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SABER VER ARQUITETURA: VOLUMETRIA E PLÁSTICA DO SÉCULO XVI, A “PLANTA LIVRE” E O ESPAÇO ORGÂNICO DA IDADE MODERNA, E OS CONTRASTES DIMENSIONAIS E A CONTINUIDADE ESPACIAL DOS GÓTICOS

Por:   •  27/10/2018  •  1.745 Palavras (7 Páginas)  •  745 Visualizações

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A lei da cultura arquitetônica orgânica à escala humana, o repudio de toda arquitetura que se sobrepõe ao homem ou que é independente dele.

Casa na montanha dos irmãos Nitsche.

FICHA TÉCNICA

LOCALIZAÇÃO: São Francisco Xavier – SP

ÁREA DO TERRENO: 24.000m²

ÁREA CONSTRUIDA: 392m²

INICIO DO PROJETO: dezembro de 2008

CONCLUSÃO DA OBRA: junho de 2010

PROJETO: Pedro Nitsche e Lua Nitsche [pic 9]

PROJETO DE FUNDAÇÃO: Flávio Helena Junior

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Os irmãos são conhecidos por seus projetos simples e racionais, com estruturas leves que resultam em ambientes integrados internamente e permeáveis ao exterior graças aos amplos planos de vidro. Lua e Pedro tiveram, desta vez, a oportunidade de aplicar essas diretrizes em um cenário exuberante. Um terreno de 24.000 m² na Serra da Mantiqueira.

Construída com estrutura de vigas de camaru com fechamento de vidro,

suas aberturas/fachadas de vidro e varandas atuam como um mirante para uma vista espetacular. Que acomodam-se delicadamente na borda de uma das colinas. Apenas a plataforma de concreto elevado do solo e que define o piso de construção, foi executada in loco.

A boa implantação aproveita as características climáticas naturais da região, que apresenta temperatura média de 16o C. A própria geometria da casa está associada à orientação solar, o que permite entrada de luz e calor durante o inverno, e proteção durante o verão. As áreas de lazer da sauna e deck voltam-se para o oeste, aproveitado o pôr-do-sol.

Elevar a casa foi à solução encontrada para preservar as características naturais do terreno, eliminando uma possível terraplanagem (cortes e aterros) e mantendo o solo permeável às águas da chuva. A residência também conta com placas solares para aquecimento da água, de modo a não utilizar recursos não renováveis como combustível, propiciando conforto para os moradores.

Ao fim, o resultado do projeto foi um refugio singelo em meio à Mantiqueira, porem, com muito conforto.

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Obra e livro.

De um lado temos os principais arquitetos (Wright e Le Corbusier) dando origem ao movimento romantico organico e do outro a obra dos irmãos Pedro e Lua Nitsche.

Le Corbusier e Wright cada um com suas particularidades que juntos dão sentido para esse movimento. A casa da montanha fica entre eles com um estilo muito peculiar para uns e para outros, sendo a junção perfeita do que há de melhor. A casa feita por pelos irmãos segue o ritmo da proposta do gotico e sua continuidade do espaço e experiencia do barroco que faz das paredes, vidraças exatamente como é citada no texto de Zevi. Deixando o interno em contato direto com o externo, dando também amplitude para o ambiente, por não contar com divisorias.

A arquitetura organica explora a personalidade não só do arquiteto, mas principalmente a do homem. Sendo assim a casa tem caracteristicas proprias.Nitsche’s arquitetos, puderam especialmente neste projeto, roforçar essa ideia movimento. A casa situa o contato direto com a natureza mas sem tirar o conforto e a priteção do clima de uma habitação “comum”.

Assim como o organicismo desejava que fosse, até os dias presentes, a casa é uma inovação, e exprime exatamente a ação da vida, como a lei o do movimento. Ambiente e construção trabalhando juntos como um único e esplendoroso organismo.

Ela é o funcionalismo de uma antiga habitação camponesa só que agora em um novo esqueleto estrutural, em uma planta livre. Livre das prisoes e padroes urbanisticos.

Os Contrastes Dimensionais e a Continuidade Espacial do Gótico

O sistema em ossatura aperfeiçoa-se em grande maneira no período gótico. A técnica dos arcos ogivais reduz as pressões laterais, os arcobotantes e contraforte chegam a ser braços musculosos capazes de suportar sozinhos as pressões.

Na França, Inglaterra e Alemanha o gótico encontrou sua afirmação integral e depois seu paroxismo decadente, o sonho de descamar, de negar as paredes, e de estabelecer uma continuidade espacial entre exterior e interior parece realizado. Aparecem os grandes vitrais historiados e as abóbadas guarda-chuvas, as espiguilhas decorativas da narração escultórea, as enormes dimensões das catedrais anulam o sentido das superfícies e dos planos, reduzem todo o vocabulário figurativo a uma dialética de linhas dinâmicas e tensas até o ponto da ruptura.

Pela primeira vez na história eclesiástica crista, e, efetivamente pela primeira vez na história da arquitetura aparece o contraste das forças dimensionais, onde os artistas concebem espaços que estão em antítese polêmica com escala humana e que produzem no observador não uma calma contemplação, mas um estado de espirito de desequilíbrio, de afetos e solicitações contraditórias, de luta.

Um significado de escala que diz respeito não às relações de proporção do edifício e o homem, mas às proporções entre si, relativamente ao homem. Toda a arquitetura ocidental até o românico exprimiu essas proporções de duas maneiras: com o equilíbrio das diretrizes visuais, ou com a predominância de uma diretriz. No gótico coexistem e contrastam, numa antítese silenciosa, mas aguda, duas diretrizes: a vertical e a longitudinal. A vista é atraída por duas indicações opostas, por duas rarefações espaciais, dois temas. Uma construção gótica, seja um monumento ou catedral, baseia-se substancialmente na diferente força e evidência deste contraste dimensional. Trata-se da relação entre o retângulo de seção e o retângulo da planta e, apenas em segundo lugar, da relação entre esses dois retângulos e o homem.

As maiores igrejas/templos/catedrais/basílicas foram construídas no século XII no

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