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O MODERNISMO: UM ESTILO NOVO PARA UM TEMPO NOVO

Por:   •  15/3/2018  •  4.065 Palavras (17 Páginas)  •  400 Visualizações

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de nossa cultura e representando o “espírito da época”. Os principais ideais modernistas tiveram sua chegada ao Brasil só a partir da primeira década do século XX, introduzida através de manifestos como a Semana da Arte Moderna realizada em 1922 em São Paulo. O movimento Moderno não se limitou apenas arquitetura e arte moderna, pois envolveu aspectos ligados a áreas sociais, tecnológicas, econômicas e artísticas.

“As manifestações culturais e intelectuais foram intensas, e os anos 20 e 30 expressaram o sentido de renovação artística, política e social que iria marcar profundamente o século XX”. (MINDLIN, 2000, p. 9). Quando o movimento moderno se difundiu no Brasil,

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arquitetos recém graduados passaram a estudar obras de arquitetos estrangeiros como os alemães Mies Van der Rohe e Walter Gropius, porém foi arquiteto franco-suíço Le Corbusier que mais teve influência na formação do pensamento Modernista nos arquitetos brasileiros, suas idéias inovadoras tiveram uma vasta influencia no movimento em território brasileiro, sendo fonte inspiradora para Lúcio Costa, Niemeyer e outros pioneiros da arquitetura Moderna brasileira.

Lucio Costa

Possuidor de um legado na arquitetura moderna, Lucio Costa se envolveu pela arquitetura através da Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, em que se formou em 1924. O estilo que marcou seus projetos após sua formação foi o movimento neocolonial, sentimento despertado no decorrer de uma viagem a Diamantina (MG), em que ele observou a pureza e a simplicidade da arquitetura do período colonial, bem diferente dos projetos que fazia. Cinco anos depois dessa viagem, mudou radicalmente o rumo de sua atuação profissional, rompendo com o movimento neocolonial e procurando a linguagem plástica correspondente à tecnologia construtiva do seu tempo.

O arquiteto acreditava que a sociedade estava passando por um período de transição, e embora a maioria das construções refletisse uma falta de rumo, já existia na época uma nova técnica construtiva constituída a espera de uma sociedade que a compreendesse. Em meio a transição Lucio Costa tinha a intenção de adequar as obras a regionalidade também.

Uma das questões que interessava Lucio Costa era estudar e aplicar até que ponto a arquitetura moderna poderia tirar partido da cultura e das soluções da arquitetura colonial luso-brasileira. De que modo, as soluções bem resolvidas e os aspectos atemporais poderiam ser mantidos, ou melhor, absorvidos ao modo de vida moderno, sem prejuízo da pertinência funcional, material, estrutural e proporcional.

Há ainda a questão do emprego dos materiais modernos como o concreto armado sem rejeitar os materiais naturais, por exemplo: a madeira, a pedra e a telha canal. A referida conciliação entre as necessidades e materiais modernos, e as características e lógicas da cultura brasileira dos períodos anteriores (especialmente, do colonial) é marca registrada na produção projetual construída de Lucio Costa. O equilíbrio com que ele manipula o novo e o passado remontava uma tradição construtiva racional e nacional e enriqueciam um repertório de elementos e conceitos de arquitetura moderna.

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Neste caso, a obra de Lucio Costa não pode ser entendida como marginal, como contraposição ao movimento moderno, mas sim como adequação. Lucio propõe uma arquitetura pertinente ao lugar físico e ao lugar temporal, com excelência nas questões compositivas, técnicas e funcionais. Essa brasilidade “regionalista” foi costurada naturalmente, pela proposição de uma arquitetura que preencha “da melhor maneira possível os fins a que se destina”. (LEONÍDIO, 2007, p. 37)

“Basta que cada arquiteto e cada proprietário, tenha sinceramente o desejo de fazer uma obra que preencha da melhor maneira possível os fins a que se destina. Uma composição que satisfaça a vista, e onde o espírito repouse. Sejamos simples, sejamos sinceros. Evitemos a mentira. Evitemos o ridículo. Evitemos todo o excesso de complicação na arquitetura de nossas casas” (COSTA, 1924b, in LEONÍDIO, p. 37)

Projetos neocoloniais

Nos anos 20 e 30 muitos arquitetos aderiram o estilo neocolonial, assim como Lucio costa e seus primeiros projetos seguiram essa linha. Azulejos, treliças, os beirais, as varandas generosas e os pátios ensolarados eram características que Lucio Costa apresentava em seus projetos.

CASA E. G. FONTES - PRIMEIRO PROJETO. ANOS 30.

Localizado no rio de janeiro, em 1930, este projeto segundo Lucio Costa foi sua “última manifestação de sentido eclético-acadêmico”. No mesmo ano, para o mesmo proprietário e no mesmo terreno, Lucio Costa propôs outro projeto, moderno, recusado pelo proprietário, desobrigou-se então de acompanhar a construção. A construção é extremamente fiel ao projeto e exibe as características neocolônias.

Projeto de Lucio Costa e construção do mesmo em parceria com Warchavchik para o Sr. Schwartz, localizada no Rio de Janeiro nos anos 30.Publicado no livro “Lucio Costa: Registro de uma Vivência”. Em 1929, Lucio Costa viu, na revista “Paratodos” foto da chamada “Casa Modernista”, projetada por Gregori Warchavchik e então exposta em São Paulo. Ao assumir a direção da Escola de Belas Artes em 1930, foi a São Paulo, onde em casa de D. Olívia Penteado, convidou-o para professor; o fato de Warchavchik já ter então alguns projetos em obra no Rio de Janeiro, contribuiu para sua vinda alguns dias por semana, e depois da saída de Lucio Costa da direção da Escola fizeram uma sociedade,no Rio, que durou apenas 2 anos; informações complementares no livro “Lucio Costa: registro de uma vivência” (pg 72).

A casa Schwartz contou com a contribuição de Roberto Burle Marx, com a construção da cobertura como Terraço jardim com a técnica da laje plana impermeabilizada. Nas plantas mostram a disposição da casa, de forma setorizada, uma das características dos novos projetos modernistas.

Projetos esquecidos – 1930

Nos anos 30 houveram projetos de casa feitos por lucio costa, alguns apenas com os estudos iniciais e não concluídos. Publicados no livro “Lucio Costa – Registro de uma Vivência”. Exemplos como a casa Genival Londres, casa Hamann e casa Álvaro Osorio de Almeida. Esses projetos são Característicos da primeira fase moderna da arquitetura de Lucio

Costa, e muitos não formam construídos por causa da preferência do neocolonial ao moderno, que não era habitual na sociedade.

Estes projetos contem

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