agrícola ou na produtividade, um problema enfrentado em ambas as hipóteses, é o manejo inadequado de plantas daninhas. O elevado custo da mão-de-obra no campo tornou o uso dos herbicidas indispensável, onde a alta eficiência e a economicidade do controle químico das plantas daninhas é essencial na produtividade.
Para identificar herbicidas, é essencial agrupá-los de acordo com seu mecanismo de atuação nas plantas e suas estruturas básicas. Deve-se ressaltar que o mecanismo e o modo de ação levam em conta aspectos diferentes, onde o mecanismo diz respeito ao primeiro ponto do metabolismo das plantas onde o herbicida atua e o modo de ação leva em consideração o conjunto de eventos metabólicos que resultam na expressão final do herbicida sobre a planta.
Para Silva e Silva (2007, p.7):
Para um leigo, o controle de plantas daninhas com métodos manuais, mecânicos ou químicos, é extremamente simples. Na verdade, é uma ciência multidisciplinar que depende de conhecimentos de botânica, biologia, mecanização agrícola, física e química do solo, química orgânica, bioquímica, fisiologia vegetal, climatologia, fitotecnia, técnicas de biologia molecular, sensoriamento remoto etc. Como toda ciência, o estudo das plantas daninhas é dinâmico. [...] Porém, toda e qualquer técnica de manejo de plantas daninhas somente terá sucesso se forem levados em conta aspectos econômicos e a sustentabilidade do sistema agrícola.
Contudo, os herbicidas são utilizados para bloquear a germinação das sementes ou o estabelecimento de mudas, impedir a produção de carboidratos essenciais ou proteínas pelas plantas, desidratar folhas e caules. Para compreender os possíveis mecanismos de ação que podem ser seguidos por cada tipo de herbicida esse trabalho foi realizado, visando esclarecer o modo de ação de cada um para ajudar a escolher a forma mais eficaz de usá-los.
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HERBICIDAS: ABSORÇÃO, TRANSLOCAÇÃO, METABOLISMO E CLASSIFICAÇÃO
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ABSORÇÃO DE HERBICIDAS
A atividade biológica de um herbicida na planta é função da absorção, da translocação, do metabolismo e da sensibilidade da planta a este herbicida e, ou, a seus metabólitos. Assim, há necessidade que ele penetre na planta, transloque e atinja a organela onde irá atuar.
A via de penetração dos herbicidas nas plantas pode ser as folhas, quando são aplicados diretamente na parte aérea da planta; as raízes e as sementes, quando incorporados ao solo; ou até mesmo o caule, quando a intenção for controlar apenas algumas plantas dentro de uma população mista ou em um reflorestamento onde se deseja que as cepas das árvores não rebrotem após a derrubada.
A absorção de herbicidas pelas folhas ou raízes é influenciada pela disponibilidade dos produtos e por fatores ambientais, até o sitio de ação.
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Absorção De Herbicida Pelas Folhas
A eficácia da absorção foliar de um herbicida depende de propriedades físicas e químicas da camada que recobre a maior parte das plantas, a cutícula e os estômatos.
A cutícula é uma camada muito fina que recobre as partes aéreas não suberizadas dos vegetais; o estômato é constituído por duas células com paredes delgadas, lúmen amplo e formato reniforme, providas de clorofila. Com relação à penetração de herbicidas, os estômatos podem estar envolvidos de duas formas: 1) a cutícula sobre as células-guarda parece mais fina e mais permeável a substancias do que a cutícula sobre as outras células epidérmicas; 2) a solução pulverizada poderia mover-se através do poro de um estômato aberto para dentro da câmara estomática, e assim para o citoplasma das células do parênquima foliar.
Existem importantes fatores que influenciam a absorção foliar de herbicidas, dentre eles podemos citar: retenção, referente a molhabilidade inerente da superfície foliar, determinada pela estrutura física da cutícula e pela pilosidade (número de tricomas); concentração da gota pulverizada, onde, no geral, gotas menores e baixos volumes de aplicação (gotas concentradas) tendem a ser mais absorvidas; fatores ambientais, afetam a absorção quando ocorrem imediatamente antes ou depois da aplicação.
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Absorção pelo caule
A absorção pode ocorrer pelo caule das plantas jovens (durante emergência) e das adultas. O caule da plântula, durante a emergência, tem uma cutícula pouco desenvolvida, desprovida da camada de cera, mais permeável aos herbicidas, sendo uma rota de entrada de herbicidas para muitas gramíneas. Contando também que a barreira que a estria de caspary representa nas raízes, não está presente nesses tecidos.
Esse tipo de absorção é importante quando pensamos em plantas daninhas arbustivas ou arbóreas em pastagens ou ainda na eliminação de árvores adultas isoladas. Nestes
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