Resumo Capítlo: Morte e Vida de Grandes Cidades
Por: Kleber.Oliveira • 10/4/2018 • 2.777 Palavras (12 Páginas) • 542 Visualizações
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Porém nas cidades do século XIX esses centros estavam dispostos em um território de dimensões relativamente limitadas. Cada região da cidade era marcada por uma instituição ou uma atividade dominante, relações em cadeia eram estabelecidas: partituras e instrumentos musicais nas proximidades do teatro lírico, livrarias no centro das faculdades.
Hoje a situação não é mais a mesma. A universidade descentralizada em seu campus é, a rigor, servida por uma linha de ônibus nas horas de pico. O hipermercado está localizado próximo de um entroncamento veado para acertar a maior área de clientela possível.
Barcelona, com a teoria das centralidades elaborada no final dos anos 1980, representa um dos exemplos mais esclarecedores desse tipo de conduta: a reinterpretação em termos de projeto urbano da capacidade da cidade de levar as características de centralidade para a periferias até então abandonadas. De fato, foi o momento em que os Arquitetos dos órgãos de Urbanismo e o engenheiro de trânsito superaram suas divisões setoriais e rivalidades corporativos para conduzir uma análise como junta sobre o papel do sistema viário na estrutura da cidade.
Duas conclusões advêm desse esforço:
A necessidade de equilibrar o conjunto da rede devia a escala da cidade o que tem como corolário a integração das periferias ao sistema Urbano global;
A necessidade de requalificar as vias em função tanto de seu papel Urbano como das necessidades de tráfego.
Ainda assim, a expansão da área metropolitana e o desenvolvimento de novos polos externos as manchas urbanas iniciais causaram problemas novos, típicos de uma situação comum a todas as grandes cidades, que mesmo a excepcional dimensão do centro existentes não permitiu evitar.
Três questões podem ser previamente suscitadas, seu alcance ultrapassando o exemplo da capital catalã:
- Quais os tipos de ligações necessárias para conectar os novos polos as cidades Central?
- Quais os modelos de forma urbana requeridos para a organização de novos povos e para a expansão de cidade e aglomerações existentes?
- Qual autoridade político-administrativa tem competência para gerir o conjunto?
Nas expansões contemporâneas as ligações são principalmente viárias.
Ademais, a análise das periferias não pode deixar de considerar autoridade que delas se encarrega por elas responsáveis. O peso político e os meios que se dispõe o prefeito da cidade Central são incomensuravelmente menores maiores do que aqueles de que dispõe os administradores das demais localidades.
E para gerir as cidades cabe a cada particularidade de cidade, logo uma cidade grande necessita mais administradores políticos.
A cidade como estrutura estável
Uma das consequências mais inesperadas das mutações aceleradas que ora se operam na economia mundial é ter relevado a força das cidades.
Muitas razoes podem ser invocadas para explicar o fenômeno. Consideramos inicialmente, a definição cada vez mais comum hoje em dia da cidade como uma reserva de emprego, isto é, como um espaço de oferta de mão de obra de competência e qualificações variadas.
Tal estratégia representa um trunfo para as cidades. Elas são territórios equipados e acessíveis, cujos elevados custos fundiários e imobiliários ficam amplamente compensados pela redução em investimentos iniciais.
A existência de um ambiente cientifico, construído por escolas técnicas, universidades e centros de pesquisa, favorece as sinergias e as transferências. Os tempos mudaram e passou a época dos estudantes contestadores que perturbavam a ordem, criavam problemas e eram malvistos, tendo de ser exilados em campi isolados. Hoje, toda cidade sonha com a fixação de uma população estudantil e faz tudo para torna-lo o mais visível possível.
Mas a atração da cidade não se exerce apenas com relação a empresas e quadros de relação superior. A grande cidade e, em particular, o tecido urbano antigo são também demandados por populações de baixa renda, busca por trabalho, esperança de usufruir das esmolas dos ricos e de se inserir nas redes de pequenos empregos que permitem a sobrevivência.
O mapa da cidade revela-se, em primeiro lugar, no traçado de seus espaços públicos. Estes se organizam em redes contínuas e hierarquizadas, duas qualidades que parecem ser fundamentais.
A continuidade da rede viária e dos tecidos consolidados que caracteriza a cidade é o oposto da fragmentação do espaço própria do urbanismo contemporâneo.
A unidade da cidade fica evidente na hierarquia dos espaços públicos e em particular das vias.
Sutil e por vezes ambíguas a hierarquia que estrutura a rede viária deixa muito à subjetividade. Assim como para os centros, a importância que atribuímos a este ou aquele espaço público depende de cada um de nós. Na cidade, o morador, ou o visitante, ou o turista é também um ator. É por essa razão que categorias preestabelecidas que classificam as vias em função de sua vazão ou de sua extensão são geralmente inoperantes. A presença da história, a carga simbólica, as lembranças pessoais ou por fenômenos de moda fazem com que tal rua, da praça ou tal lado de uma avenida tomem uma importância particular é que a cidade sem eles pareça diminuída. O mapa da cidade e o contexto de nossas ações possíveis, cotidianamente estimulada pela sucessão imprevisível de ambiguidades e surpresas, de monumentalidade e discrição, do permanente e do ocasional que se encaminha ao longo das ruas.
- Conclusão
Melhorando o ponto de vista sobre como uma cidade se comporta analisando-a como um todo e levando em consideração ideias antigas o texto se apresenta um aliado em minha formação mostrando maneiras diferentes de interpretação de locais, distribuição populacional e de vias, assim aprendendo como melhorar o modo de vida das pessoas quanto a problemas relacionados a engenharia.
(Jacobes, 2000)
- Introdução
Nos capítulos 11 e 12 James Jacobes mostra a quarta e última condição referente ao capítulo anterior. Fala sobre a necessidade das concentrações habitacionais e
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